dezesseis | delta-nu pool party

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— Eu não tô acreditando que a festa é hoje e você ainda não decidiu o seu look, Diana ! — Malu me dava uma bronca mexendo as mãos sem parar — Que mania de deixar tudo para a última hora.

Hoje é a festa Nu-vem que vai acontecer na república onde alguns dos meninos do time moram. Theo me disse que a casa deles é bem grande e conta com um quintal enorme nos fundos que tem uma piscina e um espaço com churrasqueira.

— Eita, calma Malu! Parece meu pai falando.

— Tio Dolffin, virginiano do jeito que é, surtaria se soubesse que você ficou enrolando um mês para se organizar e agora não sabe nem que roupa usar para daqui a pouco.

— Na verdade, papai surtaria se soubesse que estou indo para uma festa na piscina.

— Ele não sabe?

— Não. Só contei pra minha mãe e achamos melhor não dar muitos detalhes. Desde essa história maluca de como ele conheceu a mamãe, ele acha que se eu evitar uma piscina eu não vou namorar tão cedo.

— Coitado do Tio Dolffin. Mal sabe ele que você já tá de namorinho, um mês grudada nos beiços do Apolo na terra.

— Também não é assim, né Malu. A gente não tá namorando, tá curtindo ficar junto e só isso. Você mesma me aconselhou aproveitar o momento.

— E você nunca seguiu um conselho meu tão rápido e certinho, né safada — ela disse debochada e eu mostrei a língua pra ela — Mas, Didi, do jeito que vocês estão grudados, não acha que isso tudo vai acabar evoluindo pra outra coisa?

— Não sei...sabe, eu gosto de ficar com ele. Mas ele tem esse negócio de não se apaixonar e eu também acho que não quero algo formal, por agora. Apesar de gostar dos nossos chamegos, do abraço , do sorriso, da voz rouca dele e dos beijos dele, que me fazem sentir arrepios por todo o corpo.

— Arrepios, né? Sei...— ela disse com um sorriso malicioso.

— Pode parar, Maria Luiza, eu sei bem onde você quer chegar. Mas, apesar de me sentir tentada por ele, eu não me sinto pronta e nem segura para algo mais, digamos, quente com ele. Não quero que a minha primeira vez com alguém seja só por sexo. Eu sei que pode parecer um conceito antigo e conservador, mas, eu sou romântica, ué.

— Você está certíssima, Didi. Faça o que é melhor para o seu coração e a sua vontade, essa decisão é sua sem pressões. Apesar de eu achar o Theo um cara legal, tudo tem que ser leve e natural. E aquela ex namorada importada lá? Parou de te stalkear?

— Você acredita que ela andou vendo todos os meus stories? Desde o dia em que trouxemos o Paçoca pra casa até agora. E olha que eu não mostrei o Theo nenhuma vez.

— Mas, que vadia! — olhei feio pra Malu e ela deu de ombros — É sério, Didi. Essa desbotada não vai parar de vigiar, não? Eu, heim...

— Seil lá...mas, agora deixa ela pra lá, porque tá muito longe para eu me importar e eu tenho coisas mais importantes pra resolver e você não está me ajudando! — falei jogando em cima da minha cama, as várias peças de maiôs e saídas de banho minhas, da Malu e da Maitê, que eu tinha separado para a festa de hoje.

Malu olhou tudo meio desanimada, mas, logo o seu olhar se iluminou.

— Já sei quem pode ajudar a gente a se decidir.

Ela disse pegando o seu celular e iniciando uma chamada de vídeo, assim que atendeu ela colocou o telefone estrategicamente em uma pilha de livros que estava na minha escrivaninha e que mostrava todo o meu quarto na chamada.

📹 — Oi, tia Ju ! Minha Princesa do Algodão Doce.

Quando olhei para a tela, o rosto lindo da minha mãe apareceu, com Maya logo atrás dela.

Linhas Invisíveis: Diana's VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora