31: Oh, please, have mercy on me

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31/12/2023

- Nathan, acho que preciso te contar uma coisa - Madison se sentou em frente a Nathan. O moreno estava ao lado do sofá, sentado ao tapete, sendo acobertado pelo calor da lareira.

- Maddy, o que foi? - A garota suspirou, seu semblante mostrava certa decepção, em uma mistura de tristeza e cólera consigo mesmo.

Madison ligou o celular de Nathan, 23:59, esse era o horário descrito por seu relógio.

- Eu tenho pouco tempo... - Murmurou para si mesmo.

- Madison, fala, o que foi?

- Nathan, você é um dos meus amigos mais preciosos - Segurou seus mãos e as afagou com seu polegar - Eu te amo muito, muito mesmo - Nathan ergueu as sobrancelhas, um sorriso se formando sobre seus lábios - Ultimamente, andamos afastados, e o erro é meu, claro. Mas eu não posso virar o ano, e simplesmente não te contar isso

- Maddy...

- Não, não retruca - O interrompeu - Acho que preciso te dizer isso antes de 2024... - Baixou o olhar e suspirou mais uma vez - Eu namoro o Matthew - Aquilo foi como um tiro em seu peito. Não, a Madison não podia namorá-lo.

Uma explosão de sentimentos habitaram dentro de si. Questionamentos e xingamentos foram prescritos. Um nó se formou em sua garganta, a vontade de chorar era imensa. Ele estava perdido. Haviam lhe jogado no meio do oceano, e não havia um navio se quer para jogar-lhe uma boia. O som ensurdecedor das batidas de seu coração se mesclaram com o barulho dos fogos declarando 2024, causando lhe um turbilhão de caos e medo em seu interior. Sua mente desmoronou, enquanto a cruel realidade lhe massacrou, infiltrando-se em cada fibra de seu ser.

Nathan queria chorar, gritar, esbofetear Matthew, mas principalmente, ele queria um abraço, longo e duradouro, que pudesse lhe dar a confiança de que estava tudo bem, que tudo iria dar certo. Madison o deixou, cientemente deixou lhe miserável. Foi talvez naqueles segundos, que Nathan descobriu que a amava, mas do que adiantava agora? Já era tarde demais.

Nathan queria correr pra algo, alguém, ele queria abraçar alguém e chorar em seu ombro. Ele queria uma mãe, uma mãe que o amasse, que não o jogasse as traças. De novo... Nathan havia sido abandonado de novo. Primeiro pela sua mãe, e agora pelos seus melhores amigos...

- Madison, vamos ver os fogos - Dissera Nicholas. A morena assentiu e saiu correndo, abrindo a porta e correndo para fora.

Era 2024, e Nathan havia recebido tal pedrada.

Aquela linda garota estava nas suas mãos, e Nathan, deixou-a escapar, deixou aquele anjinho fugir e se apossar em seu melhor amigo. Ela não era mais sua... E jamais seria de novo.

O mundo parou em um piscar de olhos, Nathan a via rindo e correndo de Nicholas, mas de nada ele sabia fazer a respeito. Madison o feriu sem aviso algum, sem um pedido de desculpas, ela lhe trouxe uma gripe incurável, e agora Nathan só queria apertar o botão empoeirado de voltar.

Nathan estava perdido, afundando em seu amor não correspondido. O moreno nunca soube o que era sofrer por amor, até aquele impacto, que o estraçalhou, jogando-o ao chão. Agora caído, Nathan queria entender a onde vinha o fim. Ele podia mesmo se apaixonar por outra pessoa depois dela? Tinha um final? Anos desprezando esse amor, se matando com a ideia de que eram só amigos, para agora, receber tal informação.

Sua mente tão confusa... O mundo já não era mais visto da mesma forma. Nathan devia dizer o que ele achava sobre o assunto, anunciar que a amava, mas seus pés não se moviam mais, seu corpo não respondia por si. Ele estava paralisado, e seu corpo não tinha aviso previsto para se recuperar de tal trauma.

Talvez, o Amor seja RealOnde histórias criam vida. Descubra agora