40: I see the ashes falling out your window

15 2 0
                                    

O vento gelado que vinha do noroeste, especificamente da Groelândia, atravessava os vossos corpos exaustos da adrenalina na qual os capangas de Justin lhe trouxeram em meio aos reféns na tal cafeteria. 

A cada minutinho que se passava, o desespero tomava ainda mais conta dos pensamentos tanto de Matthew, quanto de Nathan. 

A noite se aproximava, e os garotos não tinham a ínfima ideia de onde estavam e se sequer chegariam em casa em algum momento. 

— Que estranho. Eu podia jurar que era aqui — Matthew murmurou, enquanto seus olhos analisavam a rua sem saída, escura e desértica — Aquela senhora tinha dito que era aqui — Acrescentara. 

— Pelo jeito, não é 

Claro Nathan, ótima análise, nem parece que está óbvio., Os pensamentos de Matthew tomaram conta de seu semblante, que deixou perceptível a Nathan, que o maior estava a criticá-lo por meio de seus desvaneios breves.  

— É a segunda vez que passamos por esta rua, estamos andando em círculos — Criticara o maior, em um tom de repreensão — Parabéns, Matthew, por trás desse seu estereótipo todo, vejo que seu senso de direção é péssimo! 

Matthew bufou, revirando seus olhos. 

— Eu até rebateria essa sua implicância besta, mas estou perdendo sangue demais para pensar em qualquer provocação, seja ela a mais barata! 

E esse era o maior motivo do desespero e desapontamento de Matthew. O temor da morte. A cada segundinho que se passava, cada arfava, Matthew se via mais fraco e, por conta da abstinência, estava cada vez mais vulnerável as complicações básicas da vida. Também seguidas ao ponto de sua cabeça latejar de preocupação, desespero, temor e decepção. 

— Tem certeza que ela disse que a farmácia era pra cá? 

— Absoluta — O ego de Matthew era grande demais para admitir, mas na realidade, ao que a senhora passava as informações, o maior não conseguiu se atentar, pois seu TDAH naquele momento falou mais alto, o que o fez não prestar atenção no que a mulher dizia, e sim em sua corrente dourada, que por meio dos desvaneios de Matthew, ele se manteve ocupado na hipótese de sua composição ser latão, e ao ponto também achar que era de ouro.  

— Ah... Então ela estava enganada 

A chance mais era que Matthew estivesse enganado do que uma moradora do tal lugar que ambos não faziam a mínima ideia de onde era. 

E, ao que Nathan avistou um bar ao fim da tal rua, uma ideia genial pairou-se sobre sua mente. Fascinado, Nathan alargou um sorriso de esperança sobre sua face. Ao que uma ínfima parte de si, viu uma solução. 

— Matthew do céu! — Arregalou seus olhos, só bastava Nathan pular de tanta felicidade que sentia — Tem uma loja aberta ali no fundo, vamos! — Agarrou seu pulso, naquela sua mania chata de sempre levar os outros forçadamente para o caminho que ele queria. Mas que mesmo sendo somente uma mania chata sua, estava interferindo bastante em Matthew. Na qual deu um grunhido doloroso ao que Nathan pressionou seu polegar na enorme ferida inflamada. 

— Ah!  

— O que foi? — Baixou o seu olhar, e ao que viu sua mão entrando em contato com o sangue do maior, ele o largou — Deus do céu, me perdoe, esqueci que esse era o seu braço machucado 

— Por favor, Nathan, se não for incomodo pra você — Fechou brevemente os olhos, numa tentativa de recuperar as forças para que pudesse seguir sua fala, e então decidiu fuzilá-lo — Não. Encoste. Em. Mim. — Dissera pausadamente e prolongadamente, para que entrasse de uma vez por todas naquela cabecinha pequena, que Matthew estava realmente deturpado demais com seu ferimento, e que a cada vez que Nathan insistisse em fazer algum movimento brusco consigo, as coisas iriam piorar mais. 

Talvez, o Amor seja RealOnde histórias criam vida. Descubra agora