24: I'm fallin' in love me again

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A cada passo que ele dava, uma pergunta era feita. Noah se perguntava do porquê não recusou o beijo. Ele se perguntava do que estava a acontecer com seu interior, e genuinamente uma pergunta se fez presente em sua mente, na qual ele questionava sobre sua sexualidade. 

Noah jamais teve de pensar nisso, pois nunca se importou. Jamais Noah teve o desejo de experimentar essa área, talvez porque nunca teve tempo, pois sempre tinha de focar em seu trabalho, faculdade, escola, e jamais teve ideias do futuro em relação a sua vida pessoal. 

Noah tinha sede de amor, mas absorvia sua desidratação com simples beijos, que o amorteciam de possíveis catástrofes que o levariam a se desabar. 

Seu corpo, de certa forma, era puro, já que Noah nunca se relacionou sexualmente. E vivia bem com aquela informação, já que não esperava se relacionar com mulheres a ponto de criar tal intimidade. 

Pequenos beijos já lhe traziam o fruto prazer de ainda se sentir um homem, e mesmo que talvez quisesse um amor, se convencia de que seu trabalho não faria bem a quem ele amava, e que iria machucá-la, caso quisesse algo sério. 

 Ele sabia que caso se apaixonasse, não aguentaria a pressão. Ele sabia que caso engravidasse uma garota, não seria presente na vida de seu herdeiro, e, portanto, não seria um bom pai, nem um bom esposo. 

Noah iria os ferir, ele sabia que o máximo que conseguiria a eles, era uma boa pensão, um dinheiro elevado que os daria como recompensa por não o ver. 

E, portanto, nunca pensou na ideia de sua sexualidade, até porque, não se importava. 

Mas depois daquele beijo, aquela pergunta veio a tona. Uma pergunta que Noah não podia responder, pois sabia que de nada o levaria. 

E esse era seu maior problema, se a pergunta não poderia ser respondida, o que viria a seguir também não, e isso lhe frustrava. Noah, infelizmente, já não conseguia sentir prazer em se ver em sua vida anterior, ele já não conseguia se alegrar em ver seu sucesso em sua carreira. 

Ele não queria deixar de ver os sentimentos de Nicholas, ele queria ser surpreendido pelo moreno. 

E isso lhe incomodava, pois sabia que não podia se acostumar com tal presença. Noah tinha consciência da falta que lhe fazia um amor, mas descontar isso em Nicholas, era saber de como o machucaria, mesmo não querendo. 

Noah tinha noção de que estava apaixonado por Nicholas, ele tinha senso, e via os sinais que seu corpo lhe mostrava. Sinais que achava que conseguiria arrancar de si. 

Até porque, acreditava que não era recíproco. 

Noah tolo, claro que era, e como haver volta? Noah não queria machucá-lo, mesmo que o odiasse, não podia vê-lo dolorido. O que o atormentava, ele sabia que uma hora ou outra teria de negar, e pensar que teria de dizer tais coisas, o assustava tanto, de tal forma inexplicável. 

Quando Noah abriu a porta de seu dormitório, a ficha realmente caiu. Era sua última noite, dentro daquele quatro, talvez a mais calma e mais entristecedora. 

De dias em que aproveitou aquele quarto, alguns bufou, riu, se embebedou, gritou, espancou, trabalhou, e tudo a companhia de Nicholas. 

A tal semana de férias que começou em completo desgosto, estava sendo tão desfrutada agora. 

Noah se sentia mal pelas brigas, revoltas, palavras torpes e xingamentos. 

Noah detestava ter de assumir, que talvez fosse sentir falta, de dormir ao seu lado, ser despertado pela manhã da pior forma possível, ouvir as diversas indiretas que o garoto gostava de dar e claro, sentiria falta de sorrir, de rir, e de poder demonstrar reações verdadeiras. 

Talvez, o Amor seja RealOnde histórias criam vida. Descubra agora