45: Oh, when you're all alone I will reach for you

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O cômodo estava um alvoroço, de um lado pessoas tirando fotos, do outro, pessoas gritando e fazendo grande algazarra. Era uma cena digna de um filme de apocalipse. Sua visão estava turva pelo álcool, portanto, quando Ethan rolou pro lado e ela ergueu a cabeça, de nada conseguiu enxergar. Sentiu as mãos de diversas pessoas nela e em seu corpo, mas estava sem força para entender o que as tantas pessoas queriam lhe dizer. Quando teve um pouco de domínio de sua visão, percebeu a silhueta de sua amiga vinda de longe e a barragem da mesma, feita pelo seu novo cunhado. Suas vozes foram distinguidas da gritaria exacerbada.

— Saiam de perto da noiva, saiam de perto da noiva! — Seu cunhado ordenou, afastando a multidão de pessoas que tentavam lhe ajudar e capturar mais fotos. Teve a ajuda dos seguranças, claro, para que eles mantivessem o casal devidamente seguro.

— Taylor! — Vinda de longe, Sophia gritou, mas foi barrada por Edward — Me deixa sair! Preciso ver a Taylor

— Não dá, mocinha, vá para fora junto com o restante das pessoas

— Você não está entendendo, é minha amiga — Fitou seus olhos, rogando silenciosamente para que a libertasse.

Preferia que Edward tivesse escolhido deixá-la falar com a noiva, ou pelo menos que a desse um motivo para sua resposta negativa, no entanto, nada disso obteve. Pelo contrário, recebeu um não firme como resposta, sem ao menos poder lhe explicar o motivo dessa decisão.

— Mas por quê? — Sophia nunca manteve um contato tão longo com um homem, muito menos teve de erguer tanto a cabeça para poder enxergar sua face. Mas era inevitável que isso não ocorresse, estava desesperada para pensar no quanto estava sendo invasiva, por muito menos se tocar o quanto aquele homem era alto e que se quisesse, tinha força para assassiná-la, amarrá-la, ou até mesmo a pegar no colo e carregá-la como um neném — Ela é minha amiga! — Proferiu, com demasiada impaciência.

— Que bom, ela é minha cunhada — Deu um sorriso debochado — Então se não for pedir muito, cai fora

Sophia ergueu as sobrancelhas, deveras surpresa. E era de se entender, a petulância de Edward foi além dos limites que uma pessoa coberta de razão poderia aguentar. Até porque, não havia nada de mal em querer saber como sua melhor amiga estava, muito menos sua preocupação. Era de direito que ele a tratasse minimamente bem.

— Não. Me recuso, deixe-me ver minha amiga

— Por favor, senhora, vá embora — Pediu com os seus últimos grãos de paciência.

Ele não iria mesmo se compadecer dela, desse Sophia as justificações que quisesse, o moreno parecia não estar mesmo disposto a liberá-la. Sua última solução agora agora, seria implorar, era o único jeito.

Sophia, posteriormente, se ajoelhou no chão e entrelaçou suas mãos. Se não fosse do jeito saudável, que ele se rendesse pela humilhação que ela faria ali mesmo.

— Por favor, segurança! Ela é minha amiga! — Fingiu um choro falso.

Nenhum músculo moveu sua face, apenas Edward a olhou, tomado de desdém. Tomada pela cólera, Sophia se levantou. Se ele não queria do jeito falso, que fosse do jeito complexo.

— Olha aqui, seu engomadinho de merda, ou você me deixa entrar ou esse meu punho vai parar no seu rosto achatado! — Ergueu sua mão e fechou seus dedos em um punho bem apertado, depositando toda a sua raiva e força ali.

Sophia queria ao menos um pingo de temor, nem que fosse um porcento, queria pelo menos que ele sentisse algo, por mais que fosse minúscula diante de si. Ela só não esperava que fosse tão desprezada daquele modo, recebendo uma gargalhada escandalosamente falsa, de quem não havia se comovido com uma palavra sua.

Talvez, o Amor seja RealOnde histórias criam vida. Descubra agora