Depois da piscina, Ethan e Taylor jantaram miojo instantâneo a luz do luar. Enrolada em uma toalha, a morena tremeu mais do que provavelmente tremeria em um inverno rigoroso com mais de sessenta centímetros de neve. Apesar de Ethan lhe indagar algumas vezes, questionando se não queria entrar, negou mais vezes do que se lembra. Ela queria estar ali, com a presença do moreno, que lá não era tão boa quanto seu livro, mas era incrivelmente agradável. Ao ponto que quando viu que estavam a terminar a refeição, pensou rapidamente em algo que o prenderia por mais alguns minutos.
— Acho que não nos conhecemos muito bem — Soltou, com seus olhos bem longe das enormes pupilas de Ethan, sabia que se o fitasse acabaria por entregar sua ideia de ficar um pouco mais consigo.
— Essa semana você foi obrigada a ler um formulário inteiro sobre a minha pessoa e decorar, não acha que aquilo já compõe minha vida inteira? — Suas pupilas a encontraram na escuridão.
— Não acho. Se houvesse tudo, eu saberia o que te levou a me empurrar do nada — Se aproveitou da situação para fazer uma das perguntas que mais rondaram seu cérebro naquela noite.
Ethan fitou a água cristalina, iluminada pela lâmpada na cor azul anil que continha no fundo da piscina. Enquanto ponderava, percebeu como o vento fez pequenas ondas, sujando a piscina com algumas folhas que vinham das inúmeras plantas que tinha naquele terraço.
— Ah nada...
— Me empurrou por nada? — Arregalou seus olhos. Ethan só podia ser um psicopata se estragara seu casamento somente por diversão.
— Não — Soltou uma risada nervosa — Lógico que não
— Então por quê? Por que do nada me empurrou?
Um silêncio se expandiu pelo cômodo, a única coisa que Taylor conseguia ouvir, era o barulho do vento intenso daquela madrugada. Os olhos de Ethan pareciam perdidos sobre aquela piscina, o que fez ela nesse meio tempo, cogitar desistir. O mais prudente, talvez, fosse se erguer e voltar para seu quarto, antes que algo pior acontecesse. Sabia as resoluções que sua pergunta inconveniente poderia trazer, mas decidiu agir sem pensar. Podia custar caro demais, se decidisse insistir, foi por isso que decidiu logo encerrar a conversa.
— Ok, podemos conversar sobre isso outra hora
— Calma, me dá um segundo — Imediatamente a respondeu, mostrando que não estava tão perdido quando sua face lhe representava.
Ele inspirou e expirou algumas vezes, antes de virar seu rosto e fitar seu angelical rosto.
— Tudo bem, acho que eu deveria ter te pedido desculpas desde o começo, não fingido naturalidade quando sei que você vai ser bem atacada agora, se já não foi, pois não tenho o acesso de seu celular pra saber. E nem queria, prefiro que até mesmo não o abra. Eu só queria muito te pedir perdão, eu fui um estúpido quando te empurrei daquele jeito. Mas eu sempre lido como se fosse o dono do mundo, que esqueço que não é porque minha vida está complicada que preciso estragar a sua vida também
— Mas não estragou...
— Eu vou. Sempre estrago, sou o centro das atenções dessa porra toda e não sei como agir quando vejo que você não dá a mínima com o meu cargo e o quanto sou importante na sociedade, tanto que bebeu mesmo tendo lido que eu tenho problema com álcool. Foi por isso que te contratei para o serviço, sabia que não ligava pra mim e que era perfeita para mostrar a sociedade que nos amamos e...
— Espera Ethan. Você tem problema com álcool? — Embasbacada, analisou a Ethan, até que o mesmo lhe respondesse. Sendo afirmativo, ele assentiu com a cabeça, dando a entender que havia sim problema com isso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Talvez, o Amor seja Real
RomanceMadison vive uma adolescência um tanto quanto conturbada em Nova York, no entanto, ao conhecer o "bad boy" de sua escola, Matthew, o cara famoso por dormir com todas as garotas a onde ela estudava, as coisas vão mudar...