36: I was fucking drunk

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— Qual é o seu problema? — Depois de tanto se questionar, finalmente o afrontou.

— Você não está puto com...

— Sério meu, você está sendo muito babaca ultimamente, e ainda mais hoje, eu me sinto um idiota na sua casa — O interrompera sem mais nem menos. Noah estava cansado de ser um peso nas costas dos outros. Desde que ele nasceu, as pessoas a sua volta demonstravam a ele que realmente não gostavam de sua presença e estavam ali por obrigação. No começo de seu namoro, que durara quatro anos, Noah não tinha a maturidade o suficiente para ver como sua ex estava sendo obrigada por seus pais a ficar com Noah. No fim, antes mesmo dela partir, Noah já havia a visto junto de um cara, o que lhe deixou bem perceptível que estava sendo um peso. Mas isso era um caso dentro de sua vida. Seus pais também lhe deixavam claro o quanto ele era um peso, tanto que o empurravam a sua ex para que se casassem, e ele saísse logo de sua casa.

Cruéis. É a palavra que explicaria seus pais, eles foram cruéis demais, mas mesmo assim, Noah toda a noite chorava por eles, perguntando-se o que fizera de errado, ou os visitava no túmulo. A troco de quê? De nada, ele só não sabia devolver a crueldade no qual recebera durante sua vida inteira.

Mas agora, Noah era maduro o suficiente para identificar se está sendo um peso e não pecaria de novo. Se Nicholas estava cansado de sua companhia, que ótimo! Então ele iria sair da vida dele.

Porém, de nada era correto isso que ele fazia. Pessoas confusas machucaram pessoas boas e inocentes como Noah e agora, ele se tornara confuso, e estara a ferir os outros, assim como fizeram com ele.

— Só sair — Deu de ombros.

— Ok — Se levantou. Então sairemos. Noah não vai ser desprezado pela pessoa que ele nem queria namorar. No fim, quem correu atrás foi Nicholas, se não fosse ele, Noah talvez estivesse ainda o odiando,

Nicholas arregalou seus olho e o puxou pelo braço — Calma ai, a onde vai?

— Embora — Disse decidido. O garoto fuzilou o moreno, seu rosto fechado, ele julgava cada canto do corpo daquele idiota. Idiota esse, que Noah se entregou, por nada.

— Está maluco?

— Para de falar isso. Para de dizer que sou louco ou maluco, eu estou sóbrio o bastante pra entender o que 'tá rolando aqui, aliás o que anda rolando a um tempo...

— Você não está sóbrio — O interrompeu.

Noah simplesmente ignorou essa afirmação e seguiu:

— Olha aqui Nicholas, eu odeio ser menosprezado, mas você parece querer insistir na ideia de me menosprezar...

— Não estou te menosprezando — Mais uma vez interrompeu ao loiro. Nicholas era idiota? Pois parecia. O moreno seguia com sua postura, de quem simplesmente estava sorrindo. Sorrindo, você acredita? Noah acabara de dizer diversas coisas e a única coisa que Nicholas poderia fazer era sorrir? E ainda era um sorriso canalha. Da onde ele tinha essa coragem?

— Eu estou falando! — Elevou o tom de voz — Olha aqui seu mal educado... — Soltou-se do moreno — Eu não sou idiota. Você me trata como nada na frente de seus amiguinhos, e como se não bastasse essa informação, está se deixando levar quando estamos sozinhos. Ok, legal que você está sabendo atuar corretamente e não mostrar sentimentos perante a mim. Mas não mostrar sentimentos não significa que deve me ignorar! Não significa que deve entrar na porra de um quarto de boate acompanhado com uma mulher! Porra Nicholas, eu tenho olhos, eu estou vendo o que você faz! Você me tratou como lixo, cara, lixo! E nem ao menos pôde ser fiel o suficiente pra não pegar uma garota na minha frente! — Jogou as palavras em torrente. Noah guardava coisas demais para si, o que sempre fazia com que depois de um tempo guardando, ele explodisse e jogasse tudo sem mais nem menos. Ele era um ser humano ainda, e não era fácil ignorar as merdas que a pessoa com quem ele se deitava fazia. Noah não gostava de sentir ciúme, ainda mais de um ficante, mas sinceramente, na frente dele era o cúmulo.

Talvez, o Amor seja RealOnde histórias criam vida. Descubra agora