Epílogo: Talvez o Amor Seja Real

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28 de Novembro de 2030 — Ação de Graças

— Brittany do céu! Nem consigo acreditar que vou mesmo me casar com ele! — Disse Madison, enquanto dava pulinhos no lugar, estava tão entusiasmada que esse sentimento mal cabia em seu próprio coração e precisava contagiar sua família inteira.

A loira sorriu, também estava animada. Faziam vinte e quatro anos que esperava por esse dia e, sendo ela a irmã mais velha, estava quase colapsando ao pensar em tantas coisas.

— Espero que seja de verdade, basta de Ethan e Taylor com essa brincadeira de casamento falso

Madison soltou uma gargalhada gostosa e se sentou no sofá, a alegria era tanta, que estava nauseada.

— Lógico que não! Amo Matthew — Ergueu sua mão mais uma vez e encarou seu anel, Brittany não conseguia contar nos dedos quantas vezes somente naquele dia a morena havia feito aquela ação — Ela é tão lindo! — Bateu palminhas.

Não era um casamento falso, Madison nunca ficaria tão feliz assim se não amasse a Matthew com todo o seu amor. No entanto, Brittany era a mais velha ali e não ia vacilar como fez da última vez.

— Ah. E por falar em Taylor e Ethan... — Avisou, quando avistou Nicholas, o noivo de Nathan, Ethan e Taylor passando pela porta.

— Bom dia! — Taylor se aproximou e abraçou a loira.

— Como anda esse pequenino? — Indagou após o abraço curto. Seus olhos oscilaram entre a enorme barriga da mais nova, que continha seu futuro bebê, que ainda estara no forninho, e a seu rosto.

— Faltam três semanas — Acatou a mão de Brittany e a trouxe para sua barriga, fazendo-a sentir os chutes que seu neném dava em sua barriga.

— Vem cá, Taylor, quantas crianças você vai ter? Porque puta que pariu, a terceira nesse pacote, vocês não tem camisinha? — Nicholas passou com as duas crianças em seu colo, uma de cada lado, a pequena Eloise e Rayle, enquanto uma criança idêntica a ele o acompanhava.

— Cala a boca, Nick! — Brittany o deu um tapa — Temos crianças aqui! — Sussurrou, somente para ele ouvir.

O de covinhas sorriu, travesso.

— Desculpa, patroa — Deixou as crianças no chão — Achei que sexo era uma palavra errada, não camisinha

— Nicholas! — A loira o repreendeu e foi recebida por uma gargalhada sua — Você não consegue amadurecer nem depois da paternidade?

— Desculpa, amor, é o costume — A roubou um pequeno beijo antes de sorrir brincalhão, percebendo como a loira revirar os olhos.

Alguns anos depois dos incidentes envolvendo a vida amorosa de Nicholas, o cacheado finalmente desistiu de se convencer que não sentia nada pela sua melhor amiga. Foram longos vinte anos que disse a si mesmo que nunca gostaria dela, mentiu por tempo demais, pois durante todos aqueles anos, vacilou e sem querer acabou por fazer coisas com Brittany que melhores amigos faziam, por menos cogitavam. Então, decidiu pedir a mão dela em namoro em uma noite de natal, que se sucedeu ao noivado e agora a um casamento com Brittany e um filhinho de cabelos cacheados e beleza igual a da mãe, Colin.

E Noah? Bem, ninguém sabia a onde estava. E agora, com a vida perfeita que sempre sonhou, Nicholas nem queria saber. Se convenceu que tudo não passou de um erro e até o momento viveu bem com essa informação. Nicholas sabia que não o queria mais, como também sabia que não abriria mão de sua querida esposa e seu lindo filho por ele, portanto preferia que ele estivesse bem longe, naufragando mais uma vez.

— Demorou tanto pra esse casal acontecer que eu achei que não ia rolar nada — Afirmou Taylor para seu marido.

Ethan riu.

— Você não disse que achava que ele era gay? — Indagou, seus lábios se curvaram em um sorriso brincalhão. Se tinha uma coisa que Ethan sempre gostou, foi de irritar a sua esposa.

A morena revirou os olhos, mas não conseguiu conter um sorriso, era impossível ficar totalmente brava com seu marido.

— Achar não é necessariamente saber

— Bem, já que está todo mundo aqui, vamos começar, de verdade, a ação de graças — A dona da casa, Brittany, informou, interrompendo o diálogo que se persistia anteriormente — Espero que gostem, foi meu maridão que fez — Apontou para Nicholas, levando a atenção de todos ao moreno.

O cacheado baixou o olhar, fingindo que a loira não estava falando com ele. Não estava apto para afirmar que cozinhava, pois não era lá muito habilidoso. E se achassem sua comida ruim? Isso seria péssimo.

— Quem ora? — Indagou Matthew, depois que todos se sentaram sobre todos sobre a mesa em seus respectivos assentos. A família Carter sempre tinha alguns costumes. O mais forte era o lugar marcado. E todos eles, sem exceder as crianças, tinham os seus lugares.

Um silêncio se extendeu sobre o cômodo. Apesar de terem sempre o hábito de agradecerem no dia de ação de graças, nenhum sequer era apto para agradecer em tom alto e diante de uma mesa em silêncio. Era e sempre foi constrangedor para a família.

— Eu — Taylor ergueu sua mão — Já que ninguém quer... — Deu de ombros e fechou os olhos, ajeitou sua postura, assim como todos os outros fizeram. Em reverência, posteriormente iniciou: — Querido Deus, peço-te a benção desta comida e a todos os reunidos aqui, hoje. Rogo-te para que cuide e aqueça a mamãe e papai na prisão. Em nome do teu filho amado, Jesus Cristo, que te oro. Amém.

Encorajou-se a falar de seus pais. Posteriormente, depois de uma série de tribunais e discussões, juris e brigas em relação ao tão aguardado julgamento dos pais das Carters, Brittany e Nicholas se juntaram para os acusarem de todas as fraudes e série de crimes que cometeram, incluindo até mesmo sua negligência como pais e pediram uma sentença a eles. Essa, foi aprovada pela Juíz e hoje, ambos estavam em suas determinadas celas, lutando para sobreviver ao inestimado tempo que teriam dentro de tais cafofos. Com toda a certeza, nada foi mais gratificante do que finalmente liberar a família de tanto sofrimento.

O restante do dia foi cheio de brincadeiras. E, apesar de tantas dificuldades que a tal família Carter passou, Sobretudo prevalecera o amor, aquele a qual Madison não acreditava, foi o verdadeiro forte daquela tão risonha família. E, depois de tantos anos, o amor realmente os fortaleceu de tal forma que conduziram a família a uma linda amizade, que certamente levariam para sempre.

E talvez, só talvez, Madison tenha mudado seus conceitos. Pois agora, para ela, realmente o amor é real. 

Talvez, o Amor seja RealOnde histórias criam vida. Descubra agora