12 - Vamos fazer isso juntos?

82 13 1
                                    

Josh parecia meio desanimado. O cabelo que ultimamente me excitava só pela lembrança da textura sob meus dedos estava agora solto e despenteado. Ele parecia cansado, tinha olheiras e eu imaginei que talvez ele também tivesse passado uma semana difícil. Em minha loucura, especulei se eu poderia ter algo a ver com o seu estado ou com o fato de ele desaparecer por tantos dias.

Era certo que não. Eu passei a semana pensando no meu irmão, e quando não, em Diego. Contudo, diante de mim estava o Josh. Eu não podia me esquecer disso e precisava parar de me iludir. 

– Olá, Josh.

Ele se aprumou na cadeira. Me pareceu por um instante que ele se surpreendeu quando o chamei assim. Me lembrei de quando ele fingiu que havia se esquecido do meu nome. Bom, se vingança era um prato que se comia frio, o meu estava gelado e delicioso.

– Olá, Paul.

De repente, como se todos os meus problemas tivessem evaporado, meu corpo acordou ao som da sua voz. Um calor gostoso me percorreu com a expectativa de que teríamos um momento juntos, mesmo que fosse através de uma tela, e seria diferente porque dessa vez eu sabia o gosto que ele tinha, sabia o cheiro que ele emanava, sabia o quão quente sua pele poderia ser.

— Finalmente você apareceu, Josh. Senti saudades.

Ele sorriu para mim, e seu sorriso fodido de bonito fez meu coração acelerar e meu pau pulsar.

— Sentiu minha falta, Paul? E o que eu posso fazer hoje para compensar isso?

A pergunta terminou de endurecer meu pau e não pude conter um sorriso de expectativa. Me deixei levar e permiti que minha mente se desconectasse da semana de merda que passei. Eu realmente precisava disso e ia aproveitar cada segundo.

— Que tal começar tirando a roupa, Josh?

Ele removeu a camiseta e, como eu costumava fazer, comecei a remover a parte de cima da minha roupa. Eu geralmente ficava despido da cintura para cima porque notava que isso o excitava. Enquanto desabotoava a camisa, ele perguntou:

— Que tal tirar a roupa comigo, Paul?

Eu travei por um momento. Eu nunca fiquei nu e me exibi diante de uma tela antes. A perspectiva me encheu de ansiedade, mas também de um tesão absurdo.

— Está querendo se divertir com este corpinho, Josh? Isso não é justo. Posso exigir que você me pague também. — brinquei.

Ele sorriu de novo. Puta que pariu, que homem bonito!

— Vamos fazer assim, Paul: eu não cobro por tirar a calça se você tirar a sua. E não cobro a punheta se você bater uma comigo.

Eu quase engasguei e meu pau teve uma câimbra. Ele estava pedindo para fazermos aquilo... juntos. Eu não sabia se seria capaz. Eu nunca encarava meus parceiros, com ou sem tela. Em todas as nossas lives eu gozei olhando para as costas e as nádegas de Josh e, embora soubesse que ele se masturbava e compartilhava o prazer comigo, eu não dividia o meu prazer com ele. 

— Está ousado hoje, Josh. Talvez eu faça uma concessão, afinal, acho que fiquei te devendo da última vez.

Quando dei por mim, estava de pé e minha calça repousava nos meus tornozelos. Meu pau saltou em direção à tela como se buscasse por Josh. Ele me olhou como se pudesse me engolir, depois removeu as calças e me presenteou com um dos pênis mais bonitos que já vi, mas que infelizmente nunca toquei.

— E agora, Paul? Está se divertindo?

— Estou só começando, Josh – Eu terminei de tirar a camisa e segurei meu pau. Ele fez o mesmo.

Nós íamos fazer isso.

Ou melhor, eu ia fazer isso. 

Fixei meus olhos nos seus e comecei a bombear meu pau. Ele fez o mesmo. Eu pude ler o prazer nos olhos semicerrados por onde as írises cor de mato brilhavam e prendiam meu olhar como um imã. O tesão que senti quando me vi refletido em seu prazer quase me fez perder o controle. Me concentrei e mirei seu peito. Foquei no mamilo, depois no abdômen e desci pela cintura até aquele magnifico pau que se avantajava envolvido pela palma grande daquele homem impressionante. Minhas bolas começaram a pesar e quando notei o sêmen saindo daquela cabeça rosada, quase soltei e me deixei ir com ele.

— Ah, Josh... eu queria estar aí para lamber tudo isso que você desperdiçou na minha frente. Eu queria esfregar meu pau em você até você gritar... eu queria meter na sua boca até você perder o fôlego...

Eu gostava de falar sacanagem. Na verdade, as conversas de sexo sempre se resumiram a isso, por esse motivo, quando a transa chegava ao fim, as palavras também findavam. 

Ele mantinha a mão no pau já satisfeito e me olhava com uma expressão que nunca vou me esquecer. Eu vi como minhas palavras o afetaram e foi notório como ele queria que eu fizesse exatamente o que dizia. Então ele levantou aquela maldita perna de atleta e me deu a visão frontal do seu orifício rosado. Eu já estava perdendo o controle quando me deparei com aquela imagem dos testículos lisos sobre sua entrada, daí ele colocou um dedo ali e gemeu, e então tudo explodiu.

Eu não me lembrava de um orgasmo tão intenso. Eu estava olhando para ele quando aconteceu, e isso foi algo indescritível. Foi como um compositor entregando uma canção à sua diva, como um artista dedicando sua obra à sua musa. Diferente das gozadas vazias que mais pareciam uma punhetada de chuveiro, dessa vez havia um alvo e uma inspiração.

Vi quando ele limpou a mesa com um papel e peguei minha camisa para limpar o sêmen que se espalhou inclusive sobre o teclado do notebook. Eu me sentia leve e pesado ao mesmo tempo, e dentro de mim brotou uma ansiedade que chegava a doer. Sem mais protelar, eu fiz o convite porque não havia mais como fugir disso. Se eu não o tivesse nem que fosse por uma noite, não conseguiria seguir em frente.

— Ok, Diego. Chega de palhaçada. Quero te ver. Preciso te ver. Não me importa o quanto vai me custar, eu preciso disso.

Ele me olhou de modo enigmático. Percebi que eu não estava respirando até que ele respondeu.

— Não vai te custar nada dessa vez, Samuel. Vamos marcar logo isso, porra!

Do lado de cá (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora