15 - Me deixa entrar

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Eu acariciei as nádegas com a palma da mão antes de introduzir um dedo. Ele projetou o corpo para frente e gemeu com minha investida mas eu o lacei de volta com o outro braço. Segurei seu pau e esfreguei meu falo entre as duas bandas num vaivém preliminar. Ele arfou e eu senti minhas bolas doerem.

— Sua bunda é gostosa pra caralho, Diego. Sonhei com ela toda noite, desde que você a virou na minha direção.

Ele não disse nada e concluí que estava apreensivo. E com razão. Podia nunca ter dado a bunda, mas sabia tudo a respeito da dor e do prazer que o ato encerrava. Eu testemunhei o quanto podia ser desagradável, mas também aprendi algumas coisas ao longo do caminho sobre tirar o máximo proveito da experiência e proporcionar sensações indescritíveis. Respirei fundo e posicionei minha glande em sua entrada. Senti literalmente o sangue correr pela extensão do meu pau a ponto de me fazer ofegar. Abri as duas bandas e pressionei. A ponta entrou e ele arfou.

Senti seu corpo tremular. Eu sabia que não estava sendo agradável. Ele se fechava e apertava minha cabeça mas não reclamava. Eu o admirei pra caralho por causa disso. Espalmei sua lombar e procurei acalmá-lo.

– Shhhh, calma. Respira.

Vi ele tentar respirar e o suor brotar em suas costas, então removi a ponta, o puxei de encontro ao meu peito, senti seu calor e absorvi seu tremor. Coloquei minha boca em seu pescoço, bem perto da orelha e depositei um beijo ali antes de falar.

— Preciso que você confie em mim, Diego. Preciso que você relaxe e me deixe entrar. Não vai mais doer, eu te garanto. Seu corpo precisa entender o que está acontecendo, e sua cabeça precisa ajudar com isso.

Ele aquiesceu e se inclinou de novo.

– Pode vir...

Corajoso. Meu peito inflou de orgulho. Dessa vez ele não recuou quando pressionei. Senti sua entrada sugando minha ponta cônica e me segurei muito, muito mesmo para não entrar de uma vez. Meu coração acelerou quando senti as pregas abrindo passagem. Percebi quando a musculatura de suas costas relaxou e soltei meu ar.

– Tudo bem?

– Tudo. Pode vir.

Então eu fui. Eu comecei a entrar nele e busquei na memória alguma outra experiência minimamente fodástica como essa, mas não encontrei. A cada centímetro que eu avançava, sentia que estava na borda do êxtase e cheguei a morder meu lábio até quase sangrar para me conter.

— Tão apertado... você tá me sugando, Diego. — grunhi.

— Isso é ruim? — ele perguntou com a voz trêmula.

— De jeito nenhum. É a coisa mais deliciosa que já senti.

Empurrei meu pau com mais força e o toquei bem no fundo. Ele ofegou e eu estoquei de novo até ele gemer.

— Sentiu isso, Diego? Esse é o ponto onde a magia acontece. Já gozou sem ter que pegar no próprio pau? Está pronto?

Não era soberba. Eu sabia o quanto podia ser bom nisso. Eu comia um rabo como ninguém e tinha filas de caras dispostos a testemunhar e repetir a experiência. Mas eu queria ser ainda melhor com o Diego. Com ele eu queria me superar, então comecei a me mover cadenciadamente e notei quando ele começou a se mover comigo. Eu arrancava gemidos de cada estocada e esse era o combustível do meu prazer. Eu fui acelerando e ele me acompanhou na escalada do prazer como se tivesse feito isso a vida inteira.

Não demorou muito e eu senti que não estava apenas comendo ele, eu estava sendo engolido por ele. Ele entrou na dança e praticamente assumiu o controle dos movimentos e eu fui perdendo o ritmo. Eu estava acostumado a prolongar o prazer e segurar o orgasmo mas com ele senti que não ia ter tanto sucesso. Ele era gostoso demais, perfeito demais e, porra, eu não ia conseguir me segurar.

Quando senti o prazer espiralando por dentro, pronto a explodir, me dei conta de que queria olhar para ele. Eu queria ver o efeito disso tudo em sua face. Eu queria vê-lo gozar para mim e queria que ele me visse e me acompanhasse no meu clímax. Sem mais buscar desculpas para não fazer o que queria, eu saí dele e o virei de barriga para cima. Vi a surpresa em seu rosto quando subi sua perna acima do meu ombro e meti com tudo. Ele gritou e eu peguei seu pau com força.

— Vamos, Diego. Quero ver essa porra!

Então eu vi... e foi lindo. Eu vi quando seus olhos nublaram e sua boca expirou o ar com força. Vi quando a veia do seu pescoço pulsou e o suor escorreu por sua têmpora. Vi quando seus braços tremeram e espicharam ao lado do corpo enquanto ele agarrava o lençol, e a forma como seu abdômen tensionou segundos antes da porra jorrar e lavar o magnífico V de sua barriga. Eu vi e isso me consumiu e empurrou meu orgasmo para o auge. Não me contive e deitei sobre seu corpo, colei minha boca em seu pescoço molhado de suor e urrei contra seus cabelos emaranhados.

Eu sentia o coração dele rufar contra meu rosto. Ele respirava pesado e eu também. Aos poucos uma calmaria sem precedentes me envolveu e eu me dei conta de que esse deveria ter sido o saldo de todas as minhas fodas. Era assim que uma pessoa deveria se sentir depois de transar. Não sujo, não vingado, não superior. Mas pleno, tranquilo e, por que não, feliz.

Do lado de cá (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora