Elizabeth
— Não acredito que estou me arrumando para ir a uma boate com uma mulher desconhecida e escolhida por você, a que ponto estou chegando. - murmurava em ligação com Jane.
— Deixa de ser velha, o que acha da minha roupa? Acha que ela vai gostar? - Jane aproximou o celular do corpo, estava com um vestido azul escuro, que realçava suas pernas e um batom vermelho.
— Está linda, e não tem como deixar de ser velha, só não costumo sair, não acredito que aceitei sair com você ao invés de Tom, devia ter me avisado que era uma boate. - respondi.
— Você vai adorar, e além do mais vai estar acompanhada de Cassie, você vai adorar ela, e quem sabe você perde seu medo de mulheres!
— Não tenho medo de mulheres, estou um relacionamento é diferente. - Respondi a Jane que insistia nisso.
— Você nunca nem tentou beijar uma, e hoje é a sua oportunidade, agora me mostra com que roupa vai ir. - disse Jane
Já beijei uma mulher, mas Jane não precisa saber disso.
Ignorei esse pensamento e mostrei um vestido que achei no guarda-roupa, não tinha decote e era um cinza escuro, é muito bonito, mas jane me mandou trocar segundos depois que mostrei.
— Não mesmo, tá igual uma pastora, pode trocar, usa o que te dei.
— Sem chances, fico vulgar com aquele vestido, quando me deu eu disse que não usaria.- respondi a ela.
— Então está me dizendo que odiou meu presente? - Jane se aproximou do celular.
— Eu não disse isso, eu disse que não usaria, é diferente. - respondi.
— Liz é uma boate, não um julgamento, você precisar ir gostosa, agora para de ser chata e veste ele. - Jane ordenou.
— Porque? Vou ficar por pouco tempo e não tenho motivos pra chamar a atenção. - respondi sincera.
— Não precisa ter motivos pra se estar gostosa, por favor liz. - jane choramingou.
— Quando eu pedir pra ir embora, não me obriga a ficar ou vou te deixar sem operar por 3 anos. - joguei o vestido cinza na cama.
— Tá bom, me avisa quando terminar de se arrumar e passa aquele perfume novo também, vou ligar pra minha namorada, beijo. - ela se afastou do celular.
— Não pode chamar alguém que conhece a algumas semanas de namorada, sabe disso né?
— Você é muito gostosa, mas age como uma velha. - jane desligou.
Assim que jane desligou isso ficou na minha cabeça, eu sou velha, porque não agiria assim?
Observei a cama cheia de roupas, e percebi o jaleco ao canto do guarda- roupa, me aproximei e puxei do cabide, tinha uma mancha, mas me recuso a lavar porque ainda tem o cheiro dela.
Me sentei na cama e aproximei o tecido do rosto, o cheiro dela me faz sentir como se ela estivesse aqui.
Queria que ela estivesse aqui, que conhecesse meu quarto, minha casa, queria poder deitar ela nessa cama como estou.
Me ajustei sobre o colchão com o jaleco no rosto e desci uma das mãos do jaleco até minha calça.
Deixei meus dedos me guiarem pelo caminho que ela fez, meu corpo inteiro esta tenso, quente, e senti ela, mesmo que soubesse que ela não está aqui, senti seu cheiro.
Senti seus lábios no meu pescoço, senti suas mãos no meu sutiã, e gemi, conseguia sentir sua mão quente, suas palavras no meu ouvido quando disse que me deixaria vulnerável.
Mas já sou Lily, você me deixa assim, senti minhas pernas tentarem fechar ao sentir meus próprios dedos e me lembrei do seu peso nas minhas coxas, como ela me impedia de fechar, eu sinto você Lily.
Me assustei ofegante quando o telefone tocou, tirei o jaleco do rosto e puxei o telefone apressada.
— O-oi? - atendi.
— Liguei pra saber como você está? Tá tudo bem, amor você esta ofegante. - era tom.
— Não, Sim, é eu tava correndo. - respondi me sentando na cama.
— O que houve? - perguntei.
— Me desculpa, só consigo voltar semana que vem, vou precisar cancelar o jantar. - tom parecia tentar se desculpar.
— Eu vou ligar pro restaurante, preciso desligar tenho que arrumar algumas coisas aqui. - olhei para a cama bagunçada.
— Tudo bem, sinto muito meu amor você estava animada pro jantar, eu te amo, prometo compensar você. - Tom se despediu.
— Não tem problema, também amo. - desliguei.
Passei as mãos pela testa molhada de suor assim que desliguei, e observei o jaleco na minha mão, o que tá fazendo comigo Lily.
Lily
— Não mesmo, vocês disseram que seria algo básico, não tem como usar isso. - disse a Alícia que escolheu uma lingerie bastante indecente.
— Lily, você quer usar uma calcinha de velha com um vestido curto. - Rolly que não estava ajudando revirou os olhos e jogou a lingerie em mim.
— Você disse que não estava ajudando porque não queria falar comig..
Meu celular chamou interrompendo a conversa, peguei e não reconheci o número.
Por algum motivo sabia que era ela, minha barriga revirou quando rolly tomou o celular da minha mão e atendeu.
— Alô? Sim, é o celular dela, ela está quase pronta, ela está um veneno, deveria ver ela sem o vestido! - Rolly ria para o celular, que agarrei antes que ela falasse algo a mais.
— Jane, me desculpa, é lily. - sinto vergonha pelo que rolly fez e ouvi jane sorrir.
— Sem problemas, então você esta um veneno?- Jane perguntou risonha.
Bati a palma da mão na testa e expliquei que rolly só estava brincando.
— Não se preocupa, liguei pra avisar que vou me atrasar um pouco e vou te buscar às 00:00. - Jane avisou.
— Não, não precisa eu encontro você lá. - respondi sem graça.
— Certeza? - Jane perguntou novamente.
— Sim! Não se preocupa. - afirmei.
— Lily, eu posso buscar você. - jane parecia preocupada.
— Alex quer me levar. - menti.
— Eu não quero levar você não. - Alex abriu a boca e joguei a primeira coisa que vi.
— Ok, te mando uma mensagem quando estiver lá. - jane avisou.
— Tudo bem. - me despedi.
— Eu não quero levar você não. - Alex falou da porta.
— Por favor Alex meu amor. - implorei.
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Elizabeth Olsen e Lily Blake
FanfictionA medida que Lily enfrenta as expectativas do seu desejo de se tornar neurocirurgiã tendo uma doença sem cura, ela se vê confrontando emoções confusas ao redor de Lizzie, inicialmente mascaradas por um aparente desprezo pôr ambas. As duas pensam se...