Lily
— Com licença. - pedi a um grupo de pessoas ao redor da mesa onde meus amigos estavam.
Ao conseguir passar e me sentar, perguntei o que estava acontecendo. — O que é isso? - Perguntei um pouco confusa.
— Estamos decidindo que interno passar para Oliver. - Alícia respondeu enquanto comia um sanduíche com um pote de geleia ao lado.
— Na nossa frente, estão fazendo isso na nossa frente, é igualzinho o mercado de escravos. - Uma garota de trancinhas falou indignada.
— Acho que vou continuar com a de trancinhas, ela me lembra de muitas coisas. - Rolly foi a primeira a escolher a interna.
Analisei a escolha dela e ela completou. — E ela toma banho, o que já é uma vantagem enorme sobre o fedorento de cavanhaque. - Rolly apontou para o interno.
— Bom. - Alícia respondeu, concordando.
— Tá fedendo. - Rolly completou a humilhação.
— A morena ali é péssima fazendo os prontuários, mas sabe pegar uma veia, já aquela Bruna quase castrou um cara com um cateter. - Alícia pareceu escolher a dela.
— Hmm. - Alex fez uma cara feia ao ouvir sobre castração.
— A gente tá ouvindo tudo. - A garota de trancinhas voltou a falar.
— Acho que vou dispensar o Filipi. - Alex enfim falou.
— O que ele faz de errado? - Alícia perguntou.
— É que eu odeio esse nome "Filipi". - Alex repetiu rindo.
— A gente devia se rebelar, quem quer respeito não pode aceitar essa humilhação. - A trancinhas falou para o cara de cavanhaque ao seu lado, como se também não ouvíssemos.
— É... vai você primeiro que eu vou atrás. - Ele concordou, sussurrando.
— Teve notícias do banco de órgãos? - Alícia me perguntou.
— Ainda estou procurando um compatível, mas até agora... nada. - Respondi, desviando o olhar dos residentes.
— Tomara que consiga, meu paciente precisa de um rim. - Alícia mordeu o sanduíche.
— Todos eles precisam, Alícia, todos eles. - Rolly pegou uma colher de geleia.
— Se Elizabeth precisasse de um rim, eu não daria o meu, ela ficaria com o crédito, diria que fez crescer sozinha. - Pedi uma colher da geleia também, e eles me olharam com risinho.
— Que foi? - Perguntei, sem entender.
— Meu paciente tá doente há nove anos, vocês imaginam levar uma vida assim? E pra piorar, o filho dele é um babaca. - Alícia desabafou, irritada.
— Ei!! - Rolly gritou com o interno de cavanhaque, me assustando.
— Eu mandei você sair daqui? - Ela perguntou, e ele negou com a cabeça, com medo.
— Então volta, fraco não aguenta nada. - Rolly humilhou o garoto.
— É... mas obedece direitinho. - Alex falou, como um ponto positivo.
— Verdade... verdade. - Rolly anotou o nome do garoto em uma folha de papel.
— Gente, eu preciso contar uma coisa. - Olhei para o grupo, e Rolly já sabia o que era porque não consegui esconder.
— Você e Elizabeth se pegaram? - Alex pegou uma colher de geleia.
— Ela vai sair com a cardiologista. - Rolly falou por mim.
— Rolly!
— Que foi? Você vai sair, não vai? - Ela falou, e eu não neguei.
— Ai meu Deus, vai sair com a cardiologista? - Alícia soltou a colher de geleia da boca.
— Poxa, não deu tempo nem de eu tentar. - Alex lamentou lançando a colher na geleia.
— Alex, cala a boca! - Alícia brigou com Alex.
— Rolly? - Alícia chamou a amiga que apenas levantou e saiu da mesa.
— O que eu fiz? - perguntei Alícia confusa por rolly me olhar estranho e sair da mesa.
— Nada.. ela só... bom, quando chegarmos em casa falamos disso ok? - ela falou e seguiu rolly, deixando eu e Alex na mesa.
Assisti as duas sairem e os residentes relaxarem se sentando nas mesas.
— Se você vai sair com a cardiologista, quer dizer que a sua lizzie está livre? - ele perguntou com a colher na boca.
Não respondi Alex, apenas me levantei e saí, estou com muitos pensamentos agora.
— Eu estava brincando! - Alex gritou da mesa e não me virei pra trás.
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Elizabeth Olsen e Lily Blake
Fiksi PenggemarA medida que Lily enfrenta as expectativas do seu desejo de se tornar neurocirurgiã tendo uma doença sem cura, ela se vê confrontando emoções confusas ao redor de Lizzie, inicialmente mascaradas por um aparente desprezo pôr ambas. As duas pensam se...