Capítulo 25

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Lily

Às vezes, não me sinto bem, mas outras vezes parece que sim. Meus pensamentos são confusos, e acabo agindo sem entender completamente.

Rolly não trocou uma palavra comigo desde hoje cedo, e não consigo entender por quê.

Talvez eu tenha dito algo que a magoou, mas o silêncio dela, e ela estar me evitando pelos corredores me deixa tão inquieta.

— Lily, precisam de você na emergência agora! - A enfermeira me avisou no corredor.

— O quê? Desde quando... - Olhei para o Bip cheio de mensagens que não tinha percebido, distraída pelos pensamentos sobre Rolly.

Despachei no elevador, que por sinal, estava incrivelmente lento e abafado. Algumas coisas neste hospital parecem estar sempre com defeito.

Depois de quase 10 minutos no elevador, ele finalmente se abriu meio travado. Este elevador não deveria demorar tanto, especialmente por ser o que leva ao laboratório.

Ao sair do elevador às pressas e atravessar o corredor da emergência, me deparei com uma cena caótica.

Uma enfermeira parecia totalmente desesperada enquanto tentava ajudar no caso que acabara de chegar, além dos que já estavam sendo atendidos.

— Algumas ambulâncias acabaram de chegar com no mínimo 4 feridos - a enfermeira me avisou.

— Onde está a enfermeira chefe? - perguntei, recuperando o fôlego.

— Segunda maca à direita, ela está cuidando do seu caso. - ela me informou antes de sair correndo.

Ao chegar lá, abri a cortina da emergência e antes mesmo de notar meu paciente, vi Elizabeth.

— Me desculpe, eu não... - tentei me explicar para a enfermeira chefe, mas então percebi a paciente.

— Ana? - olhei para a garotinha na maca.

— Você a conhece, Dra. Blake? - a enfermeira perguntou, observando minha reação.

— Sim, ela era paciente do Dr. Bigodes.. Terry. - corrigi rapidamente, pegando a prancheta e conferindo os exames.

— Meu Deus, os níveis de...

— Sim, Elizabeth acha que precisamos de uma transfusão, mas a família da paciente não permite, precisamos que você os convença. - a enfermeira baixinha me informou, e eu olhei para Elizabeth.

— Eles não vão aceitar, você sabe disso, não é? - disse, olhando para Elizabeth.

Ela estava de braços cruzados e não mantinha contato visual comigo, mas sim com a paciente. Não havia respondido à minha pergunta.

— Por isso chamamos você, Blake. - ela finalmente me respondeu.

Eu estava acompanhando o caso de Ana por um bom tempo, desde quando trabalhava em colaboração com Terry.

Ana, uma menina de 10 anos, que sofreu um acidente de carro e passou um tempo na pediatria.

Achei que ela havia se recuperado da cirurgia, mas agora precisa de uma transfusão de sangue para recuperar os níveis adequados.

— Certo... Anda, vamos lá, garota! - a enfermeira me mandou sair.

Peguei a prancheta com o caso e fui correndo até a recepção em busca da família. A recepção estava lotada, então precisei passar por algumas pessoas apressadamente.

Após vasculhar a multidão, finalmente avistei a família e me aproximei, pronta para oferecer meu apoio e convencê-los sobre o procedimento médico.

— Bom dia, família da Ana? Como vocês estão?.- perguntei educadamente.

Elizabeth Olsen e Lily BlakeOnde histórias criam vida. Descubra agora