O elevador abriu e tirei as mãos do seu corpo ao ver as pessoas sairem, e perceber o que de fato estava fazendo, quase a toquei.Estou tremendo e não consigo olhar para ela, estou envergonhada, não acredito no que estou fazendo, eu sei que quero isso, mas me assusta ela não me impedir.
— Me desculpa.. - sussurrei passando por algumas pessoas, saindo no andar do laboratório.
Ouvir ela fazer o mesmo e passei as mãos pelo cabelo ignorando ela me chamar, entrei na sala de reunião para fugir dela, mas ela acabou fazendo o mesmo.
— O que.. o que você quer? - perguntei ajustando o jaleco ao ouvir ela fechar a porta atrás de si.
— Lily.. por que..
— Não.. não faz isso, não me pergunta o porque fiz isso... - apontei para ela com raiva.
— A culpa disso então é minha? - ela perguntou cruzando os braços.
— Não estou culpado você, lizzie eu estou dizendo que...
— Lizzie?
— Não importa.. - respondi envergonhada.
Ela abaixou os braços olhando para baixo e depois passou as mãos no cabelo olhando para as persianas.
— Lily, isso não pode acontecer..
— O que? O que não pode acontecer? - questionei franzindo a testa.
— Não pode, você sabe..
— Você é inacreditável, você não consegue parar de mentir nem mesmo um segundo?
— Eu sou sua chefe. - ela disse.
— Eu não ligo, isso não é desculpa.
— Você não entende, Lily, você não está se escutando.
— Não importa, mas não pode dizer que eu não posso fazer isso.
— Lily.
— Você quis me beijar, você quis... - engoli em seco me apoiando na mesa segurando as lágrimas.
— Eu não pensei direito. - ela disse me fazendo encarar ela.
— Não pensou.. direto?
— Não.
— Que merda é essa, você também não pensou direito no elevador? - questionei e ela ficou em silêncio.
— Meu Deus.. - passei as mãos no rosto.
Sai de trás da mesa para sair da sala e ela entrou na frente da porta.
— Lily, só estou dizendo que isso não vai acontecer, você não entende..
— Eu entendi, mas por favor por que não diz que isso é coisa da minha cabeça..
— Lily, por favor.. - ela estava com os olhos cheios de lágrima.
— Você gosta de mim? - perguntei
Ela ficou em silêncio e senti as lágrimas escorrendo na minha bochecha, meu peito estava acelerado, o nariz ardendo e a visão embaçada de lágrima.
— Elizabeth, você gosta de mim? - perguntei novamente esperando, implorando que ela dissesse sim.
— Não.
Senti todo meu corpo paralisar, senti uma dor no peito estranho, e então parei de ouvir por segundo.
— Eu sinto muito Lily, eu não pensei direito, eu acabei deixando que isso acontecesse, eu sinto muito..
Tentei tocar a maçaneta da porta, sair. Meu dedos doíam, meu corpo, não quero estar ali, não podia ser verdade o que ela estava dizendo.
Podia?
— porque? - perguntei sem olhar ela.
— Não me faça explicar Lily..
— Porque? - questionei a olhando.
— Eu.. sou casada Lily, eu tenho um marido, eu simplesmente não posso. - ela limpou a lágrima que escorreu.
Fiquei tanto tempo parada que talvez tenham se passado horas, em silêncio caminhei até o sofá e me sentei. Ela caminhou até mim e se sentou ao meu lado.
— Se eu confundi você, eu sinto muito..
Não faz isso Lizzie, não diz isso, por favor, não diz que eu imaginei tudo, que não quis me tocar, me beijar.
— Eu assumo a responsabilidade se te fiz pensar alguma coisa.
— por que esta fazendo isso? - chorei, um choro com barulho sem esconder nada.
— Lily..
Apoiei a mão na testa e chorei, não acredito, depois de tudo isso ela ainda continua mentido, ela consegue mentir mesmo eu dizendo que amo ela.
— Eu amo você.. - falei
— Lily talvez eu tenha deixado você pensar..
— Eu amo você.
— Lily eu sinto muito, eu vou realocar você de setor..
— Elizabeth eu amo você..
— Não, você não ama. - ela levantou do sofá chorando.
Ela se afastou, ela tremia e abracei ela sentindo ela me apertar, ela me apertava me batia, ela chorava me abraçando.
Ela me batia enquanto chorava e cai no sofá pelo empurrão, ela subiu em cima de mim enquanto suas lágrimas escorriam.
Ela tirou minha blusa e me beijou tão rápido e tão devagar, seus lábios estavam salgados pelas lágrimas e me entreguei a beijando nossos corpos se tremendo, seus lábios frios e quentes, suas unhas me arranhando, me machucando.
seu corpo me esmagava no sofá, nossas respirações se misturando, minhas mãos no seu cabelo, nas suas costas, eu quero ela, quero tanto que chega a doer.
Ela me deitou seus lábios descendo se separando dos meus com dificuldade, ela deixando beijos pelo meu pescoço, meu corpo tremia, estava quente demais, sufocante.
Ela me beijou como se aquilo fosse tudo que ela mais queria, nossos suspiros se embolando ela me beijava com desejo, prazer, não era um beijo comum, ela parecia se despedir.
Era uma despedida.
Ela estava em cima de mim no sofá, suas lágrimas pingavam em meus seios, ela me beijava em todos os lugares que queria, me puxou para me erguer e tirou meu sutiã.
Seus olhos foram até minha cicatriz nos seios e ela a tocou com as pontas dos dedos, contornando a carne cicatrizada.
Ela se inclinou desceu até meus seios os beijando, apertando, mordendo deixando sua marca enquanto eu a apertava sentido dor e prazer, pulsando a cada toque.
Sua saliva me molhava e tudo que queria era sentir ela, sentir ela dentro de mim, me tocando, me fazendo ser dela.
Tirei sua blusa com sua ajuda e a olhei esperando que meu cérebro guardasse cada detalhe dela, que decorasse cada linha, cada curva do seu corpo.
Toquei seu peito e fechei os olhos escutando seu coração bater acelerado, sabendo que ela gostava de mim.
Ela não desceu mais, ficou me beijando, me abraçou me envolvendo como um casulo, o sofá coube nós duas e me vi implorando para Deus que aquilo durasse para sempre.
Mas não durou.
Senti suas mãos me soltarem, senti frio, dor e me senti vazia, me senti tão fazia que estava doendo, ela vestiu a blusa e limpou o rosto enquanto eu abortava o sutiã sentido meu corpo doer.
Ela foi até a porta abriu e saiu como eu fiz, mas doeu tanto assistir ela ir embora que não pude me mover, meu corpo escorregou pelo sofá, e fiquei ali, sem nem mesmo abotoar o sutiã.
Chorei sabendo que ela estava certa, que não podia acontecer nada entre nós duas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Elizabeth Olsen e Lily Blake
FanfictionA medida que Lily enfrenta as expectativas do seu desejo de se tornar neurocirurgiã tendo uma doença sem cura, ela se vê confrontando emoções confusas ao redor de Lizzie, inicialmente mascaradas por um aparente desprezo pôr ambas. As duas pensam se...