Capítulo Vinte e Cinco

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Depois que eu consegui me mexer de novo. Eu estava com raiva e quase a ponto de cair de joelhos e chorar. Levantei-me e olhei para o celular ainda na minha mão. Sem pensar joguei o celular com toda a força na árvore mais próxima.

POOF

Antes de o celular cair aos pés da árvore em pedaços. Isso com certeza não aliviou a minha raiva.Olhei em volta e não tinha nenhuma testemunha (que eu conseguisse ver) em volta. Só os garotinhos lá na frente que pareciam alheios ao me acesso de raiva.

Sentei de volta no banco e me curvei colocando minha cabeça entre as mãos. Eu nem tentei parar as lágrimas que lutaram para sair pelo canto dos meus olhos. Minha cabeça estava em uma confusão tão grande, que parecia que alguém tinha colocado um problema de matemática tão extenso e complicado para eu fazer que nem o professor mais graduado conseguia resolver. Mas ao logo dessa tremenda confusão, eu sabia de uma coisa.

Hoje à noite eu iria realizar meu pesadelo. Eu iria até Victor.

Quando me acalmei ao máximo que pude, levantei e peguei as fotos abaixo de mim. As rasguei uma por uma e as joguei junto com envelope na lixeira mais próxima. O celular eu nem liguei já estava só pó.

Assim que eu cheguei perto da virada onde já dava para ver portão notei que ele estava aberto. Dei alguns passos largos e rápidos até chegar perto do portão. Olhei de um lado para o outro na casa, mas não tinha ninguém. O carro de Júlio não estava em lugar algum, mas a moto de Hugo, sim.

Aproximei-me dela e olhei para o final da estrada que estava vazia agora, mas pensamentos de alguém tirando fotos da casa ontem me fez estremecer. De repente uma mão no meu ombro me fez pular e gritar ao mesmo tempo.

-Ai Jesus! -eu falei recuperando o fôlego quando vi que era Hugo.

-Calma Julia. Você esta bem? -perguntou ele me olhando atentamente.

Eu assenti antes de perguntar. -Onde está Júlio?

-Ele saiu um pouco, mas mais tarde ele volta. -ele foi até o painel e apertou um botão que fez o portão começar a fechar.

-Onde ele foi? -eu insisti.

Acho que a essa altura eu não conseguia esconder a minha preocupação. Um estava aqui e uma boa olhada nele me dizia que ele estava muito bem, já o outro eu não fazia ideia onde estava. E isso estava me deixando nervosa e com medo.

-Ele só foi dar uma volta e arrumar o vidro do carro dele.Não se preocupe Julia, ele é um homem crescido. -falou Hugo quando parou na minha frente.

Eu assenti, mas acho que saber onde ele estava não me deixou menos nervosa.

-Você não parece bem. Aconteceu alguma coisa? -ele estava me olhando com preocupação, pelo seu olhar eu diria que ele tentaria ao máximo resolver oque estava me chateando. Eu queria falar tudo para ele, sobre o telefonema, as ameaças.

Como eu queria!

Eu cheguei até abrir a boca, mas ameaças de Victor ressoaram na minha cabeça me fazendo fechar de novo.

-É a viagem amanhã que está deixando você assim? -ele tentou deduzir quando não respondi.

-É. -eu assenti fervorosamente. -Exatamente isso. A viajem amanhã para o México. É um pouco rápido demais essa mudança de cenário para mim.

-Não fique assim Julia. -ele colocou os seus braços ao meu redor me puxando para ele. -Eu Quero que você não se preocupe sobre a viajem. Vai ficar tudo bem, eu estarei com você o tempo todo. -ele me assegurou.

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