Prólogo

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Carina se despede de sua família antes de embarcar no Expresso de Hogwarts. Ela conhece algumas pessoas antes de passar pela Seleção.

Ser uma Malfoy não é nada fácil, ainda mais ser filha de Lúcio Malfoy. A maioria de nós do Sagrado 28 é criado em meio a um ambiente cheio de preconceito. Entre as famílias mais tradicionais e antigas do mundo bruxo qualquer coisinha já pode ser motivo para ser deserdado, seja você ser selecionado para uma Casa que não seja a Sonserina (principalmente quando sua família é da Sonserina há gerações) como aconteceu com Sirius Black, primo de minha mãe que foi selecionado para a Grifinória, seja você se relacionar com nascidos trouxas, como aconteceu com Andromeda Tonks, irmã de minha mãe que se casou com um nascido trouxa e foi deserdada da família Black. Nós mal podemos interagir com trouxas, nascidos trouxas, ou traidores de sangue, que já corremos o risco de sermos excluídos de nossas famílias. 

Cá estou eu, Carina Narcisa Malfoy (meu primeiro nome veio da constelação, tradição vinda da família Black que mamãe fez questão de manter, e meu segundo nome em homenagem à minha própria mãe), pronta para começar meu primeiro ano em Hogwarts. Passei o último ano inteiro ouvindo Draco tagarelar sobre a escola, a Sonserina, seus amigos e seus inimigos, Harry Potter, o Weasley e a Sabe-Tudo. 

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1º de setembro de 1992

Acordo cedo, empolgada por finalmente começar meu primeiro ano em Hogwarts. Tomo banho e me arrumo para tomar café da manhã na sala de jantar com Draco e meus pais. Chego lá antes de todos, vejo Dobby, nosso elfo doméstico, arrumando a mesa de jantar. 

- Bom dia, senhorita Malfoy. - ele me cumprimenta.

- Bom dia, Dobby. - eu digo. - Por favor me chame de Carina quando meus pais não estão por perto, você sabe disso. 

Eu me sento no meu lugar e alguns minutos depois vejo meus pais chegarem. Mamãe se senta ao meu lado enquanto meu pai senta na ponta da mesa. Assim que me vê mamãe abre um sorriso (sorriso esse que ela reserva especialmente para mim e para Draco), pondo uma mão em meu ombro ao se sentar.

- Bom dia, querida. - ela diz.

Eu sorrio de volta para ela.

- Animada para hoje? - mamãe me pergunta, já sabendo a resposta.

- Muito! - eu respondo.

- Carina, você já sabe, mas vou lembrá-la mais uma vez: - meu pai começa a falar. - como uma Malfoy você deve honrar o nome de nossa família, sei que você vai fazer o mínimo e entrar na Sonserina, assim como não quero que você faça amizade com nenhum sangue-ruim ou traidor de sangue. 

- Lúcio... - mamãe diz, em tom de repreensão. - Deixe a menina em paz. Carina já sabe de tudo isso. Tenho certeza que nossa filha não nos decepcionará. - ela se vira e dá uma piscadinha para mim.

Mamãe sempre foi o oposto de meu pai: carinhosa, protetora e tudo o que uma mãe deve ser. 

Minutos depois Draco chega na sala de jantar e se junta a nós, se sentando de frente para mim e mamãe. 

- Draco, - meu pai diz, se virando para meu irmão. - você já sabe, fique de olho na sua irmã.

- Pode deixar, pai. - Draco diz, revirando os olhos. 

Acho que para a surpresa de todos, Draco não é um idiota comigo, muito pelo contrário, apesar de ele tratar os outros mal ele e eu somos próximos, e ele é um irmão bem protetor.


Ao chegarmos na estação onde pegaremos o Expresso de Hogwarts eu logo procuro meus amigos no meio de toda aquela gente. Procuro por Stella, minha amiga desde que eu nasci praticamente. Assim que a encontro estou prestes e sair correndo atrás dela quando sinto um braço me puxar. 

A Malfoy da GrifinóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora