Capítulo 26

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Carina confronta Draco. Após o jantar, ela escreve uma carta à Narcisa.

A hora mais aguardada do dia chega: a hora do jantar. Desço às escadas junto de alguns colegas de Casa. Estamos todos descendo animadamente quando ouço uma das minhas amigas e colegas de quarto, Amber, cantarolar uma música que desconheço, muito provavelmente de algum cantor trouxa. Fico curiosa para saber de quem é a música, ela parece boa, tirando a voz horrível de Amber, coitada...

- Quem é que canta essa música? - eu pergunto curiosamente, enquanto descemos às escadas.

Ela se vira para mim com uma expressão de "Como é que você não conhece essa pessoa?" no rosto, até se lembrar que eu não tenho nenhum contato com trouxas e o mundo trouxa para saber de quem é a música. Ela sorri animadamente antes de responder.

- Madonna, é claro!

- Então deixa ela cantar. - eu digo, brincando.

Assim que chegamos no saguão de entrada vamos em direção ao Salão Principal. Uma cena me impede de simplesmente entrar no salão e me sentar na mesa da Grifinória: Draco e Emma parados no saguão um pouco afastados da entrada do salão. As primeiras coisas que percebo são os olhos marejados de Emma e a marca vermelha de uma mão no rosto do meu irmão.

- O que é que está acontecendo aqui? - eu pergunto, com os olhos na bochecha vermelha de Draco.

Eu me viro para Emma e, quando nossos olhos se encontram é nesse exato momento que ela deixa as lágrimas escaparem.

- Ele sabe de mim. - ela sussurra para mim.

Não preciso de mais nenhum detalhe para entender o que ela quis dizer com isso: Draco sabe sobre ela ser lésbica. E, julgando a situação que os dois se encontram, a reação não foi nada boa. Eu cubro minha boca com a mão em choque.

- Malfoy, largue a minha irmã! - diz Harry, agarrando forte a mão de Draco que estava me segurando e me soltando.

Tudo acontece rápido. Nós três nos viramos em direção ao Salão Principal, prestes a nos juntar ao pessoal da Grifinória, quando ouvimos um barulho e Harry recua para o lado, logo pondo uma mão em seu rosto.

- AH, NÃO VAI NÃO, GAROTO! - ouvimos a voz de um professor, Prof. Moody, descendo às escadas com a varinha apontada para trás de nós onde meu irmão está.

Quando nos viramos para trás para ver o que ele tinha feito com Draco, a única coisa que vemos no chão é um animal pequeno, um furão branco. Assim que Moody começa a mancar em direção ao animal, ele começa a correr amedrontado, em direção às masmorras.

- Acho que não! - diz Moody, com a varinha apontada para o animal.

O furão, ou melhor Draco, sobe uns metros no ar e cai no chão.

- Não gosto de gente que ataca um adversário pelas costas - diz o professor, ainda fazendo o furão quicar no ar. - Um ato nojento, covarde, reles...

- Prof. Moody! - ouvimos a voz de outro professor.

A Profa. Minerva vem descendo às escadas.

- Que... que é que o senhor está fazendo? - ela pergunta, olhando para o furão.

- Ensinando - ele responde.

- Ensinan... Moody, isso é um aluno? - ela grita.

- É.

- Não! - ela desce a escada correndo e ergue a varinha, apontando para o furão que segundos depois se transforma de volta em Draco.

Meu irmão se levanta rapidamente, seu rosto amedrontado.

A Malfoy da GrifinóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora