A Malfoy da Grifinória

Capítulo 40

Carina reencontra sua mãe e seu irmão antes de voltar para Hogwarts.

Apesar de eu estar amando passar minhas férias de verão na casa de tia Andromeda, que a esse ponto já virou meu novo lar indefinidamente, eu estou muito animada para voltar a Hogwarts. Quero rever meus amigos, poder conversar com todos cara a cara, mas mais importante de tudo: no dia que eu voltar para a escola, eu provavelmente vou não somente rever meu irmão, mas vou pode rever minha mãe. 

Meus tios levam Stella e eu até King's Cross da mesma forma que tia Andy havia nos buscado: de carro. Dora infelizmente não pôde nos acompanhar, pois está de guarda dos Potter, mais precisamente de Harry, como uma missão da Ordem da Fênix, então acompanhará Harry, Emma, e os outros que estão passando o resto do verão no Largo Grimmauld até a plataforma. 

Minha tia passa pela barreira com Stella, enquanto tio Ted entra comigo, e logo nos deparamos com a plataforma 9 3/4 repleta de estudantes e familiares se despedindo. 

- Bom, é aqui que deixamos vocês - diz Andromeda, olhando para mim e Stella. - Foi um prazer ter vocês duas em nossa casa nesse verão. 

Eu sorrio, já sentindo saudades da minha tia por antecipação, antes de dar um passo para a frente e abraçá-la forte. 

- Sentiremos sua falta, tia Andy - eu digo em seu ouvido, logo antes de nos desvencilharmos do abraço. - Até o próximo verão. 

- Sentirei saudades de vocês também, meninas. - ela responde, com um sorriso que se assemelha ao meu. - Se tivermos sorte, talvez consigamos nos ver antes do fim do ano letivo de vocês. 

Ela abraça Stella enquanto eu dou um rápido abraço em meu tio. Ao passo que Stella e eu tiramos nossos malões do carrinho, com a ajuda de Andromeda e Ted, minha tia discretamente me cutuca, antes de apontar com a cabeça para algum lugar. Ela me abraça discretamente para sussurrar em meu ouvido:

- Tem alguém que tenho certeza que gostaria de se despedir de vocês duas.

É aí que eu imediatamente me viro para olhar na direção em que tia Andy apontou, e reconheço aqueles cabelos bicolores a apenas alguns metros de distância de nós. Mamãe já estava me olhando quando nossos olhos se encontram. É inevitável quando meus olhos começam a marejar e, mesmo de longe, tenho certeza que os dela também começaram a lacrimejar. 

Eu tento o mais rápido possível, passar pelas pessoas que estão no caminho que leva até onde minha mãe está, não me importando de estar chorando na frente de todos, não me importando em demonstrar meu desespero por rever minha mãe depois de tantos meses sem nos vermos. 

Eu paro a menos de um metro de distância dela, ela dá alguns passos para a frente, lentos, como se não estivesse acreditando que sou eu. Ela deixa algo raro acontecer, uma lágrima escapa de seu olho, escorrendo por sua bochecha perfeitamente maquiada. Seus braços se estendem logo antes dela segurar meu rosto com ambas as mãos, como se estivesse tentando convencer a si mesma de que eu estou realmente ali. Assim que suas mãos encostam em minhas bochechas, um sorriso se abre em seu rosto, um sorriso de alívio, de alegria. Não hesito em retribuí-lo logo antes de puxá-la para um abraço. 

Logo sinto uma de suas mãos passar por minha cintura, enquanto a outra enrosca em meu cabelo, gentilmente o acariciando, bem como ela sempre gostou de fazer desde que eu era pequena. 

- Senti muitas saudades, mãe - eu sussurro em seu ouvido. 

Infelizmente o abraço, apesar de apertado e cheio de emoção, dura pouco. Ela logo faz o mesmo com Stella, pegando seu rosto com as mãos, como se analisando suas feições, antes de abraçá-la com a mesma intensidade.