Capítulo 22

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Carina, Harry e Hermione completam a missão de salvar Sirius e Bicuço. Lupin se demite. O ano letivo acaba.

Observamos Bicuço levantar voo e voar para bem longe de Hogwarts. Hermione dá uma olhada em seu relógio.

- Temos exatamente dez minutos para voltar à ala hospitalar sem que ninguém nos veja, antes que Dumbledore tranque a porta... 

Hermione puxa Harry e eu pelas mangas de nossas vestes, nos arrastando até a ala hospitalar. Descemos uma escada de pedra circular até começarmos a ouvir vozes. Ficamos colados contra a parede para podermos escutar. Reconheço uma das vozes, é Snape. 

- ... Só espero que Dumbledore não crie dificuldades - diz Snape. - O beijo será executado imediatamente?

- Assim que Macnair voltar com os dementadores. Todo esse caso Black tem sido muitíssimo constrangedor. Nem posso lhe dizer como estou ansioso para informar ao Profeta Diário que finalmente o capturamos... Acho provável que queiram entrevistá-lo, Snape... E quando Harry tiver voltado ao normal, espero que se disponha a contar ao Profeta exatamente como foi que você o salvou... - o outro, que eu presumo ser o ministro, diz.

Assim que percebemos que as vozes começam a se distanciar, voltamos a correr até a ala hospitalar. Eu seguro Harry e Hermione pelas vestes, lembrando que minha versão do passado está escondida em uma sala aqui perto, espiando a entrada da enfermaria. 

- Temos que chegar por outro lado. - eu sussurro, e aponto para a porta onde outra versão de mim está escondida. - Eu estou espiando bem detrás daquela porta ali. 

Eles rapidamente afirmam com a cabeça e nos aproximamos perto o suficiente para vermos Dumbledore deixar a ala hospitalar, mas não perto o suficiente para que minha outra versão consiga nos enxergar. O diretor fecha as portas da enfermaria, vejo ele lançando um sorrisinho para mim (a outra versão) e então caminha em nossa direção.

- Então? - ele pergunta baixinho. 

- Conseguimos! - diz Harry ofegante. - Sirius já foi, montado em Bicuço...

Dumbledore sorri para nós. 

- Muito bem! - diz ele. - Acho que vocês também já foram, podem entrar agora. - e então o diretor desaparece pelo corredor.

- Eu acho que vou voltar para a sala comunal. - eu digo. - Madame Pomfrey vai ficar furiosa se me ver de novo lá. Vejo vocês depois.

Rapidamente me despeço deles e caminho rumo a sala comunal da Grifinória, ainda atenta aos meus arredores para não ser pega por ninguém no caminho de volta. 


Volto para a ala hospitalar no dia seguinte sem mesmo tomar café da manhã, quando Harry, Rony, Emma e Hermione são liberados. A escola está bem mais tranquila tendo em vista que a maioria dos estudantes está em Hogsmeade, aproveitando o fim das provas e o calor que faz. Acabamos indo nos sentar perto do Lago Negro, já que está quente demais para ficarmos dentro do castelo. 

Uma sombra grande de repente surge sobre nós, e, ao nos virarmos, vemos Hagrid com os olhos vermelhos, enxugando as lágrimas do rosto com um lenço gigante.

- Sei que não devia me sentir feliz depois do que aconteceu ontem à noite - diz Hagrid. - Quero dizer, a nova fuga de Black e tudo o mais, mas sabem de uma coisa?

- O quê? - nós cinco fingimos curiosidade, como se não soubéssemos o que Hagrid tem a dizer. 

- Bicuço! Ele fugiu! Está livre! Passei a noite toda festejando!

- Que fantástico! - diz Hermione.

Vejo de relance Emma dar uma cutucada forte em Rony para o garoto segurar a risada.

A Malfoy da GrifinóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora