Capítulo 24

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 Carina e Narcisa têm uma conversa. O primeiro dia de aula chega.

A Marca Negra é o símbolo dos Comensais da Morte. Eles não são vistos em ação desde a noite em que Voldemort matou os pais de Emma e Harry. E meu pai convenientemente saiu pouco antes deles aparecerem... Minha mente sabe o que isso significa, mas no fundo não quero acreditar que ele é um deles.

 O clima é tenso assim que chegamos em casa. Mamãe está nervosa de um jeito que eu nunca vi antes. Ela logo manda nós quatro para nossos quartos, sem mesmo esperar sairmos de seu campo de vista antes de aparatar para algum outro lugar da mansão. Eu abro a porta do meu quarto e estou prestes a fechá-la quando Stella aparece, milagrosamente já de pijama. 

- Posso ficar com você? - ela pergunta, consigo perceber sua voz trêmula de nervosismo, ou talvez medo.

Eu abro um pequeno sorriso antes de assentir com a cabeça e abrir espaço para ela passar. Assim que Stella entra eu fecho a porta atrás de mim. Quando me viro vejo Stella já deitada em minha cama. Vou até meu armário trocar de roupa para colocar meu pijama antes de caminhar até ela e me deitar também. Ficamos as duas deitadas de lado nos olhando em silêncio.

- Você acha que...

- Eu tenho certeza que...

Nós dizemos ao mesmo tempo. Eu balanço a cabeça e gesticulo para que ela fale antes. Ela respira fundo antes de voltar a falar.

- Você acha que... que o seu pai é um deles? - ela pergunta nervosamente. - Quer dizer, é muita coincidência, não acha? Ele sair logo antes dos Comensais aparecerem... 

Eu afirmo com a cabeça, suspirando. 

- Eu tenho quase certeza que sim. - eu digo. - Eu nunca cheguei a ver se ele tem a Marca Negra, mas... mas ele sempre está com vestes de mangas longas.

Ficamos alguns segundos em silêncio novamente, o silêncio, apesar de confortável, está carregado de um clima ruim, pesado, devido ao que aconteceu momentos atrás. Eu começo a mexer em meu colar, no pingente de rubi, lembrando de outra coisa.

- Stella - eu chamo sua atenção. - Você acha que... você acha que mamãe percebeu que eu... aquilo com as Veelas?

No fundo eu tenho quase certeza que sim, mas ainda resta um pingo de esperança que minha mãe não tenha notado nada, o que é improvável, pois nada escapa Narcisa Malfoy, ao menos quase nada. Stella aperta os lábios e desvia meu olhar, o que já responde à minha pergunta... 

Alguém bate na porta. Nós duas imediatamente viramos o olhar para a porta antes de nos olharmos, confusas. A pessoa bate de novo timidamente. 

- Pode entrar - Stella responde por mim.

Espero ver mamãe abrindo a porta, mas, surpreendentemente, ao invés de ver seus cabelos bicolores vejo os cabelos platinados como os meus, Draco. Stella e eu nos sentamos. 

- O que você quer? - eu pergunto curiosamente.

Vejo meu irmão baixar a cabeça, tímido, suas bochechas ficando rosadas. 

- Não quero ficar sozinho - ele admite com a voz baixa. 

Normalmente Stella ou eu zoaríamos ele de alguma forma, mas acho que nós duas sentimos que esse não era o momento de brincar com ele. Meu irmão também está de pijama. Eu o lanço um sorriso empático antes de me mexer na cama para abrir espaço para ele. Assim que ele se junta a nós, nós três nos deitamos, puxando as cobertas sobre nós, visto que, mesmo sendo verão, a Mansão Malfoy é sempre fria. Com a companhia um do outro logo adormecemos.

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Sou acordada com alguém sacudindo levemente meu ombro, eu dou uma resmungada.

A Malfoy da GrifinóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora