Capítulo 11

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Carina se assume para Stella. Narcisa conta um pouco mais sobre memórias com suas irmãs. Carina embarca no Expresso de Hogwarts para mais um ano letivo.

Minhas férias de verão são melhores do que eu imaginava que fossem ser considerando que meu pai queria me deserdar, só não fez isso porque mamãe não permitiu. Além de ter Stella aqui em casa, nós duas trocamos cartas com alguns de nossos amigos: Theodore, Emma, Aster, Gina, e as minhas colegas de quarto da Grifinória. Emma inclusive sempre desabafa em suas cartas sobre seus tios e quão insuportáveis eles e seu primo são. Eu chego a convidá-la para passar o resto de nossas férias aqui conosco, mas ela mesma me lembra que isso não seria uma boa ideia, tanto porque ela não deixaria Harry sozinho com seus tios, como porque meu pai nunca permitiria um Potter na Mansão Malfoy. 

 Estou sentada debruçada sobre minha escrivaninha em meu quarto, tão concentrada escrevendo uma carta para Hermione, que eu não percebo o barulho da porta do meu quarto escancarando e os passos de alguém se aproximando de mim. 

- Para quem é que você está escrevendo? - eu dou um pulo quando ouço a pergunta curiosa de Stella, que está de pé atrás de mim tentando olhar a carta. 

- Só estou escrevendo para Hermione... - eu respondo rapidamente, por algum motivo sinto meu rosto esquentar. 

Eu guardo a carta para terminar de escrever em outro momento, visto que sei que com Stella aqui não vou conseguir me concentrar para terminar de escrevê-la. Eu então viro a cadeira que estou sentada na direção dela, que agora está sentada na ponta da minha cama, me olhando com um sorrisinho malicioso. 

- O que foi? - eu pergunto, nervosa por ver o sorriso em seu rosto. 

Ela dá uma risadinha antes de responder. - Nada não... É só que você ficou toda vermelha e nervosa pela minha pergunta... 

- Eu... Eu fiquei surpresa! Só isso... - eu respondo rapidamente, minha voz mostrando meu nervosismo. 

O sorriso malicioso dela só aumenta ao ver meu nervosismo. - Nina, você tem um crush em Hermione?

Agora é que eu realmente não consigo esconder minha reação de Stella. Meu rosto, que já estava vermelho, consegue ficar mais vermelho ainda. Ao invés de respondê-la a única coisa que consigo fazer é gaguejar, sem saber o que dizer. Não planejava contar isso para Stella, pelo menos não agora. 

O sorriso em seu rosto some, sua expressão agora é séria. - Você tem mesmo um crush nela, não tem? 

Eu não consigo olhá-la nos olhos nesse momento, olho para o chão, para meus pés, qualquer coisa que não seja Stella. Como já estava com medo da reação dela (e de qualquer um) por conta desse meu segredo, por contar sobre quem eu sou, eu imediatamente interpreto a expressão séria em seu rosto como algo ruim, penso que ela deve achar que eu sou uma aberração ou qualquer coisa do tipo. Sinto lágrimas se formarem em meus olhos e eu logo pisco várias vezes rapidamente, tentando me livrar delas. 

Tanto pelas lágrimas embaçando minha visão quanto pelo fato de eu estar olhando para o chão eu não percebo Stella se levantar da minha cama e se aproximar de mim, pondo suas mãos em meus ombros. 

- Ei... - ela chama a minha atenção, fazendo com que eu relutantemente levante minha cabeça e a olhe nos olhos. - Eu não estou brava, chateada nem nada disso, ok? Só estou surpresa.

Eu suspiro. - Você não está...? 

Stella sorri gentilmente. - É claro que não, Nina. Você é minha irmã. Você é minha família. Não tem nada no mundo que possa me fazer deixar de ver você com orgulho e amor.

Eu a abraço desesperadamente, o abraço é tão forte e a pega tão de surpresa que ela se desequilibra, caindo para trás, ainda bem que a minha cama estava perto, fazendo com que amorteça a queda.

A Malfoy da GrifinóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora