Capítulo 13

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Carina visita Draco na Ala Hospitalar. Ela recebe uma carta de Narcisa. Sirius Black invade Hogwarts.

O idiota do meu irmão conseguiu se machucar logo no primeiro dia de aula ao tentar tocar no hipogrifo do Hagrid na aula de Trato das Criaturas Mágicas, então Stella e eu vamos para a Ala Hospitalar visitá-lo antes do jantar. Tenho que me conter para não ter ânsia de vômito e não vomitar diante da cena que eu vejo quando chego lá. Pansy dando comida na boca do meu irmão como se ele fosse um bebê, enquanto ele fica gemendo de dor. Até parece que Madame Pomfrey não poderia ter encantado uma colher para fazer isso... Stella, que está do meu lado, ri da cena. 

- Achei que ia chegar aqui e ver você sem um braço de tão dramático que você é. - eu digo para alertar Draco e Pansy que eles não estão sozinhos. 

- Para a sua informação, traidora de sangue, seu irmão foi muito corajoso ao tentar acariciar aquela galinha gigante. - diz Pansy, com um tom de superioridade. - O que é que vocês duas, desgraças para o Sagrado 28, estão fazendo aqui? Vieram incomodar Draco?

Consigo perceber o desconforto de Draco por conta das palavras de Pansy. Eu sei que no fundo meu irmão não acredita no que ela está dizendo, bom, Stella e eu até podemos ser traidoras de sangue de acordo com o que os supremacistas do mundo bruxo acreditam, até podemos ser consideradas desgraças pelo Sagrado 28, mas sei que Draco no fundo se irrita com as palavras dela, uma pena que meu irmão é covarde demais para retrucá-la. 

- Bom, eu ainda sou uma Malfoy, não sou? - eu digo, me aproximando dos dois. - O que significa que, querendo ou não, eu ainda sou irmã dele. E você? - eu digo, olhando ela de cima a baixo. - Você é patética, tentando ao máximo puxar o saco do meu irmão por causa desse seu crushzinho ridículo nele. - ela fica visivelmente vermelha. - Pelo menos eu não preciso ficar me jogando em cima de ninguém para sentir que eu tenho valor, para ganhar a aprovação dos meus pais. 

Ela se recompõe do que eu falo antes de dizer:

- Pois é, não importa o que você faça, não é mesmo? Agora que é uma traidora de sangue nunca vai ganhar a aprovação dos seus pais mesmo. - ela abre um sorriso cínico, como se tivesse ganhado a discussão. 

- Sua filha da... - Stella dá um passo para a frente, segurando sua varinha. A sopa que Pansy estava dando para Draco voa diretamente na cara dela.

Stella e eu damos gargalhadas ao ver Pansy ensopada, literalmente. Consigo até ver meu irmão segurando a risada. Pansy fica furiosa, dá um passo a frente com a varinha em mãos, mas Draco segura seu braço com sua mão boa. Pansy olha raivosa para meu irmão.

- Você vai deixar isso?! Olha o que elas fizeram comigo! 

- Qual é, Pansy... Foi você quem começou. - diz Draco. 

Pansy sai dando passos pesados e murmurando sei lá quantos xingamentos diferentes para mim e para Stella. Assim que ela sai e a porta da Ala Hospitalar se fecha eu olho para Stella com um sorriso. 

- Mandou bem.

Draco suspira e se encosta novamente nos travesseiros, com um olhar exausto. Eu sento na beira da cama em que meu irmão está deitado. 

- Nossos pais já vieram visitar o filhinho deles que está no leito de morte? - eu pergunto. 

Stella dá uma risadinha, se sentando na poltrona que Pansy estava sentada minutos atrás.

Draco revira os olhos. - Está doendo, ok? Foi um corte profundo, de acordo com Madame Pomfrey. 

- Por favor, Draco, até parece que ela não te deu alguma poção para a dor... Deixe de ser dramático. - diz Stella. 

A Malfoy da GrifinóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora