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ROSE DEWITT BUKATER
Southampton, 1912

Acordo com uma forte dor de cabeça. Era hoje, o dia em que eu seria arrastada para um casamento falso apenas por dinheiro.

Me levanto tentando ignorar a vontade de chorar e a vontade de sair correndo desse lugar.

Enquanto eu fazia a minha higiene matinal, não conseguia para de pensar em como a minha vida era injusta e infeliz. Todos estavam animados para ver o Titanic e muitos estavam explodindo de felicidade por entrar no mesmo, menos eu.

Eu estava temendo que esse dia chegasse, já que assim que eu entrasse no navio o meu destino seria traçado, seria obrigada a me casar com um homem arrogante que eu ao menos sentia simpatia.

Fui tirada de meus pensamentos com duas batidas na porta de madeira.

- Entre. - Respondi seca. A porta se abriu rangendo, e minha mãe apareceu.

- Bom dia, Rose. - Ela sorria. - Como se sente? - Eu tive vontade de rir e chorar ao mesmo tempo perante essa pergunta.

- Como a senhora acha? - Descruzei os meus braços sentindo uma vontade de chorar ganhar da minha vontade de rir.

Minha mãe não se importava com os meus sentimentos, mesmo ela sabendo muito bem de como eu me sentia.Ela sabia da minha opinião a cerca desse casamento falso.

Mas ela não queria saber. Ela apenas queria saber do dinheiro e da reputação da nossa família.

- Oh, não seja patética Rose. - Seu sorriso se desfez. - Você sabe da crise que a nossa família está passando, não podemos ter o risco de destruir a nossa reputação.

Um nó se formou em minha garganta, e algumas lágrimas ameaçaram cair.

- Já conversamos sobre isso mais de um milhão de vezes! Ou se preferir, posso te fazer mudar de ideia rapidamente. Como da última vez, lembra, filha? - Estremeci ao me lembrar do que tinha acontecido da última vez que tive essa conversa com a minha mãe.

Ela era com certeza uma das maiores arrogantes e más pessoas que ela tinha conhecido.

Durante o último baile de gala que fomos, ela me puxou para o banheiro e disse que eu deveria ficar mais com o "meu esposo", obviamente eu não quis.
Estava farta de todo aquele teatro e disse para a mesma que não queria isso.

Ela não gosto nada da minha ousadia por apenas expressar os meus sentimentos, e ela pegou no cinto que estava jogado no chão. Ela me bateu durante 30 minutos, 30 minutos me xingando e me batendo, dizendo que eu era uma vergonha para a nossa família. E quando tudo acabou, ela abaixo o meu vestido até os pés e cobriu o meu rosto avermelhado por conta das lágrimas com maquiagem.

Saímos juntas do banheiro com um sorriso no rosto, ninguém suspeitou e quando cheguei em casa, meu corpo estava cheio de hematomas.

- Não, me desculpe. - Soltei um suspiro enquanto virava o meu rosto para o lado, e pude ver que a mesma sorriu para mim.

Às vezes, eu queria ter um pouco de liberdade.

- Você sabe que se eu pudesse eu não faria isso com você, querida. Eu não faria. - Senti meu peito apertar. - E convenhamos, não chore. Não queremos que as pessoas pensem que você está sendo forçada, vamos nos divertir naquele navio, certo?

Balancei a cabeça sem olhar em seus olhos verdes.

- Vá se vestir querida, Titanic partirá ao meio dia. - Ela saiu do meu quarto me deixando triste e insegurança, como sempre.

...

Assim que terminei de me arrumar, encontrei as minhas malas na sala. Enruguei o nariz descontente.

- Rose! - Eu mal tive tempo de me virar e quase fui derrubada pelas gêmeas Daisy e Phoebe.

- Oi meninas! - Abracei as duas fortemente, me ajoelhando para ficar na altura delas.

- Queríamos tanto ir, papai disse que temos que ficar aqui com Lottie e Fizzy. - Phoebe cruzou os braços fazendo uma careta.

- Não se preocupem, será rapidinho. - Acariciei o cabelo das gêmeas. - Apenas tenho que resolver algumas coisas lá em Nova York. Na próxima vocês vão com Lottie e Fizzy.

- Então quer dizer que vamos ver o seu casamento, certo? - Daisy perguntou animada, seus olhos brilhavam. Para elas o meu casamento era como um conto de fadas.

- Claro. - Suspirei cansada.

Me apressei para tomar o meu café, não porque eu queria, mas pelo meu pai que já estava reclamando da minha demora.

Às dez horas saímos de casa para embarcar par o Titanic, tendo que passar na casa de Cal, meu noivo, e para a minha infelicidade eu tive que ouvir o mesmo falar durante a viagem toda sobre coisas fúteis.

Suspirei fundo pensando que isso era apenas o começo, pois tínhamos a viagem no navio e depois até o fim da minha vida.

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Primeiro capítulo dessa história, gostarem?

Eu sei que esse começo foi um pouquinho pesado do que eu costume trazer, mas acho que vocês já perceberam que essa fic tem uma pegada diferente.

Não esqueçam de votar e de comentar o que acharam!

Beijo, amo vocês. 🧡

𝗧𝗶𝘁𝗮𝗻𝗶𝗰; 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora