𝗢𝗡𝗗𝗘 um garoto de classe média Bill Kaulitz, e a garota rica Rose DeWitt Bukater se apaixonam na fatídica jornada do Titanic em 1912.
Embora Rose esteja noiva contra a sua vontade de um homem arrogante com sua família dona de uma siderúrgica, e...
Para a minha infelicidade, as horas passaram voando e antes que eu pudesse descansar de toda a loucura eu já estava vestindo um vestido elegante vermelho para o jantar.
- Você fica muito mais bonita assim Rose. - Suspirei com o comentário de minha mãe. - Deveria usar vestidos desse tipo sempre!
- Mãe, não exagere! - Olhei para o meu reflexo no espelho e suspirei ao ver a minha mãe ao meu lado sorrindo.
- Ora, deixe a sua mãe falar verdades! - Ela apertou ainda mais o meu corset me fazendo tossir por conta da falta de ar. - Você engordou por acaso? Parece que tem mais peito.
- Eu sinto muito lhe dizer, mas eu não engordei. Estou muito bem desse jeito. - Olhei para baixo tentando não olhar para a mais velha.
- Eu espero que não tenha engordado. - Suspirei mais uma vez arrumando o meu cabelo ruivo.
- A senhora está me cansando com esses comentários. - Disse me distanciando dela.
- Como disse, apenas verdades. - Ela disse me dando um sorriso falso. - Vamos logo para o jantar, eu estou faminta! - Ela pegou em meu braço e saímos do que quarto.
Ao chegarmos no jantar fui apresentada aos mais sofisticados da elite, porém eu esqueci o nome de todos assim que me foram ditos.
Eu gostava de bailes com pessoas que realmente se importavam e tinham afeto e não por conta do dinheiro. Os únicos bailes por dinheiro que eu apoiava eram os que iam para a caridade.
Fui apresenta para um homem que eu gostaria de ter lembrado o nome, pois ele era divertido. Ele ria alto sem vergonha alguma e falava da maneira que desejava.
Quando as bandejas de comida passavam ele não hesitava em pegar, sem as estúpidas etiquetas e falsos sorrisos que eu odiava.
- Não queremos que falte comida e que ela seja jogada fora, certo? - Ri com o seu comentário.
- O senhor está coberto de razão! - Antes que eu continuasse com o meu papo, meu pai me puxou pelo braço.
- Não quero ver você conversando com ele, um homem que está mais para um pobre se passando por rico. - Troy rosnou e me arrastou para perto do meu noivo.
- Olá querida! - Cal deu um sorriso falso. - Estava ficando preocupada de você me trocar por aquele senhor. - Ele riu da sua própria piada junto com a minha mãe.
- Com certeza ele me faria mais feliz. - Sussurrei cansada.
- Eu não lhe disse para parar de ter atitudes de uma puta hoje? - Cal me perguntou assim que a minha mãe virou as costas para ir ao banheiro.
Eu arregalei os meus olhos.
- Não me chame assim! - Pedi me lembrando da vez que o meu pai tinha me chamado assim enquanto me batia, eu ainda tinha marcas e pesadelos sobre aquilo.
- Prefere vadia? - Cal me perguntou sendo irônico.
- Cada dia que passa, eu tenho mais motivos de querer que uma bala atirada em minha cabeça seria muito melhor do que esse casamento falso. - Sai dali sem ouvir a sua resposta.
Com lágrimas nos olhos, eu abri as portas do salão e fui correndo para longe daquele lugar, esbarrando em várias pessoas que reclamaram. Mas eu não me importei.
Eu estava desesperada e cansada. E a pergunta que martelava em minha cabeça era; como iria aguentar com isso tudo até o fim da minha vida?
Eu não conseguiria, nem estava aguentando o noivado quem diria acordar ao lado dele todos os dias.
Eu tinha a certeza de que nunca seria feliz, e isso me partia o coração.
Eu estava soluçando descontroladamente e em um piscar de olhos, eu estava na terceira classe. Ainda correndo fui para a traseira do navio, me apoiando na grade.
' Rose não havia percebido que havia passado por Bill que estava jogado em um banco observando as estrelas. '
Eu estava com a cabeça a mil e antes mesmo de pensar se era isso que eu queria mesmo, eu já estava passando uma perna pela grade.
Meu coração estava tão acelerado que eu imaginava que poderia quebrar as minhas pobres costelas, era isso, eu iria acabar com o meu sofrimento e a minha infelicidade.
- Não faça isso! - Levei um susto com uma voz rouca atrás de mim.
Olhei para trás encontrando o garoto alto que eu estava observando há um tempo atrás.
Seus olhos castanhos como o chocolate vidrados nos meus, a combinação mais perfeita que o universo já tinha criado. Eu observei os seus cabelos grandes que pareciam ser extremamente macios, senti a minha mão formigar para tocar naquele cabelo.
Quando os meus olhos começaram a observar melhor o rosto do garoto, tive a certeza de que meu coração quebraria minhas costelas.
Aquele homem era lindo, uma beleza exceptional, cada mínimo detalhe seu. Ele parecia ter sido esculpido por deuses, e sua beleza era segurada por um maxilar perfeito.
