𝗢𝗡𝗗𝗘 um garoto de classe média Bill Kaulitz, e a garota rica Rose DeWitt Bukater se apaixonam na fatídica jornada do Titanic em 1912.
Embora Rose esteja noiva contra a sua vontade de um homem arrogante com sua família dona de uma siderúrgica, e...
*** Este capítulo contém conteúdo sensível. Se os seguintes cenários citados causa ao leitor algum tipo de prejuízo emocional e mental, é indicado que não leia: Tentativa de suicídio. ***
ROSE DEWITT BUKATER Southampton, 1912
- Não se aproxime! - Gritei com uma voz trêmula assim que me recuperei.
- Tudo bem, você não vai pular. - O garoto deu de ombros.
- O que? Você nem me conhece! - Respondi sentindo uma lágrima descendo pela minha bochecha e chegando em meu maxilar.
Eu queria limpa-lá, mas as minhas mãos estavam ocupadas.
- Se quisesse, já teria pulado. - Ele estava desesperado para me tirar dali.
' Ele parecia tão indefeso, mas qualquer passo em falso faria a garota cair e ele ficaria desesperado. O seu estômago se embrulhou só por pensar nisso. '
- Por que se importaria? - Perguntei observando o garoto retirar o seu casaco.
- Porque você já pegou a minha atenção. Não posso sair daqui sem saber o que vai acontecer. - Ele disse simples retirando os seus sapatos.
- Você morreria se fosse atrás de mim! - Ele tentou chegar um pouco mais perto de mim, bem devagar com medo de que me assustasse.
- Bom, eu provavelmente não morreria na queda, mas sim pela temperatura da água. - Arqueie a minha sobrancelha. - Uma vez eu pesquei com a minha mãe em um lago congelado, você sabe como..
Ele olhou para mim tentando descobrir se ele precisaria explicar como pescar em um lago congelado.
- Eu sei como se pesca em um lago congelado! - Eu o respondi indignada.
Ele levantou os seus braços em um sinal de rendimento e murmurou um 'desculpa'.
- Uma vez eu caí no lago e mergulhei em uma água na temperatura como essa daí. - Ele apontou para o mar. - É como se tivessem milhares de agulhas entrando em seu corpo. Vá em frente. Se você pular, eu pulo! Me dê a sua mão.
Eu estremeci imaginando aquela sensação. Quando ele terminou de falar ele se aproximou de mim e suplicou enquanto estendia a sua mão.
- Meu nome é Bill. - Ele disse pegando em minha mão. - Bill Kaulitz.
Bill sorriu fazendo suas duas covinhas aparecerem em seu rosto, eu tive vontade de cutuca-las com as minhas mãos que estavam sendo engolidas pelas mãos grandes do alemão.
- Rose DeWitt Bukater. - Retribui o sorriso fazendo ruguinhas aparecerem no canto dos meus olhos.
' O coração de Kaulitz tinha se derretido ao ver aquele detalhe no rosto da garota. '
Eu apoiei uma das minhas pernas trêmulas pisando em uma parte da grade, meu sapato escorregou me fazendo cair.
Soltei um grito esperando pela queda, mas Bill me segurou.
- Merda! Não me solte! - Ele me pediu fazendo esforço para não me deixar cair.
- Por favor, me ajude! - Comecei a gritar desesperadamente.
Bill tentou me puxar com uma de suas mãos mas não conseguiu, eu já senti ambas as nossas mãos ficarem molhadas de suor.
- Fique calma, eu não vou te deixar cair! - Bill tentou me passar alguma confiança.
Kaulitz começou a me puxar, levou uma de suas mãos no meu braço para me trazer para cima. Eu fui puxada para cima com muito esforço, e assim que eu fiquei na altura do garoto, fui jogada para dentro do navio.
- Você me assustou. - Bill murmurou sorrindo.
Ele havia caído em cima de mim, mas não com muito força.
Eu estava encantada com o seu sorriso e com a sua proximidade, meu peito estava subindo e descendo pelo susto.
- Ei, saia de cima dela! - Uma voz rude soou atrás de nós.
Dois marinheiros estavam analisando a cena; Bill estava sem o seu casaco e sem as suas botas, eu havia gritado por socorro e agora estava deitado com Bill em cima de mim.
- Não é isso que vocês estão pensando. - Kaulitz se levantou passando as mãos na franja para ajeita-la.
- Calado, seu desgraçado! - Um soco fui distribuído em seu estômago me fazendo gritar e Bill arregalar os olhos e ficar de joelhos tentando recuperar o ar. - Você ficará preso!
Um homem pegou nos dois braços de Bill e prendeu em suas costas com grosseria.
- Pare! - Pedi assistindo a cara de dor que Bill fazia.
- Não se preocupe senhorita DeWitt, esse pecador não irá mais lhe perturbar.
Outro homem apareceu me ajudando a me levantar.
- Deus, tirando proveito de uma mulher noiva. Essa é a maneira de você conseguir sexo com mulheres noivas, talarico? - O homem gritou.
Bill ainda estava tentando recuperar o seu ar.
- Não é isso! Ele me salvou. - Comecei a me explicar. - Eu quase caí mas ele me ajudou.
Os dois homens me olharam confusos.
- Tem certeza senhorita DeWitt? - O homem ao meu lado me perguntou e eu assenti. - Vamos chamar a sua família, talvez você esteja com alguma espécie de trauma.
Eu tentei negar e explicar o que de fato tinha acontecido, sem colocar a minha tentativa de suicídio em jogo, mas foi em vão.
Quando a minha família e a família do meu noivo chegaram, eu estava com um cobertor em minhas costas e olhando para Bill tentando me desculpar.
