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ROSE DEWITT BUKATER
Southampton, 1912

- Eu não quero mais ver cenas como essas, ruivinha.
- Bill disse entre soluços.

- Eu também não quero, Bibo. - Sussurrei, fazendo os meus ouvidos serem preenchidos pelos soluços do garoto desesperado.

Ele estava agarrado em minha cintura com o rosto enterrado em meu pescoço, e a água subindo me fez me apertar mais contra Bill com medo de ser levada.

- Eu não quero ir. - Bill se separou.

Os seus olhos castanhos brilhando do jeito mais doloroso possível.

- Eu não quero. - Ele sussurrou mais uma vez olhando para a água azulada subindo cada vez mais de nível, fazendo todos os degraus abaixo de nós desaparecerem.

Então eu entendi. Bill não queria ir, ele não queria morrer.

Um grande bolo se formou na minha garganta.

- E você não vai! - Segurei os dois lados da bochecha do emo que parecia tão pequeno em meus braços.
- Você não vai, emo!

Olhei uma última vez em seus olhos antes de pousar em seus lábios na ponta do nariz do garoto, e então nos lábios do mesmo. O que fez um gosto salgado invadir os meus sentidos.

- Eu te amo.

- Eu te amo. - Bill respondeu olhando uma última vez nos meus olhos verdes e brilhantes.

Eu assenti para mim mesma antes de entrelaçar as minhas mãos com as do meu amado e voltarmos a correr.

Relembrando que a situação em que estávamos era desesperadora. Mais uma vez os degraus se fizeram presentes fazendo as minhas pernas arderem.

Não havia ninguém por perto, não que nós soubéssemos de todo o modo, apenas sabíamos que deveríamos subir as escadas e apenas.

A água foi nos acompanhando, nunca nos deixando esquecer o que estava acontecendo.

- Ei, pare! - Gritei quando vi um homem subindo as escadas, uma grade fechava o caminho.

- Abra, por favor! - Bill suplicou se agarrando nas grades.

Estava trancada e a água já havia nos alcançado.

- Por favor, não nos deixe aqui! - Pedi sentindo o desespero tomar conta do meu corpo a medida que sentia a água subir.

O homem nos olhou e então olhou para as escadas perto de si, ele respirou fundo antes de se virar com um molho de chave na mão.

Ele tentou abrir o portão com as mãos trêmulas, com a água já nos atingindo a cintura. Foi então que as chaves caíram, ficando por baixo de toda a água e invisível para nós.

- Me desculpem, eu tentei. - Foi a última coisa que ele disse antes de sair correndo dali.

Bill tentou forçar mais o portão, com a água chegando em seu tórax.

Su respirei fundo antes de mergulhar tateando o chão procurando a chave, assim que as minhas mãos a encontraram eu voltei para a superfície com um sorriso no rosto. Me pus rapidamente a destrancar o portão, voltando a correr e nadar graças ao nível da água.

Quando nós conseguimos correr para longe a ponto de ouvir uma agitação, Bill reconheceu a terceira classe e sentiu seu coração ficar leve quando reconheceu um carinha de dreads.

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Postando antes de ir para a escola!
Posto mais quando voltar!

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Amo vocês, beijo. 🩵

𝗧𝗶𝘁𝗮𝗻𝗶𝗰; 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora