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ROSE DEWITT BUKATER
Southampton, 1912

- Não é da sua conta, Rose.

- Mãe. - Forcei.

- Foi o seu pai. - Eleanor sussurrou virando a cabeça para o lado.

- O que? Ele te bateu? - Me levantei da cama com o meu sangue fervendo.

- Rose, o Bill não roubou a joia. Foi tudo um plano do seu pai e de Cal.

Agora eu me sentia uma tola, depois de todas as juras de amor eu realmente duvidei de Bill. Eu era uma imbecil.

- Eles colocaram a joia no bolso de Bill sem ele ao menos perceber, eu não estava de acordo com o plano e ia avisar vocês. Mas acabei recebendo um castigo do seu pai.

- Desgraçado!

Andei de um lado para o outro com as mãos no meu cabelo.

- Mãe, eu preciso que vá até onde estão os barcos salva-vidas. Consegue? - Ela assentiu. - Não temos barcos suficientes para todos aqui e eu não quero que morra, por favor.

Ela nunca me amou, isso era um facto. Mas eu não queria que ela morresse. Isso era pedir demais.

- Eu vou buscar Bill e os garotos. Você sabe onde os prisioneiros ficam?

- Eu acho que é lá em baixo, não sei ao certo. - Ela se levantou colocando as suas luvas.

- Eu vou procurá-lo. Vá até os barcos e não fique em nenhum lugar sozinha com Troy, Cal ou a família dele! - Ela assentiu.

- Eu te amo. - Eleanor me puxou para um abraço apertado. - Volte para mim, Rose. Você e o Bill, por favor.

- Nós iremos voltar! - Foi a última coisa que eu disse antes de correr atrás de Bill, descendo o máximo que podia.

BILL KAULITZ
Southampton, 1912

Se houvesse alguma definição de fundo do poço, com certeza seria a situação em que eu estava agora.

O meu amor não havia acreditado em mim e achava que eu tinha roubado aquela joia. O meu coração estava quebrado, estava preocupado com os meus amigos e o meu irmão.

O navio estava afundando e eu estava acorrentado em um cano no fundo  do navio, assistindo a água subir no nível da janela. Ótimo.

A água já estava encontrando os meus pés, os meus pulsos já estavam avermelhados pelo puxa-puxa e eu me sentia cansado, muito cansado.

- Por favor, Tommy suma desse navio. - Rezei baixinho prezando pelo meu irmão. - O meus dois amigos também. - Senti os meus olhos marejarem.
- Você também ruivinha.

' As pequenas pernas de Rose estavam ardendo, ela nunca tinha praticado tanto exercício como nesse dia.

Já havia descido tantos degraus da escada que mal sabia como ainda estava de pé.

- Com licença, senhor? - Rose tentou chamar a atenção do homem de branco que estava guiando as pessoas para fora do navio. - Senhor!

- Desculpe senhorita, mas você deve sair dessa área!

O homem pegou o braço de Rose gentilmente tentando a fazer subir novamente.

- Eu preciso saber onde ficam os prisioneiros!

A ruiva tentou falar mas o homem apenas a empurrava.

- Me solta! - DeWitt tentou puxar o seu braço.
- Porra, me solta! - Rose gritou acertando um soco no queixo do homem.

Então, ela estava livre. Achando um lance de escadas e descendo. '

A água já atingia a minha cintura, o meu coração retumbava e eu gritava por socorro. Claro, aquela área já havia sido evacuada.

- Bill? - Escutei a doce voz de Rose.

Então eu coloquei as costas da minha mão na testa para ter a certeza de que não estava com febre ou delirando.

E de repente, Rose apareceu. Ela tinha água na sua barriga, cabelos grudados na testa e ofegante.

- Bill! - Rose tentou correr o mais rápido que podia com a água lhe atrapalhando.

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Mais um capítulo postado!

Estamos chegando no fim. 🥹

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Amo vocês, beijo. 🩵

𝗧𝗶𝘁𝗮𝗻𝗶𝗰; 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora