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ROSE DEWITT BUKATER
Southampton, 1912

- Eu acho que devemos falar sobre o navio, é muito mais importante. - Bill se pronunciou rapidamente.

Eu só queria pegar em Bill e em Molly e ir para a terceira classe para encontrar os meus amigos.

- Já perceberem que os motores do navio..

- Calado! - Troy esbravejou me fazendo apertar a mão de Bill. - Você é tão burra, Rose.

- Eu não entendo. - Murmurei franzindo o cenho.

- Você realmente acha que Kaulitz estava interessado em você? - Eleanor perguntou.

- Ele só queria o dinheiro. - Cal andou até nos com passos duros. - Ele roubou a joia que eu comprei!

- O que? Claro que não! Bill não faria isso.

- Jura? Então por que o coração do oceano está no bolso do casaco dele? - Cal gritou mais alto revirando o bolso dianteiro do sobretudo de Bill, respirando o colar de lá.

Bill se sentiu tonto, assim como eu.

- Você sabe que eu não faria isso. - Bill sussurrou para mim ao mesmo tempo que eu me desfazia do toque entre as nossas mãos.

- Não está claro? Ele é um ladrão! Um pobretão que se aproveitou de uma vadia da primeira classe!
- Cal gritou pondo o colar de volta no bolso enquanto o mesmo ia sendo retirado do corpo de Bill pelo mordomo.

- Prenda-o. - Troy disse para os guardas.

- Rose, por favor. - Bill implorou tendo os seus braços algemados. - Você tem que acreditar em mim!

- Eu não sei em quem acreditar, Bill. - Sussurrei sentindo as minhas pernas moles, a minha cabeça girava tão rapidamente que eu temia um desmaio.

- Leve-o! - Troy gritou fazendo Bill ser arrastado da suíte com lágrimas nos olhos.

- Eu preciso de ar. - Sussurrei me apoiando na parede, sentindo tudo em minha volta encolher.

- Quanto drama, Rose. - Senti a mão de Eleanor passar pelas minhas costas. - Apenas fique feliz, você fica mil vezes melhor sem aquele garoto.

- Não pense que isso vai melhorar as coisas para você, DeWitt Bukater!

A voz de Troy chegou aos meus ouvidos fazendo tudo ao meu redor encolher ainda mais, a minha garganta se fechou imediatamente.

- Troy, por favor! Eu é que tenho que fazer o meu papel de mãe! - Eleanor pediu um pouco ríspida.
- Vamos sair daqui, Rose.

- Não ouse contar! - Troy segurou o braço da minha mãe fazendo a mulher assentir.

Senti todo o meu corpo melhorar após a minha mãe ficar cara a cara comigo, um copo de água com açúcar em minha mão trêmula e a cama macia da minha mãe me trouxe uma certa paz em meio a todo o inferno.

Eu estava tão confusa, nada fazia sentindo em minha cabeça.

- Se sente melhor? - Eleanor perguntou ajeitando o seu cabelo.

- Um pouco. - Murmurei limpando o nariz com o pulso. - Mãe, o navio atingiu um iceberg.

Comecei juntando as minhas mãos com as de Eleanor.

- E como os motores ainda não voltaram a funcionar, o navio vai afundar! Precisamos sair daqui. Você precisa sair daqui! - Ela arregalou os olhos.

- Isso é mentira! Você está ficando louca de vez. - Ela gaguejou pegando o resto de água com açúcar da minha mão.

- Mãe, o que é isso? - Perguntei analisando uma marca avermelhada em sua bochecha.

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Finalmente, finalmente posso voltar a escrever aqui!

Desculpem o sumiço, não era a minha intenção. Mas eu não estava me sentindo muito bem então decidi tirar um tempo para mim. E caso não se lembrem, eu ainda sou estudante!

Espero que tenham gostado!
Posto mais tarde!

Amo vocês, beijo! 🧡

𝗧𝗶𝘁𝗮𝗻𝗶𝗰; 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora