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BILL KAULITZ
Southampton, 1912

Nesse exato momento, perto do navio, eu estava tentando convencer o meu irmão gêmeo Tom Kaulitz de que seria uma boa ideia tentarmos ganhar umas passagens para o Titanic.

- Eu já te disse que isso não vai dar certo. - Tom reclamou mais uma vez.

- Tom, confie em mim! - Pedi novamente, enfiando mais algumas roupas em minha sacola.

- Aí que está o problema, confiar em você! - Revirei os olhos.

- Olha, vai ser um jogo de cartas normal, nós vamos vencer e ficar com duas passagens. - Ele se levantou e ajeito as suas tranças.

- E se perdermos? - O mais velho perguntou cruzando os braços.

- Perdemos tudo. - Dei de ombros e Tom estavas prestes a abrir a sua boca para ter um ataque. - Mas não vamos perder!

- E quem te garante isso?

- Pensamentos positivos, Tommy! - Dei dois tapinhas em seu ombro. - Agora vamos, não quero perder a viagem!

Saímos da pousada em que estávamos e fomos para o bar que eu havia marcado o jogo, e é óbvio que eu tive que ir com um guitarrista reclamando atrás de mim.

O bar era pequeno, todo de madeira, do teto ao chão. Apesar de ser cedo o bar estava razoavelmente cheio.

- Cavalheiros! - Um dos homens com quem eu havia marcado o jogo se levantou assim que entramos no bar. - Achei que haviam desistido!

- E perder a viagem no Titanic? Nunca, Georg! - Me sentei relaxado diferente de Tom que estava tenso.

- Não seja tão convencido Bill. - Gustav me aconselhou. - Não se pode cantar vitória.

- Não estou cantando vitória. - Dei de ombros chamando o garçom. - Estou sendo positivo. - Sorri pedindo whisky para todos. - Vamos jogar?

ROSE DEWITT BUKATER
Southampton, 1912

Eu estava prestes a me jogar do carro, estava cansada de ouvir conversas sobre dinheiro e carros.

Minha dor de cabeça matinal estava aumentando a cada risada histérica de Cal, eu pensava seriamente se ir no outro carro com o meu pai e a minha "amada" sogra fosse melhor.

Quase chorei de felicidade ao ver o Titanic, era enorme e com certeza daria para eu fugir um pouco de perto do meu pai, ou dos meus próprios pais e de suas risadas histéricas.

- É lindo, não é querida? - Cal me perguntou animado.

- Muito. - Respondi desanimada.

Fui a primeira a descer do carro, deixando a porta aberta e esperando o meu noivo fazer o seu papel de bom moço ajudando as damas a descerem do carro.

Estava espantada com a quantidade de pessoas que tinham perto do navio.

- É enorme, com certeza terá tempo para passar com o seu noivo. - Minha mãe sussurrou em meu ouvido.

Olhei para o lado e vi o meu pai dar ordens para as empregadas e as ameaçando caso alguma mala faltasse.

- Vamos entrar querida, ou eu irei enlouquecer. - Cal disse pegando em minha mão.

𝗧𝗶𝘁𝗮𝗻𝗶𝗰; 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora