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ROSE DEWITT BUKATER
Southampton, 1912

- Senhorita, está pronta pra ir? - O marinheiro me perguntou. - Temos apenas um lugar, como você é magra caberá aqui.

Eu olhei incerta para Bill.

- Vá, eu vou no próximo. - Kaulitz sorriu um pouco.

- Tem certeza?

- Claro.

Eu passei uma perna para dentro do barco insegura, respirei fundo e então me sentei ao lado de uma senhora.

O barco já estava descendo quando eu percebi que era a maior estupidez que estava fazendo, eu não podia me separar de Bill, eu não podia deixá-lo, simplesmente não podia. Não agora, nunca.

Com as minhas pernas trêmulas eu fiquei de pé no barco, não pensando muito antes de me impulsionar para a frente e pular.

O grito de Bill chegou nos meus ouvidos no mesmo momento em que eu me agarrei na beirada no navio, sendo puxada por algumas pessoas para dentro. Eu apenas murmurei um obrigada enquanto corria para abraçar Bill.

Fazendo o aperto no peito nunca ir embora, apenas aumentando à medida que o navio se inclinava mais e mais.

Cheguei no salão onde eu tive o incrível jantar com Bill, onde eu fui levada para uma festa depois de tudo aquilo e onde eu descobri que não conseguia viver sem os intensos olhos castanhos.

Assim que cheguei perto da escadaria eu encontrei Kaulitz que se agarrou em mim me esmagando em um abraço.

- Você está bem? - Eu apenas assenti enquanto as minhas lágrimas desciam. - Você é tão estúpida, por que pulou? Por que, meu amor?

Bill se separou do abraço olhando em meus olhos.

- Você pula, eu pulo. Lembra?

A simples resposta fez Bill colar a sua boca com a minha, me abraçando logo em seguida enquanto liberava um pouco do choro que estava segurando.

Se nós iríamos passar pelo inferno, iríamos passar por ele juntos.

Eu jamais deixaria Bill ali sozinho, depois de tudo que ele havia feito por mim, seria estupidez. E eu jamais conseguiria deixar o meu amor de lado, não depois de tudo que passamos juntos.

Depois de me recompor, ambos nós olhamos e voltamos a entrelaçar as mãos. Um gesto que já havia virado costume, nós ao menos percebíamos que fazíamos isso. Apenas sentíamos um leve sentimento de segurança se fortalecer pelos dedos entrelaçados, um gesto que dizia para não não nos separarmos, não importa o que aconteça.

Nós já havíamos saído do salão quando eu parei abruptamente, olhando para Thomas que estava com um copo de bebida na mão e a cabeça baixa.

- Senhor Andrews? - A minha voz saiu como um sussurro que conseguiu chegar aos ouvidos do homem.

Ele levantou a cabeça, com as lágrimas escorrendo pelas bochechas ficando amostra.

- Me desculpe, Rose. - Thomas sussurrou fechando os olhos. - Eu não construí um navio seguro para você.

Eu abri a boca sem saber o que falar, o homem na minha frente apenas soltou um soluço e voltou a abaixar a cabeça.

- Ruivinha, nós temos que ir. - Bill murmurou ao meu lado enquanto alguns móveis começavam a se deslizar pelo chão, nos lembrando que o navio estava cada vez mais inclinado.

- Eu sinto muito. - Disse em alto e bom som antes de voltar a correr com Bill.

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Mais um postado!
O coração está ficando apertado com os últimos capítulos sendo lançados. 🥹

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𝗧𝗶𝘁𝗮𝗻𝗶𝗰; 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora