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Mais do que aconselhado ler esse capítulo escutando a música 'My Heart Will Go On - Céline Dion'. Boa leitura!
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ROSE DEWITT BUKATER
Southampton, 1912

- Não temos nada para conversar. - As covinhas sumiram e Bill arqueou uma sobrancelha.

Eu tive que desviar o olhar mordendo os lábios.

- Ok. Apenas me escute. - Bill respirou fundo.

- Bill, eu não..

- Eu acho você incrível, de verdade!

- Bill, eu não posso! - Senti os meus olhos arderem, por que?

- Você pode até ser um pouco mimada e birrenta mas eu não me importo! - Levantei uma sobrancelha. - Mas você tem determinação e eu amo isso!

Senti o meu coração acelerar.

- Eu estou noiva, não posso, me desculpe! - Bill arqueou a sobrancelha.

- Rose, por favor. - Ele apoiou as suas duas mãos nas minhas bochechas. - Você pode lutar contra isso.

- Bill, eu não posso. O meu pai.. - Suspirei. - Eu não posso, me desculpe.

Murmurei envolvendo as minhas mãos nos pulsos do Kaulitz, sua pulsação estava tão acelerada quanto a minha.

- Ruivinha. - Ergui os meus olhos encontrando dois chocolates brilhando, lágrimas querendo sair.

- Desculpa Bill. - Me desvinculei do mesmo sentindo a dor aumentar.

Respirei fundo antes de voltar correndo para a minha família.

Eu poderia chorar depois.

' Bill ficou sozinho na sala vazia, se sentindo igualmente vazio.

Ponto para os babacas que não querem deixar as pessoas se amarem.

Ele encostou a testa na parede, respirando fundo. Contou até três antes de sair da sala, tirando a boina ridícula que tampava o seu rosto e deixando o cabelo livre para o vento acariciar.

Ele voltou para a ponta do navio, por algum motivo aquela parte era especial para ele. Talvez por ter encontrado o amor ali.

Ele se apoiou esperando as horas passarem. Pensando em como era estúpido por imaginar uma vida com alguém que já estava com o seu destino traçado.

Destino que não era justo com Rose, ela merecia ficar com alguém que a amasse, com alguém que ela amasse na mesma intensidade, talvez deveria ficar com Bill.

Mas infelizmente não podia. '

BILL KAULITZ
Southampton, 1912

- Ei! - Uma voz doce me chamou.

Eu me virei imaginando ter fantasiado a voz da ruiva, mas então eu vi que não precisava estar fantasiando.

𝗧𝗶𝘁𝗮𝗻𝗶𝗰; 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora