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BILL KAULITZ
Southampton, 1912

- Tommy! - Gritei ganhando a atenção do meu irmão gêmeo que sorriu e veio correndo ao meu encontro, me esmagando com um abraço. - Você tá vivo!

Senti cada parte do meu corpo relaxar quando Jett e Vinnie se juntaram a nós.

Os meus olhos se marejaram quando todos nós nos abraçamos, o alívio se duelando com o desespero.

Nós apenas não sabíamos se agradecíamos por se ter um ao outro ou se sentíamos desespero pelo navio estar prestes a fundar e o portão da terceira classe estar fechado.

Um homem de uniforme do outro lado gritava que nós devíamos esperar, Rose vestia o seu colete observando toda a cena.

- Isso não é justo! Filhos da puta! - Tom gritou apontando para o homem do outro lado.

Eu sabia que se ele pudesse, o meu irmão gêmeo iria atacar o homem da sua frente pondo toda a fúria para fora.

- Tom, calma. - Rose olhou para o garoto um pouco assustada. Ela estava acostumada a vê-lo alegre e brincalhão e não raivoso e rude.

- Calma? Esse arrombado está prestes a nos deixar morrer! - O garoto tentou avançar para o homem através do portão mais uma vez.

- Eu estou apenas obedecendo as ordens! - O homem gritou de volta enquanto recuava das mãos de Tom que tentava a todo sair dali.

Eu me afastei da confusão passando a mão pelos meus cabelos, implorando para qualquer tipo de superioridade para me iluminar com qualquer coisa.

E eu ganhei uma iluminação, olhando para o banco de madeira e ganhando uma ideia.

- Garotos, me ajudem aqui! - Pedi enquanto puxava o banco. Os meus amigos me ajudaram junto com os outros passageiros.

O homem do outro lado nos olhou recuando para trás quando nós batemos o banco contra o portão, o fazendo chacoalhar e fraquejar. Depois disso bastou mais três batidas até o portão ir abaixo, fazendo todos correrem e fugirem do navio.

Quando finalmente chegamos a superfície, um problema maior se instalou: a multidão correndo desesperada, tentando a todo custo entrar nos barcos. Fazendo de tudo para sobreviver.

- Eu preciso procurar a minha mãe! - Rose puxou a minha mão por atenção. - Você acha que pode ficar aqui com os garotos e depois nós encontramos?

Ela perguntou aquilo observando uma espécie de fila enorme que havia se formado para todos entrarem no barco.

- Eu não vou deixar você sozinha! - Me virei arqueando uma sobrancelha. - Não podemos nos separar, não agora.

Rose sorriu minimamente olhando para os meus olhos, pousou uma das suas mãos na minha bochecha selando os nossos lábios rapidamente.

Ninguém ao redor iria se importar com isso, estavam muito ocupados tentando sobreviver.

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Mais um capítulo!
Vou começar a escrever o próximo agora mesmo.

Me digam a sensação que estão sentindo lendo os últimos capítulos. 🥹
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𝗧𝗶𝘁𝗮𝗻𝗶𝗰; 𝘉𝘪𝘭𝘭 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora