🤴Amando Entre O Perigo 🤴 ( Livro 1)

Capítulo 17

                      Júlia Kelly

   Eu estou completamente acabada. Deixei a casa do Christopher hoje cedo e agora estou aqui sentada no sofá da minha sala junto com minhas amigas passando os canais da tv em busca de algo legal para assistir.

    As meninas estão meio que triste acredito eu que seja por causa dos meninos. Parece que o lance que eles estavam tendo com elas era mais sério do que eu imaginava.

-  Um terrível acidente hoje cedo as 08:10 da manhã em frente a empresa Drusk. - O jornalista começa a dizer.- O empresário Christopher Vélez e seu segurança sofreram um grave acidente de carro. Tudo indica que havia uma bomba no carro onde eles estavam e por pouco não morreram. O cardo explodiu assim que as vítimas pularam no carro em movimento. A polícia investiga o caso e tudo indica que foi uma tentativa de assassinato.

     Desligo a tv e meu coração aperta no peito. Meu Deus. Ontem mesmo eu falei coisas horríveis para o Chris e hoje tentaram mata-lo.

     Levanto do sofá e começo  andar pela sala de um lado para o outro.

- Tentativa de assassinato.- Repete Laís. - Ainda bem que os dois estão vivos.

- Quem tentaria tirar a vida dele?- Pergunta Melisse.

- Alessandra.- Respondo.

    Vou até a cozinha e pego minha bolsa de cima do balcão. Digito o número do Joel e ligo para saber notícias.

- Alô?- diz ele com uma voz cansada.

- Joel ,desculpa te incomodar mas preciso saber se o Christopher está bem.

- Sim ele está. Os ferimentos foram leves,ele está em casa se recuperando.

- Já sabem quem foi?

- Alguém que quer alguma coisa do nosso chefinho.

- Alguma coisa? Como o que?

- Não sabemos mas pode ter certeza que vamos descobrir. O Chris recebeu uma ligação antes do carro explodir do culpado pela explosão. Erick já está rastreado a ligação para saber de onde veio e logo o cara vai estar debaixo da terra.

- Não é melhor deixar a polícia resolver isso?

- Júlia nos já temos os nossos métodos de justiça.

- Tudo bem me mantém informada por favor.

- Claro. Agora eu vou desligar porque preciso resolver um outro problema.

- É sério?

- Sim. Parece que estamos perto de descobrir quem assassinou o seu irmão mesmo já tendo nossa suspeita. Tchau.

   Ele desliga o celular me deixando me sentir uma idiota. O Christopher está cumprindo com sua palavra ,ele disse que ia descobrir quem matou meu irmão e está fazendo isso.

   Olho para minhas amigas que sorriem tentando me passar confiança mas tudo que conseguem fazer é me lembrar o quanto eu fui injusta com o Christopher.

   Pego minha bolsa e ponho o celular dentro e vou na direção da porta.

- Julia aonde você....

    Laís se cala e me jogo no chão ao ouvir tiros e balas começarem a entrar para dentro de casa. Minhas amigas gritam e procuram se esconder.

   Me arrasto pelo chão e consigo chegar a uma poltrona velha. As balas acertam os móveis e a barulheira e infernal.

   Cubro meus ouvidos com as mãos e me encolho para me proteger. Os tiros não cessam , parece ser mais de uma arma disparando balas contra minha casa.

   Sinto um dor na coxa e só vejo sangue. Acabei me cortando em um caco de vidro da mesinha de centro quebrada no chão . Minha perna começa a doer mas não consigo gritar e nem me mover. Os barulhos de tiros ficam mais alto a cada instantes e a minha casa fica mais cheia de buracos a cada minuto.

    Eu preciso fazer alguma coisa. Tiro meu celular de dentro da bolsa e com as mãos tremendo procuro o número do Erick. Grito ao quase ser atingida por uma bala que acertou a poltrona a minha frente.

   Deito no chão e ligo para Erick chorando desesperada.

- Alô Júlia..... mas que droga,que barulho de tiros é esse ? Por algum acaso você tá no meio de um tiroteio garota?-  Ele pergunta ao atender o celular.

- Me ajudem por favor, alguém está tentando nos matar. Estão atirando sem parar contra nossa casa.

- Espera, a Laís está ai?

- Sim ela está. Erick nos ajuda por favor!

- Júlia? - Ouço a voz de Christopher cheia de preocupação.

- Meu amor ,eu te amo.- Digo sem pensar. - por favor me ajude!

- Calma eu estou indo para ir .

- tudo bem eu... - Me calo ao perceber que os tiros cessaram.

   Deixo meu celular cair nervosa e me sento no chão devagar. Só consigo ouvir os ecos dos tiros em minha cabeça.

   Minha casa está destruída, não restou nada de pé. Me levanto do chão cambaleando e olhando o em volta.

   Minhas amigas também saem dos seus esconderijos. Olho para elas que parecem horrorizadas.

- Destruíram minha casa.- Digo chocada.

- Tentaram nos.... JÚLIA CUIDADO!- grita Bruna arregalados os olhos.

   Antes que eu possa raciocinar direito sinto um golpe na minha cabeça e caio no chão e perco os sentidos aos poucos.