Bem vinda a família Chankimha

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05:18 da manhã *Love is Battlefield*

Sou acordada por o barulho horrível do despertador, e apesar de estar tocando a minha música preferida, isso não alivia nem um pouco o fato de ser muito ruim ter que acordar cedo.

Meu nome é Rebecca Armstrong, eu tenho 18 anos e sou órfã. Fui jogada no orfanato recém-nascida por uma mulher, na época ela não disse quem ela era, só falou para as freiras que seria melhor para mim ficar com elas, já que ela não tinha condições de cuidar de um bebê e então assim foi feito. Desde muito nova eu sempre me virei sozinha, e apesar das freiras sempre me tratarem bem, elas estavam sempre ocupadas cuidando das crianças menores e acabavam não tendo muito tempo pra mim.

Quando eu fiz 13 anos, eu beijei uma colega de dormitório e umas das madres ficou sabendo, lembro me bem dos tapas que eu levei, a mulher gritava estérica me dizendo que eu era uma pecadora imunda e tinha que pagar! Foi horrível!

Quando fiz 16 anos, uma família resolveu me adotar, mas a convivência com eles era terrível! A filha mais jovem do casal, sempre aprontava e colocava a culpa em mim! Uma vez ela roubou dinheiro da carteira do pai dela e disse que foi eu, e como era de se esperar, eu fui "devolvida" pois não sabia me comportar como uma "garota normal".

Anos se passaram até que eu finalmente completei 18 e estava na hora de tomar uma decisão. Caso eu quisesse continuar morando no orfanato eu teria que me tornar freira igual aquelas mulheres, mas não era aquilo que eu queria! Por mais que as admirasse, eu não conseguiria levar uma vida daquelas. Outra opção seria ir embora, mas eu não tinha ninguém! nem família e nem amigos, então eu ficaria na rua.

Uma das freiras ficou com pena e resolveu me ajudar. ela conhecia uma mulher que trabalhava como governanta na casa de uma família muito rica e como ela já estava muito velha, não conseguia fazer serviços simples como: subir em estantes e cozinhar, ela precisava de alguém para ajudá-la, e eu rapidamente me candidatei a vaga e fui contratada.

Logo arrumei meus pertences, me despedi dos meus amigos e fui embora junto com a maria (governanta).

-Quando chegarmos, irei te passar as regras e espero que possa as seguir com vigor! - maria falava com um tom de seriedade que me causava calafrios.

-sim senhora!

O trajeto demorou bastante, mas finalmente chegamos ao nosso destino.

Quando finalmente adentramos, eu fiquei boquiaberta com o tamanho daquela casa. era maior que o orfanato e era muito chique, parecia até às casas que eu via nas revista de decoração. Maria me levou até o meu quarto e me deu meu uniforme, um vestido preto com detalhes brancos, uma sapatilha preta e um arquinho branco. Depois que terminei de me vestir, ela me levou para conhecer cada cômodo da casa, inclusive os quartos dos patrões. Depois disso, ela me passou uma lista de regras, algumas absurdas, mas caso eu não as seguisse eu iria parar na rua.

Quando ela finalmente terminou de me mostrar tudo, eu fui chamada até a sala para que pudesse conhecer os meus patrões.

-está é a senhora Vitória Chankimha, dona de tudo que está ao seu redor e mãe da Sarocha e do Heng. - Vitória é uma mulher muito bonita. estava no auge dos seus 40 anos, mas quem a visse diria que ela tinha apenas 20.

-prazer em conhecê-la! - eu falei de forma tímida e a dona da casa sorriu.

-meu marido Robert está viajando, então vai demorar até serem devidamente apresentados. - Vitória complementou.

-este é o Heng, filho mais jovem de Vitória e Robert. ele também tem 18 anos. - o garoto veio até mim e me deu um beijo no rosto, e eu fiquei sem jeito diante do seu gesto.

-olá Heng, estou feliz em te conhecer! - eu falei sorrindo e ele assentiu.

-e está é a Sarocha, filha mais velha do senhor Robert e da senhora Vitória. - quando Sarocha veio em minha direção, eu corei. ela era bem mais alta que eu, e muito bonita, seu sorriso era o mais lindo que eu já vi em minha vida. seus olhos puxados castanhos pareciam ser de outro mundo. e para a minha surpresa, seu jeito de se vestir também era diferente do que imaginei que seria. ela se vestia com um terno com suspensórios que a davam um ar sexy e autoritário, seus cabelos eram extremamente maravilhosos. eu também percebi que ela tinha um cheiro dominador

-olá Sa-sarocha, prazer em conhecê-la! - Sorocha sorriu ao ver meu nervosismo. Mas ainda sim, se aproximou e beijou minha mão de forma galanteadora.

-O prazer é todo meu. - ela falou me fisgando de forma tão intensa que eu senti uma pontada em meu ventre.

Depois que eu fui apresentada a todos, maria me levou novamente até meu quarto e deixou que eu tirasse o dia para organizar meus pensamentos, e também para descansar, pois o trabalho começaria no outro dia.

A Órfã [FreenBecky]Onde histórias criam vida. Descubra agora