A Órfã [FreenBecky]

Descoberta de uma possível traição

Pov- Freen

Continuei parada igual a uma idiota olhando de um lado para o outro, tentando achar uma desculpa.

-Vai responder ou não? - Rebecca falava de braços cruzados.

-É eu...e-eu vim te pedir um comprimido pra dor de cabeça. Procurei um na minha caixa de remédios, mas acabou.

-Tá bom. Vou pegar um pra você, acho que tenho guardado no closet - Rebecca entrou e eu respirei aliviada por ela ter engolido a minha mentira.

Depois que ela me entregou o remédio eu saí do quarto, mas a minha desconfiança ainda não tinha acabado. Eu ainda não sabia o que tinha naquele travesseiro, mas eu iria descobrir.
[...]

Na manhã seguinte

Depois que me troquei, fui até meu pai e avisei que precisaria chegar mais tarde e deixaria o Heng cuidando de tudo para mim. Ele concordou e deu uma carona para o Heng ir para a empresa, eu por outro lado peguei e me tranquei no meu quarto até que visse o momento em que a Rebecca e a
Jane saísse de casa, o que não demorou já que ambas estavam cheias de segredos e viviam saindo sem nenhum motivo aparente.

Quando tive certeza que estava só, fui até o quarto da Rebecca e levei comigo uma tesoura de ponta afiada.

Tranquei a porta do quarto e já fui tirando a сара do travesseiro, logo depois fiz um pequeno furo que quase não dava para se notar e enfiei minha mão até agarrar algo que tinha o formato semelhante a um termômetro.

Trouxe o objeto para vê-lo melhor, mas com o susto acabei deixando aquilo cair da minha mão.

-Que porra é essa? - repeti com espanto ao ver que aquilo se tratava de um teste de gravidez, e o pior: estava positivo.

Naquele instante um milhão de pensamentos ruins tomaram conta da minha mente. Eu me senti como se tivesse por um minuto me desconectado da realidade. Meu coração batia forte e minhas mãos começaram a soar.

A Rebecca estava me traindo e tinha engravidado. Eu não conseguia acreditar que aquela garota que eu tanto amava fosse tão suja a ponto de me trair e guardar a prova dentro da minha própria casa.

Naquele momento uma raiva repentina tomou conta do meu corpo e eu só sentia vontade de colocar a Rebecca em uma sala e a interrogar a respeito daquela porcaria de teste. Mas ao mesmo tempo eu não podia pois isso colocaria o nosso (se é que ainda existiria depois do que eu descobri a traição) relacionamento em risco.

Eu estava em um beco sem saída, então fiz o que achei melhor naquele momento. Coloquei o teste na minha bolsa pois levaria ele para o meu trabalho.

Por mais que eu estivesse com raiva, queria escutar a versão da história vindo dela. Eu estava torcendo para que aquilo tudo não passasse de um mal entendido, ou então eu mesma a colocaria para fora da minha casa.

Nem fiz questão de colocar o travesseiro no lugar, aliás, deixei ele todo descosturado pois queria que ela visse que alguém esteve ali e tinha em mãos o seu pequeno segredo.
[...]

Segui para a minha empresa e quando cheguei não comprimentei ninguém. Não estava com cabeça pra nada, só queria me trancar na minha sala e tentar esquecer por um instante aquele teste que estava na minha bolsa.

Logo que entrei na minha sala eu vi que o Heng estava mexendo no meu notebook, quando me viu abriu um sorriso mas eu não consegui sorrir de volta. Vim o caminho todo criado teorias sobre quem seria o pai daquele bebê e um dos acusados era o Heng. Sempre notei o jeito estranho que ele olhava para a minha namorada, mas seria ele capaz de trair a própria irmã? Aquilo soava nojento!