Isso é errado!

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-Pai, essa é nossa nova empregada. O nome dela é Rebecca. - Heng fala olhando em minha direção.

-Oi Rebecca, fico feliz em conhecê-la! - Ele diz acenando.

Enquanto olhava ao redor, pude observa que Freen estava sentada em uma cadeira no canto da sala e não parecia nem um pouco feliz com a chegada de Robert, diferente de Heng e Vitória que sorriam enquanto ele contava detalhes sobre a sua viagem.

Do nada ela se levanta e sobe as escadas correndo em direção ao seu quarto, parecendo que queria fugir de algo. Como todos na sala estavam distraídos com o Robert, eu aproveitei e fui atrás dela. Cheguei no corredor e vi ela parada em frente ao seu quarto, seu semblante era de angustia.

Me aproximei na tentativa de saber o motivo daquilo.

-Freen, você está bem? Me parece um pouco aflita. - Falei sem nem menos ser solicitada.

-Ah, estou sim! É que o clima tá um pouco pesado lá na sala. - Falou desviando o olhar. - Rebecca, você quer sair comigo?

-Agora? . - Fiquei surpresa com a sua pergunta

-Você escolhe o lugar.

-Eu não posso, se a Maria me pegar fazendo hora, ela me mata.

-Eu me resolvo com ela. Você topa?

- Pode ser!

-Então vamos! - Ela pega em minha mão, me conduzindo em direção as escadas e sem que ninguém perceba, nós saímos por a área de serviço.

Vamos em direção a garagem, ela escolhe um dos carros e abre a porta do passageiro para que eu entre e se senta no banco do motorista. Logo depois, se vira para mim e pergunta:

-Você já escolheu para onde vamos?

-Eu não conheço a cidade direito, escolha o lugar que preferir.

- Já sei onde podemos ir! - Ela fala ligando o carro.
[...]

Depois de uma hora de viagem, nós
chegamos em uma parte da cidade que parecia esquecida, era só vegetação, flores e outros tipos de planta ao redor. Freen desceu do carro e abriu a porta para que eu fizesse o mesmo.

-Venho a esse lugar quando estou triste, ou preciso ficar sozinha. - Ela fala enquanto se recolhe perto de uma árvore e eu faço o mesmo.

-Mas o que te fez mudar de humor assim tão repentinamente?

-Digamos que eu e meu pai não nós damos muito bem.

-Logo vocês fazem as pazes, seja lá o porque do motivo de não se darem bem.

- E você?

-O que tem eu?

-Você se dá bem com a sua família? - Ela parecia bastante interessada no assunto.

-A Maria não te contou?

- Não contou o que?

-Eu não tenho família. Fui colocada pra adoção um dia após nascer. As freiras responsáveis por o orfanato onde eu morei que escolheram o meu nome.-
Por mais que eu não quisesse, no fundo aquele assunto ainda me doía. Então abaixei a cabeça na intenção de disfarçar minha tristeza.

-Eu sinto muito! Rebecca, me perdoa. Eu não deveria ter perguntado. Eu sou muito ignorante. - Ela falava se sentindo culpada.

-Tá tudo bem! acho que já passei dessa fase de "órfã coitadinha".

-Mas você já foi adotada alguma vez? Tipo, alguém já se comprometeu a cuidar de você?

-Já passei por uma família, mas não deu muito certo. A filha mais nova do casal não foi muito com a minha cara.

-Entendo... mas eu estava aqui pensando que seria interessante se meus pais tivessem adotado você. Adoraria ter você na minha família!

-Como irmãs?

-Pensei em algo bem diferente disso. - Ela dá um sorriso malicioso após ter dito essa frase.. - Vamos, vou te levar na melhor sorveteria do centro da cidade.
[...]

Fomos na tal sorveteria, e a Freen tinha razão! o sorvete daquele lugar era maravilhoso.

-Freen, esse é o melhor sorvete do mundo! - falei de boca cheia e ela sorriu.

-Eu não disse, baixinha?!

-Você me chama de baixinha sendo que você nem é tão alta assim.

-Se acostuma com o seu novo apelido, b-a-i- x-i-n-h-a. - Ela fala em um tom provocativo.

-Eu também vou inventar um apelido pra você.

- Qual? Tô curiosa!

-Eu ainda não sei, mas vou pensar em bom apelido para eu te chamar

- Estou ansiosa, mas eu sei esperar. - Ela falava fitando a minha boca. - O canto da sua boca tá suja de sorvete.

Antes mesmo de eu consegui limpar com o guardanapo, ela leva seu polegar até meus lábios e em seguida leva o mesmo até a sua boca.

-Não está mais. - Ela fala fazendo com que eu fique vermelha de vergonha. -Vamos?!, vou pedir a conta.
[...]

Saímos da sorveteria em direção ao carro, quando escuto um barulho vindo de uma das caçambas de lixo, parecia um pequeno latido

-Você ouviu isso?

-O que?

-Um barulho vindo daquela lixeira. - falei apontando.

-Não deve ser nada. vamos?!

- Vou lá ver. - segui meus instintos e fui até a lixeira, a abri e encontrei um lindo cachorrinho que parecia está bastante assustado e tremendo. O peguei em meu colo e ele logo parou de tremer e começou a lamber o meu braço.

-Freen, olha o que eu encontrei. Podemos ficar com ele?

-De jeito nenhum! A minha mãe odeia cachorros.

-Deixa Freen, por favorzinho! - Fiz um sinal suplicando com as mãos e logo ela topou.

-Ok, mas essa coisinha não vai sair da área de serviços.

-Obrigada, Freen! -Falei a abraçando e ela sorriu.

- Você já pensou em um nome pra ele?

-Eu tenho certeza que é macho, então vou colocar o nome de Bonbon.

-Você vai colocar o nome de doce nele?

-Sim, você não gostou?

-Só acho esquisito, mas até que ele é fofinho - Falou acariciando o cachorrinho, mesmo lambendo em sinal de satisfação.

-Vamos, já tá ficando tarde!
[...]

Depois de um pequeno trajeto, nós finalmente chegamos em casa. Estava prestes a descer do carro quando a Freen segurando o meu braço me impedido de continuar.

- Freen, o que foi?

Ela não disse nada, apenas flexionou seu corpo contra o meu, selando os nossos lábios e me beijando.

O choque por ter sido beijada tão repentinamente, fez com que eu não conseguisse me mover nem um centímetro. Mas Freen por sua vez, colocou suas mãos por debaixo do meu vestido e começou a tocar meu clitóris ainda por cima da minha calcinha. Eu gemi, pois queria aquilo mais do que tudo. Mas sabia que era errado, então decidi que o melhor era parar!

-Freen, você enlouqueceu? - Eu a repreendi.

-E-eu não sei, quando eu vi já estava... com as minhas mãos em você! - Ela fala e eu sinto o meu rosto esquentar.

-Freen, isso é errado! Eu sou apenas uma empregada. Se alguém nos pega desse jeito, eu vou parar na rua! - Ela continuou calada. - Olha, é melhor a gente ficar longe uma da outra!

-Baixinha, eu não sei o que deu em mim... me desculpa! Eu prometo que não vai mais acontecer.

-Freen, por favor, vai ser melhor pra nós duas! - eu não esperei ela se quer responder e sai do carro a deixando sozinha.

A Órfã [FreenBecky]Onde histórias criam vida. Descubra agora