Pov- Nop
Rebecca chorava e soluçava em meus braços e eu ficava cada vez mais aflito por não saber o motivo de tanta tristeza. Fazia tanto tempo que nós não falávamos um com o outro, desde que eu descobri seu relacionamento secreto com a Freen e tivemos uma discussão, quis me afastar dela. mas fizemos as pazes e eu jurava que depois de me mudar ela iria ligar para mim nem que fosse ao menos para perguntar se eu estava bem, ou para dizer que sentia minha falta... isso nunca ocorreu. Durante esse período eu tentei entrar em contato com ela, mas sempre dava chamada perdida ou caixa de mensagens. Comecei achar que ela estava bem junto com a Freen e parei de tentar algum contato e desde então achei que jamais veria ela novamente, o que eu não esperava era que ela fosse aparecer assim do nada.
-Rebecca... - Falei desfazendo o nosso abraço e segurando seu rosto de leve para ela olhar em minha direção - Você precisa me contar o que aconteceu!
-Você tinha razão sobre a Freen... - Ela falava soluçando - Uma pena que eu não tenha te escutado antes!
-Do que exatamente você está falando? - A Rebecca estava trêmula e muito entristecida. Eu não sabia o que tinha acontecido, mas vindo da Freen eu não conseguia esperar algo bom.
[...]Fui até o meu quarto e peguei algumas toalhas e enrolei ao redor da Rebecca. Também preparei uma xícara de chocolate quente e alguns cookies, pois ela me confidenciou que já estava a algumas horas sem comer. Depois que ficou mais calma, ela se sentou no sofá e começou a me contar a história desde o início. primeiro me falou sobre como a Freen tinha a conquistado, depois sobre suas promessas e juras de amor, e por fim, como tinha sido traída e humilhada por ela. Durante toda a história me segurei para não deixar escapar comentários sobre o quanto eu odiava aquela mulher e a achava patética e egocêntrica. Eu já sabia sobre o seu caráter duvidoso, mas jamais pensei que ela fosse capaz de ir tão longe desse jeito! Por dentro eu estava furioso, mas não queria deixar escapar a minha raiva, afinal, a Rebecca já estava bastante fragilizada e precisava de apoio naquele momento.
-Você deve estar me achando uma idiota. - Ela falava cabisbaixa.
-Eu jamais pensaria isso de você!
-Como não? Você mesmo já me falou que a Freen só usava as pessoas e não levava ninguém a sério.
-Eu sei o que eu disse, mas não tinha como você adivinhar. Rebecca, eu não quero que você fique se martirizando por alguém que não merece um segundo da sua atenção.
-Mas eu ainda me sinto uma grande idiota por não ter te escutado antes. Nop, me desculpa por estar te atrapalhando! Eu só te procurei porque você é a única pessoa que eu conheço e confio além da família Chankimha. E além disso, você mesmo me falou que se algum dia eu precisasse de um amigo ou alguém para confiar, você estaria lá por mim.
-Você tem razão! Eu disse isso e fico feliz que você tenha vindo diretamente até mim.
-Você tá falando sério?
-Mas é claro que eu estou! A partir de agora eu irei cuidar de você e não deixarei que nada de ruim te aconteça. - Falei passando minhas mãos em seus cabelos que ainda estavam encharcados.
-E-eu não quero te atrapalhar! Só vou ficar aqui até poder arranjar um emprego e conseguir um lugar para morar.
-Não se preocupe com isso agora, você vai poder ficar aqui o tempo que quiser.
-Nop... obrigada! - Ela falou me abraçando novamente.
[...]Pov- Freen
O gosto amargo do whisky se fazia presente em meus lábios, um, dois ou quatro copos... nem fazia mais ideia de quanto eu já tinha bebido, eu deveria ter esvaziado a garrafa inteira naquela noite. Aos prantos eu olhava suas fotos em meu celular e me queixava de não ter mais ela ao meu lado. Minha doce Rebecca, o quanto eu a amava nem mesmo shakespeare ou qualquer outro poeta poderia descrever. Enquanto me revirava de tristeza naquele chão gelado do meu quarto, também sentia meu coração bater mais forte ao escutar a música "eu amo você" do tim maia. "Eu
amo você, menina" era o trecho da música que mais mexia comigo, só mesmo o síndico para traduzir o que eu estava sentindo naquele instante.
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A Órfã [FreenBecky]
FanfictionEra burrice pensar que uma garota como ela iria gostar de mim! Ela tão linda, inteligente e interessante, poderia ter qualquer garota na palma de sua mão. Com certeza eu não passava de um simples brinquedo e quando ela finalmente se cansasse eu iria...