Capítulo 4

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Aidan Smirnov

Fui cruzando o caminho entre carros e com a brisa do vento em meu rosto cada vez batendo mais forte, mas precisava chegar até lá aquela mulher cujo nome nem sei, mas ela não pareceria ligar por qualquer motivo.

Quando cheguei na Catedral, parei a moto um pouco mais longe, e fui caminhando em direção a mesma já que não poderia me aproximar totalmente de moto, pois haviam ainda que poucas pessoas circulando por ali.

Fui andando e olhando para os lados a fim de tentar encontrar aquela mulher, mas não obtive sucesso, pois olhava para os lados e sem o menor sinal dela. Estava distraído olhando para a frente, tentando ver entre as mulheres que viam em minha direção um sinal dela, mas fui interrompido por uma mão que tocava em meu ombro e me virei no mesmo instante.

Assim que viro meu olhos recaem diante da mulher de cabelos negros e olhar intrigante que me observava friamente, não era a mesma que eu esperava na verdade era a outra a que me seguia no cemitério.

-Você.. -sussurro e ela apenas concorda com um aceno. -Oli.. -não termino de dizer.

-Izzy. Somente Izzy. -dizia me corrigindo. -Podemos conversar? -dizia bem curta e direta, estranhamente mesmo sendo ela quem me chamou aqui, a mesma não parecia querer estar ali.

-Sim, para onde quer ir? -falo imaginando que não queira ficar aqui diante de tantas pessoas, passando para lá e para cá.

-Aqui mesmo, vamos nos sentar ali. -dizia apontando pra um banco a nossa frente vai andando antes que eu tivesse qualquer reação, mas em seguida lhe acompanhei.

Fomos até o banco e nos sentamos de frente para a Catedral e ela então sem me olhar nos olhos começou a dizer.

-Aidan não é isso?! -pergunta e aceno positivamente com a cabeça. -Eu não queria estar aqui, queria resolver tudo sozinha mas a Many e a carta de meu pai me motivaram a mudar de ideia, acham que você pode me ajudar em algo. -começa a falar parecendo que não se convencia ainda de tal decisão também. -Ela me disse que ele também te deixou uma carta, para você... -falou ainda sem me olhar, ao contrário de mim que observava cada detalhe de seu rosto enquanto a ouvia.

-Ele nunca havia me apresentado a você, mas deixou uma carta com ordens claras para cuidar de você, mas suponho que vá querer mais que isso. -falo e ela nesse momento finalmente me olha.

-Não preciso da proteção de ninguém, sei me cuidar sozinha. -fala em tom irredutível. -Mas preciso da ajuda de vocês, meu pai sabe que eu não iria ficar quieta, e quero saber o que está acontecendo e tudo sobre meus pais e meu passado. Sei que Otto não me enganou, ele fez o que achou ser correto, e também não sabia de nada. -fala se recordando dele e seu rosto muda a fisionomia. -Mas agora eu quero saber porque tem alguém atrás de mim, quem é, e onde estão os meus pais. -ela fala com tanta firmeza, que vejo determinação. -E então vão me ajudar? -questiona de imediato.

-Claro que sim, mas precisamos saber se tudo. -anuncio, o óbvio para chegar a conclusões preciso saber dos fatos.

-Não sei muito, exceto que há alguns meses depois de uma viagem que fizemos, eu gosto muito e viajar para ajudar comunidades de crianças carentes, sou professora. -essa ainda continua sendo uma surpresa pra mim. -Depois disso meu pai começou a mudar o comportamento e parecia ainda mais preocupado com minha segurança do que quando trabalhava na máfia, a princípio achou que fosse inimigos de seu passado, mas depois ele disse que descobriu que talvez fosse inimigos de meus pais que souberam de mim, ele disse que eu pareço bastante com minha mãe e esse foi o motivo de eu ter que mudar meu cabelo, e meu nome de Olívia Harper para Izzy London, Izzy era a forma que meu pai me chamava. -diz e abaixa seu olhar, parecia que algo nela sentia agora doer, mesmo parecendo assim tão forte. -Ele me disse que quando nasci meus pais tinham alguns inimigos e por isso não poderiam me pôr em risco e me deixaram com ele, dizendo que um dia voltariam, seus nomes são Vincent e Valery, eu poderia até sentir mágoa por tudo, mas meu pai fez pra me proteger sabe que sou teimosa e iria querer ir atrás.

-Izzy eu não sei tanto quanto você, ou quem sabe até menos, no entanto, farei o que estiver ao meu alcance e até mesmo o que não puder para lhe ajudar. -digo firme e ela não esboça mesmo assim o minimo de mudança em  sua expressão.

-Meus pais pelo visto são ingleses, visto que depois de eu ir para a Inglaterra é que tudo mudou. -Izzy acrescentava. -Desde então o objetivo do Otto mais que nunca foi cuidar de mim, pois querendo ou não ele também estava numa situação de claro escuro com toda a circunstância. -continuou e eu apenas a observava, não pela mulher deslumbrante que é, mas por estar mesmo que negando a todo custo, com medo.

-Sinto muito pela perda do Otto, perdi um mestre e você um pai, no entanto pude estar no enterro, já você não. -não imaginei que minhas palavras fossem atingir tanto a Izzy a ponto dela baixar o rosto, olhando pra suas mãos e toda a força que vem demonstrando ter estar apenas se esvaindo.

Logo ela ergueu novamente o olhar gélido e eu sabia que não era momento de falar mais sobre.

-E então vamos?! -digo e ela franzi o cenho sem entender pelo visto.

-Como assim vamos? -retruca sem se levantar, ato que eu já havia feito e esperava pela mesma.

-Não achou que me disse isso tudo e vou te deixar por ai sozinha, posso não ter dado a minha palavra em vida, mas qualquer juramento que faço é real e o de proteger não será diferente. -pontuo firme, e ela não parece concordar.

-Sei me cuidar sozinha. -diz em tom de superioridade,.

-Não duvido disso, no entanto não posso ficar me valendo numa ligação para saber se está viva, e nem posso seguir com uma investigação para saber quem está te perseguindo sem você. Vamos nos comunicar como? por sinal de fumaça?- debocho e ela revira os olhos, pelo visto não gosta nada da ideia, não que seja a minha favorita, ela tem um ar arrogante e insolente.

-Ok, afinal eu que fui pedir sua ajuda, mas isso somente enquanto eu estiver atrás de quem está me perseguindo, depois não quero receber mais ordens sua nem de ninguém. -fala firme e se levanta andando em  minha frente.

-Trago fatos, não ordens, o gêmeo que faz isso é outro. -falo, mas ela não ouve ou finge não ouvir então apenas sigo em direção a moto.

Inclusive quando chego perto do veículo me dou conta que não trouxe outro capacete, afinal não estava em meus planos levar ninguém então apenas lhe entrego o capacete, que a mesma coloca. Pelo visto não é tão cheia de si assim já que aceitou.

Aidan- Spin-off de Os Ceos da Maffia Onde histórias criam vida. Descubra agora