Aidan Smirnov
Quando deixei Olívia sozinha no banheiro tive a impressão que algo em sua face mudou totalmente, não pude ficar lá para ver e temo o que pode ser que mudou.
Estava na mesa com Mag, pois desde que me viu me chamava e como sua mesa dava total visão do lugar onde Pavlova estava e logo Olívia estaria lá acabei ficando.
Estava ouvindo seja lá o que Mag tentava dizer, quando vi Olívia aparecer, é idiotice mas me parecia que ela estava ainda mais sexy, se é que fosse possível. Desde que a vi com aquele vestido fiquei sem palavras, o batom vermelho sem dúvidas além de lhe deixar sexy, a dá um ar de mulher decidida e eu gosto disso, tanto que estive a um pouco de tomar seus lábios avermelhados.
-Aidan está me ouvindo? -Mag perguntou e eu me virei a ela acenando positivamente com a cabeça. -Se bem que você sempre foi bom mesmo em outras coisas como.. -dizia passando a mão em meu braço.
Eu não conseguia me concentrar em mais nada além de Olívia sentada no colo daquele homem com olhar desprezível sobre seu corpo. O barulho da música impedia que eu pudesse ouvir o que ele dizia a ela, mas seu olhar de nojo era notável.
A partir do momento em que Olívia entrou naquela área, todas as mulheres foram retiradas e seu olhar além de sua mão estavam somente nela. Ele devorava tanto seu corpo e pela leitura labial que eu via lhe dizia coisas indecentes, as quais a mesma parecia desviar. O ápice para mim foi quando ele tocou em seus seios por cima do vestido apertando, cerrei o pulso e naquele momento quis invadir aquele lugar e acertar sua cara.
Olívia desviou e foi até a mesa pegando o copo no qual ele bebia, não podia ser, eu falei a ela para não tomar nada. Observo quando leva o líquido alaranjado aos lábios, mas não parece beber e vejo que derrama sobre os seios.
Ela parece conversar algo com ele e chegava rir, os dois trocam algumas palavras e em seguida se levantam. Não faço ideia do que Olivia esteja fazendo, mas espero que ela tenha consciência.
Eles vão em direção ao que parece ser o elevador, me levanto e consigo ver quando aperta um andar.
-Mag um minuto, tenho que ir ao banheiro. -digo a mulher do meu lado e ela apenas concorda então saiu indo em direção a escada, pois vi que só há um andar em cima.
Logo acho a porta das escadas e começo a subi-las, não são muitos degraus, mas temo pelo que possa acontecer se eu não chegar a tempo. Em poucos minutos chego na porta que abro e saio vendo que ali haviam inúmeras portas de quartos e não tinha como eu fazer ideia de onde estariam, fui andando devagar tentando talvez ouvir algo, mas ao olhar pro chão vi um objeto que eu claramente sei a quem pertence na porta de uma das suítes, era a faca dissimulada em formato de batom da Olívia. A peguei e com a mesma forcei um jeito e abri a porta da suíte, entrei sorrateiramente e ouvi barulhos que vinham do que acredito ser o banheiro Olívia parecia falar algo.
-A máscara só depois.. -dizia com uma voz mansa então fui andando devagar até em frente a porta na qual olhei pra dentro e pude ver Olívia de frente ao homem que estava sem camisa, e pela água que caía na hidromassagem não ouviria meus passos, mas ela me viu.
No instante em que nossos olhos se cruzaram o homem enfiou a mão no decote do vestido de Olívia e o puxou rasgando a deixando quase despida com os seios na sua frente, no mesmo momento ela lhe deu um soco na cara e ele ergueu a mão pra ela, que se afastou.
Entrei no lugar rapidamente e segurei sua mão no ar, antes que tocasse nela, que saiu correndo.
-Nem pense em tocar a mão nela. -digo e puxo sua mão a colocando nas costas o fazendo soltar um gemido de dor.
-Quem é você e o que faz aqui? Eu só estava ensinando essa vadia a se comportar. -diz com petulância, como se pudesse falar algo.
Aperto mais seu braço nas costas e ele grunhiu de dor, nesse momento ergo meu blazer que sujou de sangue a Olívia que o pega.
-Vocês gostam muito de saber as coisas, só que eu é quem faço as perguntas. -digo e lhe empurro fazendo com que caía diante da banheira que enchia. -Agora me diga o que queria com Otto Harper? -questiono fazendo pressão com o joelho nas costas dele.
-Do que você tá falando o que você tem haver com ele? -ele questionava mais uma vez e de novo fiz mais pressão.
-Responda, eu não estou lá com muita paciência. -falo e empurro sua cabeça em direção a água.
-Esta bem, está bem eu falo. -disse quase chorando, esses homens acham que são fortes quando batem numa mulher mas não aguentam nada e se borram de medo. -Meses atrás o Robert Smith um ex-politico inglês com quem tenho negócios entrou em contato pedindo pra achassemos uma garota que havia visto com o Otto na Inglaterra. -disse e se calou então o ameacei enfiar a cara na água de novo essa que subia mais rápido e já estava com espuma. -Ele disse que era uma garota loira e que seus guardas haviam visto ela, a quem procurou a anos. Eu mandei Maxim um homem de minha confiança achar ele e a garota, saber do Otto foi fácil, mas a menina sumiu no mundo e como ele não cooperou teve que morrer. -dizia com naturalidade mesmo estando com medo.
Olhei pro lado e vi Olívia com ódio em sua face e se outrora eu lhe deixei vazar o olho de Maxim, não poderia deixar agora com o Pavlova qualquer coisa que lhe acontecer vai chamar muita atenção, isso somente ele não poderá despertar atenção da mídia por conta de seu envolvimento com cassinos, mas algo maior seria prejudicial.
Assim que ele acabou de falar e a água se aproximava mais de onde estava seu rosto, começou a berrar então para ganhar tempo bati sua cabeça na quina da banheira o desacordando.
-Vamos... -digo chamando a Olívia.
-Você vai deixar ele vivo? -disse brava.
-Olivia sei que quer o matar eu também quero, mas ele não nos viu e não pode recorrer a polícia ou mídia por conta do cassino, mas se ele morrer isso vai tomar uma proporção maior. -digo segurando em seu pulso enquanto ela olha com desprezo e ódio pro homem caído no chão. -Te prometo que não hora certa eu mesmo te darei a cabeça dele numa bandeja de ouro. -lhe dou minha palavra e a puxo pegando seu vestido que estava no chão, não podemos deixar rastros, mesmo assim.
Logo saímos do quarto e olhando os corredores vi que o elevador subia então podia ser os seguranças de Pavlova, então fomos correndo para a saída pelas escadas.
Descemos os degraus rapidamente e logo me deu conta que a escada por sorte vai até a garagem que era subterrânea, e lá certamente não terá ninguém.
Assim que chegamos no lugar forcei a porta e conseguimos sair, vi meu carro e Olívia rapidamente localizou um painel com as chaves, então as pegou e trouxe até mim. Sair pela frente iria dar muito na cara, então apenas fui em direção contrária mesmo sendo contramão, mas nesse momento o movimento nas ruas é mínimo.
Logo conseguimos sair sem levantar suspeitas acima de tudo e já estávamos na rodovia em direção a minha casa. Olívia estava com o olhar distante parecia estar desligada, provavelmente processando toda aquela informação, não é algo que saiba lidar tão rapidamente não nasceu nisso e suponho que tenha visto uma pessoa morrer pela primeira vez na vida, além de saber que nossas suspeitas estavam certas e seu pai havia sido assassinado.
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Tadinha da Olívia🥺
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Aidan- Spin-off de Os Ceos da Maffia
ActionAidan Koslov Smirnov é além de encarregado do treino e supervisão dos homens da máfia russa, conselheiro da mesma, mas vive muito bem como médico e dono de um hospital criado a partir das necessidades da máfia por seu tio anos atrás, mas o qual sobr...