Capítulo 31

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Olívia Harper

Abro os olhos com dificuldade parece que tudo estava turvo, mas logo percebo que estava dentro de uma aeronave. Meus pulsos e pés estavam amarrados e um frio percorreu minha espinha, havia um homem a minha frente que se levantou vindo até mim ao notar eu me mexer.

-Que susto garota, achei que já estivesse morta demorou tanto tempo desacordada. -diz parecendo irritado, mas foi exatamente ele que fez isso eu me recordo quando fui apagada e eram as mãos dele tapando a minha respiração.

Não sei onde estou sendo levada, muito menos o que está acontecendo, se bem que posso prever. É o meu avô, é o Robert.

-O que está acontecendo? -pergunto e nessa hora minha voz sai embargada, estou assustada me sinto mal e fraca, incapaz não só pelas minhas mãos amarradas, mas de uma forma geral.

-Está acontecendo que você está indo fazer uma visitinha ao seu avô. -debocha abrindo um sorriso repugnante amarelo. -E nem adianta fazer perguntas ou ficar gritando, estamos chegando na Inglaterra e lá você vai gritar o quanto quiser que nem seu pai muito menos seu namoradinho poderão fazer algo. -como alguém que nem me conhece nem eu a ele pode ser tão odioso em suas palavras, na certa estava a muito tempo me vigiando e foi difícil de me capturar.

Não digo mais nada, não tenho o que dizer meu coração está acelerado, mas meu corpo está fraco e temo pela minha vida com esse maluco segurando essa arma e balançando enquanto fala.

Como pode em minutos tudo mudar, estava indo tudo tão bem, o que eu fiz para merecer isso tanta dor e sofrimento, todos a minha volta ainda sendo prejudicados por mim, aquela garotinha, aquela menininha tão pequena não sei o que lhe aconteceu e me sinto péssima pelo que ocorreu e eu não pude evitar.

.....

Senti meus olhos quase se fechando outra vez talvez pelo peso de minhas pálpebras, pois não paro de chorar, mas logo o homem volta até mim e me puxa forte pela mão me erguendo e talvez esquecendo que meus pés também estão amarrados e pelo desequilíbrio acabo caindo sobre a poltrona batendo forte meu estômago. Ele não me ergue só vai até meus pés e os desamarra.

-Levanta. -exigi e me apoiando minimamente consigo me levantar.

Ele me conduz pelas escadas para fora do avião segurando em meu pescoço como se eu fosse um animal. Assim que olho a frente vejo uma enorme propriedade, achei que estivéssemos numa pista de pouso, mais isso é um aeródromo privado.

Alguns seguranças vêem ao meu lado e o homem que outrora me segurava pelo pescoço agora vai a frente, como se fosse ele o dono do local.

Chego até a enorme propriedade e sinto como se fosse desmaiar a qualquer momento, meu corpo enfraquece tudo parece perder o sentido, o que me aguarda é incerto e eu só consigo lembrar de Aidan me beijando e dizendo que iríamos ter um jantar especial essa noite.

Assim que entramos na propriedade que tinha um rol de entrada enorme um homem vem descendo as escadas lentamente, parece velho, muito velho na verdade, mas ao mesmo tempo não indica fraqueza ou algo assim, pelo contrário.

É ele, infelizmente posso reconhecer mesmo sem nunca termos nos vistos, infelizmente temos traços similares.

-Finalmente minha família está completa. -diz ao descer o último degrau, parecia se vangloriar com aquilo. -Você é tão bonita quanto a morta viva da sua mãe um dia foi. -diz vindo até mim e passando a mão em meu rosto.

Ergo minhas mãos que estão juntas e empurro sua mão nojenta de meu rosto. Nesse momento o segurança se move mais ele ergue a mão impedindo que venha até mim.

Aidan- Spin-off de Os Ceos da Maffia Onde histórias criam vida. Descubra agora