Aidan- Spin-off de Os Ceos da Maffia

Capítulo 19

Olivia Harper/ Izzy London

Ontem a noite aquele momento com Aidan foi esclarecedor, apesar do Andrei não ter dito com má intenção aquilo me deixou desconfortável, ainda com a Nasli me irritando querendo me provocar por conta do Aidan.

Agora estou no elevador, indo conhecer com Aidan, o apartamento que ele conseguiu para mim a fim de que a convivência entre nós não fique estranha, igual parece que vai ficar.

-Nossa você arrumou tudo bem rápido. -Aidan disse puxando assunto olhando pra mala.

-Sim, queria que eu esquecesse algo lá para depois voltar para te visitar?! -brinco retrucando e ele arqueia uma sobrancelha.

-Não é má ideia. Sabe que pro que precisar eu vou estar exatamente no andar de cima. -diz em tom divertido apontando pra cima.

O elevador abriu e Aidan deu a passagem e assim que saí ele veio atrás indo até o apartamento e abriu a porta. Adentramos o lugar e assim que entrei já senti uma grande diferença visto que o lugar é todo em tons claros diferente do apartamento do Aidan.

-Bem pálido. -ele disse assim que entrou, mas não fechou a porta ficando ali. -Tenho que ir pro quartel, você vem ou irá ficar? -pergunta e apenas largo as coisas no sofá e positivo com a cabeça. -Se quiser ficar e se adaptar está tudo bem, vou por alguém com você para te acompanhar onde quiser ir. -fala e aperto os olhos fazendo careta, não sei se gosto da ideia de alguém acima e abaixo comigo.

-Olha eu não estou exatamente na minha vida normal, então não tenho muito pra onde ir e com um cara pra cima e pra baixo comigo eu me sentiria ainda mais desconfortável. -digo me aproximando dele. -Agora podemos ir! -exclamo. -Em outro momento me adapto ao ambiente. -brinco e em seguida atravesso a porta com ele me acompanhando.

Aidan fechou a porta e em seguida deu as chaves em minhas mãos

....

Quando chegamos ao quartel, Aidan aconselhou que o melhor era ir direto para a sala de Abham, para saber o que descobriu.

-Bom as notícias são muitas e as mais diferentes possíveis. -Abham começou falando e não me deu uma boa impressão. -Vamos lá. Robert Smith é um ex-presidente da Inglaterra muito conhecido, ele é um senhor já não tão introduzido na política mais, a carreira dele fracassou depois de perder apoio de uma família muito conhecida na Inglaterra os Williams. Ao que parece ele tinha um acordo no qual sua filha Valery era a moeda de troca, a moça devia se casar com um herdeiro dos Williams que não era assim tão novo, mas dias antes a mulher desapareceu, ninguém sabe do paradeiro dela desde então e o velho não descansou e nem descansa até ouso dizer, em busca da filha. -Abham pegou um tablet que estava em mãos e nos entregou. -Este é o Robert Smith. -disse enquanto analisavamos a foto de um senhor de idade de cabelos grisalhos, com um sorriso meio gentil. -E se passarem pro lado verão a foto de Valery Smith que é tida como desaparecida, nunca como morta, desde então. -disse e nos olhou de uma forma estranha, mas quando Aidan passou a foto pro lado, fez sentido.

Senti faltar ar nos meus pulmões e chão sob os meus pés, era como se tudo estivesse girando e saindo de órbita. Não fazia sentido, não podia ser, no entanto não restavam dúvidas.

-Robert Smith sem dúvidas é seu avô Olívia e a Valery Smith é óbvio que é a sua mãe. -o nome até poderia ser uma infeliz coincidência, mas a foto da mulher não deixava dúvidas ela era exatamente idêntica a mim, com os cabelos loiros e a única diferença no tom dos olhos.

-O homem que mandou matar o Otto, foi o seu avô e ele sem dúvidas, está se aproximando de você. -Abham disse de uma vez e era como se eu não conseguisse mais raciocinar.

-Isso explica exatamente como começou está perseguição a Olívia, ela é exatamente idêntica a mãe. -Aidan concluiu.

-E como o velho consegue manter a todos esses anos a procura por ela, qualquer pessoa que more na Inglaterra a algum tempo consegue reconhecer o rosto da Valery que ficou tanto tempo em capas de jornais. -eu não conseguia dizer nada a cada informação eu menos sentia me reconhecer.

Levantei sentindo faltar ar nos meus pulmões. -Abham abre essa porta. -exigi.

-Olívia...

-Abre a droga da porta. -grito exigente e no mesmo momento ele abre a mesma por onde atravesso correndo sem saber para onde ir..

Vou andando rápido e só paro quando sinto que consigo respirar outra vez eu não sentia vontade de chorar, na verdade eu sentia ódio por toda a situação.

O meu pai, a melhor pessoa da minha vida que lutou contra tudo por mim, sem eu nem mesmo ser sua filha de sangue sacrificou a vida por mim, como sempre dúvidas posso concluir que meus pais verdadeiros não fariam. A minha mãe sumiu e deixou um lunático obcecado procurando ela que matou meu pai e sabe-se lá agora o que deve querer fazer comigo.

-Olívia. -Aidan que chegou rápido olhando pros lados e me chamando me viu no canto da parede e veio até mim.

Ao se aproximar de mim ele me abraçou e eu não conseguia corresponder, mas dessa vez mesmo em seu abraço me sentia desamparada.

-Aidan eu.. -não conseguia formular a frase. -Meu avô é um lunático psicopata que conseguiu manter a busca em um país inteiro por minha mãe por mais de vinte anos, e agora viu meu rosto e está me caçando até o confins do mundo para sabe-se lá o que, e a pessoa que mais me amou nesse mundo morreu por isso. -digo e agora como se fosse uma larva quente as lágrimas caíam dos meus olhos.

-Vem, vamos pra casa. -ele disse e vai me guiando até o seu carro.

...

Durante todo o trajeto permaneci muda, e quando entramos no elevador do prédio me adiantei e apertei no andar do meu apartamento. Não demorou muito e subimos, com algumas pessoas no elevador, cheguei no meu andar e saímos da caixa de metal.

Fui em direção a porta e antes de abrir me virei para o Aidan.

-Preciso ficar sozinha. -sussurrei e ele parecia relutar e não querer me ouvir, mas ainda assim acenou positivamente com a cabeça e se virou indo em direção ao elevador.

Quando entrei dentro do lugar que outrora havia adentrado com um sorriso agora eu chorava, me sentia pessoa mais miserável do mundo e uma dor inexplicável atingia meu peito me fazendo relutar sem saber como que forças mais.