Aidan- Spin-off de Os Ceos da Maffia

Capítulo 17

Aidan Smirnov

Quando chegamos no apartamento Olívia ainda não havia dado uma palavra sequer, eu não sabia o que fazer então apenas lhe deixei sozinha e ela foi pro quarto.

Fui para o meu e enquanto tomava banho minha cabeça não parava de pensar em quem poderia ser esse Robert e o que queria com a Olívia. Porém, por mais que tentasse cogitar as informações, nada entrava na minha cabeça, tudo girava em torno de saber como Olívia estava.

Saí do banho e vesti uma calça pijama e me joguei na cama vendo uma visitante que eu não via a dias vir aqui, atravessar a porta e subir em minha cama sem ao menos vir até mim, o fato é desde que Olívia está aqui a Lola não me dá mais moral.

-Hoje que ela mais precisa você abandona ela?! -falo com a gata que se aninha nos lençóis e de costas a mim deita ali quietinha pra dormir, e eu deveria fazer o mesmo, mas estava preocupado demais com a Olívia para isso.

Logo me levantei e saí do quarto indo em direção ao corredor, quando cheguei na porta de seu quarto vi o motivo da Lola não ter entrado a porta estava fechada. Bati na porta duas vezes sem obter resposta de dentro.

-Olivia, está tudo bem? -falei e bati de novo. Sem obter resposta imaginei que pudesse até mesmo ter saído daqui e não me contive abrindo em seguida a porta.

Assim que abri a porta vi sua cabeça do outro lado da cama, e caminhei lentamente até ela. A mulher de cabelos negros estava sentada no chão encostada na cama com o rosto entre as pernas as quais abraçava chorando, nem sequer tinha retirado o meu blazer somente o salto.

-Olívia.. -murmuro e a vejo virar o rosto vagamente e seus olhos molhados de lágrimas eram tão tristes. -Você não deveria estar assim.. -tento ser confortante e me agacho ao seu lado.

-Como não, Aidan?! Meu pai foi morto, o homem que dedicou a vida para me proteger morreu por minha causa. -disse e de novo voltou a chorar.

Eu não sabia o que fazer, muito menos como lidar, essa era uma realidade possível a qual ela não estava pronta para descobrir, ao menos não assim de cara, vejo agora que foi um  erro tê-la levado.

-Tenho certeza que o Otto não gostaria de te ver assim, ele fez tudo por amor, amor de pai e você tem sorte por ter conhecido algo assim. Ele sem dúvidas, não se arrependeu de nada que fez e te amou muito e por esse amor você deveria reagir. -falo para lhe reconfortar e seus olhos param de jorrar lágrimas tão desesperadamente e me olham.

-Você acha mesmo?! -diz e funga o nariz.

-Eu tenho certeza! -exclamo e me aproximando dela abraço-a sentindo em seguida a retribuição do ato.

Fiquei abraçado a ela enquanto sentia que suas lágrimas ainda rolavam, até o instante em que sua respiração começou a se regular outra vez.

-Agora eu vou proteger você, seja o que eu tenha que enfrentar pra isso. -afirmo e ela se afasta um pouco erguendo o olhar para mim.

Seus olhos são negros e lindos, os mais lindos que eu vi e receio que é a primeira vez que tive a chance de os ver tão de perto assim. Ela tinha chorado e seus olhos estavam um pouco inchados, mas ainda continuava lindíssima com esse batom vermelho principalmente.

Ficamos alguns instantes nos olhando até que senti sua respiração mudando outra vez e a minha, consequentemente também, involuntariamente veio se aproximando mais até que não tivesse mais espaço entre nossos lábios e não resistimos e outra vez nos beijamos.

Um beijo inicialmente calmo, mas que foi se intensificando e aprofundando até que eu enfiei a mão entre seus cabelos e senti suas unhas arranharem vagarosamente minha nuca enquanto nossas línguas travavam uma batalha com domínio e ao mesmo tempo entrega.