Capítulo 2

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Rebecca

Levantei com uma preguiça que só a misericórdia, mas tinha que ir trabalhar.

Hoje é sábado, e eu gostaria muito de ter que ficar em casa e dormi até o outro dia, mas infelizmente justamente hoje me chamaram para ficar no lugar de outra médica que aparentemente ficou doente.

Pra vocês verem que médico também é ser humano e adoece.

Eu já tô cansada dessa rotina, é sempre a mesma coisa.

Depois de me vestir com trajes apropriados pois ainda continua chovendo e muito frio, faço meu café da manhã e saiu de casa.

As ruas estão neblinadas, não dá pra ver nada, acho que sou a única a sair tão cedo em pleno sábado pra ir trabalhar enquanto o restante estão dormindo. Injusto isso.

Quando chego no hospital percebo uma movimentação bem intensa, vou pra minha sala e fico aguardando os pacientes, inclusive sou médica obstetra. Amo meu trabalho.

Fico jogando no meu computador quando escuto uma batida na porta e logo a enfermeira Stella entra com seu sorriso de sempre.

ㅡ Bom dia senhorita Armstrong, já posso mandar a primeira? ㅡ ela pergunta sem tirar o seu sorriso.

Devo confessar que Stella é uma mulher muito bonita, cabelos ruivos e longos, pele clara e reluzente, olhos azuis e brilhantes, cintura bem fininha e um sorriso alegre.

Os homens do hospital faltam beijar seus pés, mas ela é lésbica e não faz meu tipo.

Digamos que gosto de mulheres com cabelos pretos e longos, olhos asiáticos e castanhos, pele branca e um sorriso verdadeiro. É esse tipo de pessoa que gosto e Stella não tem nada haver com essas qualidades.

ㅡ Pode, obrigado Stella ㅡ digo e volto a minha atenção para o computador, ouço ela bater a porta com uma leve força.

Acho que não gostou de ser ignorada, talvez ela pense que vou me ajoelhar igual a todos, se enganou feio.

(...)

Fiquei atendendo pacientes até a hora do almoço, estou cansada.

Recolhi minhas coisas e sai da minha sala. Quando vou caminhando para a saída alguém me chama, viro e encontro Stella.

ㅡ Já está indo para o almoço, senhorita Armstrong? ㅡ ela pergunta se aproximando de mim.

Será que devo responder brutalmente ou de forma gentil? Não sei.

ㅡ já sim, desculpa Stella, preciso ir ㅡ volto a andar, mas paro ao sentir sua mão na minha.

Stella está com as bochechas coradas e a cabeça baixa.

ㅡ O que houve? Qual é o problema? ㅡ pergunto, confusa.

Tiro minha mão da sua e a olho com frieza.

ㅡ Desculpa... será que podemos conversar? ㅡ Stella pergunta.

Olho para meu relógio e já marca 13:22, tenho que almoçar ou vou passar fome. Nada é mais importante que a comida, não me importo com nada.

ㅡ Foi mal, depois agente conversa ㅡ falo e logo saio.

Acho que fui rude demais, devo voltar e conversar com ela? Eu não quero que os outros fiquem falando mal de mim, é melhor voltar.

ㅡ Desculpa se fui rude, Stella. Podemos conversar? ㅡ pergunta, sorrindo.

A mulher abre um sorriso e pega em minha mão me guiando até seu carro, admito que estranhei o toque. Sempre fui de não ter muito contato físico, meus amigos sabem disso e respeitam.

Babe - Freenbecky Onde histórias criam vida. Descubra agora