Capítulo 30

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Sam

Kornkamon Armstrong me intriga. Ela é tão parecida com a Rebecca, mas ao mesmo tempo tão diferente.
Ela está sendo uma ótima funcionária pra empresa, se mostrou ser bem capaz em tudo.

Na noite passada eu até dei carona pra ela.

O experiente já havia terminado, mas eu fiquei mais um tempo já que tinha bastante coisa pra resolver na empresa.
Assim que o relógio marcou 10 da noite eu me levantei, guardei minhas coisas e sai de minha sala.
Mas algo me chamou atenção, a luz da mesa de Mon estava acesa, me aproximei mais e a vi dormindo com a cabeça apoiada nos braços.

Me aproximei mais só para tirar uma mecha de seu cabelo que caiu sobre seu rosto, minhas mãos tocaram sua pele e é tão macia.
Fiquei observando ela dormir e era tão fofo, tão estranho.

Ela começou a se mexer então fui mais para trás, ela levantou a cabeça coçando os olhos e com um bico manhoso nos lábios.

- senhorita Sam. O que faz aqui?

- é que o expediente acabou, você estava dormindo então não quis te deixar sozinha.

- ah, obrigado por isso.

Ela sorriu e como seus dentes são fofinhos.
Acho que meu coração acelerou.
Ela começou a ajeitar suas coisas até que se virou para mim.

- a senhorita não vai embora?

- é que é perigoso uma moça ficar sozinha, vou te esperar.

Ao concluir minhas palavras posso sentir minhas bochechas quentes, pra ela não ver eu corada virei meu rosto pra ela não me olhar.
Pelo canto do olho posso ver ela sorrir.

Ela continua a arrumar suas coisas até eu sentir um toque em meu ombro, me viro e ela continua a sorrir de orelha a orelha.

- acho que agora podemos ir.

- claro.

Caminhamos lado a lado até a saída do prédio, a noite estava fria e posso ver ela abraçar o próprio corpo.
Tiro meu paletó e a cubro com ele.

- não precisa senhorita, Sam. Eu...

- tudo bem, sua blusa está fina demais então presumo que esteja com frio.

Vejo suas bochechas corarem e ela cobrir o rosto com as mãos.

- bem, a senhorita Kornkamon tem um apelido?

- sim, as pessoas me chamam de Mon.

- ótimo, vamos Mon.

Começo a caminhar na frente ouvindo seus passos logo atrás de mim, mas logo ela fica ao meu lado novamente.

- você mora muito longe daqui, Mon?

- hã? Não muito longe, por que?

- vamos, te dou uma carona até lá.

- não precisa, Lady Sam. Eu vou pegar um táxi.

- não vou deixá-la pagar um táxi, vamos eu te levo.

Ela concorda e logo estávamos em frente ao meu carro, abro a porta pra ela então a mesma entra murmurando um "obrigado" baixo.
Segui para o banco do motorista dando partida no carro e saindo do estacionamento da empresa.

O caminho até a casa de Mon está sendo bastante silencioso, ela parece admirada com o carro.
Sem nem perceber um sorriso pequeno nasce em meus lábios ao vê-la assim. Tão fofa.
Chegamos ao bairro de Mon e era bem simples, porém bem organizado e limpo.
As ruas estavam desertas e nesse momento sorrir ao ver que eu estava certa, seria muito perigoso deixar Mon sozinha na rua naquela hora.

Babe - Freenbecky Onde histórias criam vida. Descubra agora