Capítulo 29

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Freen

Tá doendo.
Doendo muito.

Rebecca saiu daqui a poucos minutos e não paro de chorar.
Me encostei na parede e deslizei até chegar no chão.

Como eu pude me relacionar com uma assassina?
Deixei ela tocar meu corpo com aquelas mãos sujas de sangue.
O passado de Rebecca me assustou e eu tive medo, medo dela.
Rebecca deixou minha casa e depois disso me pus a chorar mais ainda deixando toda aquela frustração sair, sorte que tive a idéia de deixar Rael na casa de Nam pra ele não presenciar tudo isso.
Só de pensar que aquele homem poderia ter feito mal ao Rael me deixa brava e triste, triste por saber que por causa da Rebecca eu e ele estamos correndo risco.

Rebecca mentiu pra mim, eu confiei nela, contei todos os meus medos e inseguranças e uma delas é a mentira e mesmo sabendo disso ela ainda prefirou mentir pra mim do que me contar a verdade.
Talvez eu tivesse a mesma reação, mas seria menos pior se ela não tivesse mentindo pra mim.

Sinto minha respiração se descontrolar e o meu coração acelerar.
Minha mente vai ficando turva e meu corpo parece pesar.
Com toda força que eu ainda tinha olho para o relógio em meu pulso e vejo meus batimentos cardíacos aumentarem a cada segundo.
Tento me acalmar, mas não consigo, a dor em meu peito é grande e só de pensar em Rebecca isso faz eu me sentir mais triste.

Minha mente vai escurecendo e só consigo pensar em Rael, se eu morrer agora ele vai voltar para o orfanato, mas ainda exista uma esperança.
Minha visão escurece e não consigo ver mais nada e nem ouvir.

Rebecca.

Minhas lágrimas escorriam pelo meu rosto enquanto dirigia para o meu apartamento depois de deixar a casa de Freen.
Mas uma coisa não estava certa, eu sentia isso.
E só depois tive a minha confirmação.

Meu celular começou a apitar descontroladamente e quando olhei me desesperei.
Dei meia volta no carro e segui, tomara que não seja tarde demais.
Se não me engano a ambulância também seria acionada antes de todos.

Voltei para a casa de Freen e quando abri a porta a vi caída no chão com o barulho do seu relógio apitando bem alto.

- Freen? Freen, por favor acorda.

Tentei, mas não estava dando certo. Ela não acordava, estava desmaiada.
Não demorou até a ambulância chegar, o barulho das sirenes anunciavam isso.

Os paramédicos entraram na casa já com uma maca em mãos.
Colocaram Freen em cima e levaram para a ambulância onde eu fui a companhante dela.
Os aparelhos não paravam de tocar e os socorristas tentavam ajustar os batimentos dela.

- você é da família?

Uma das socorristas perguntou me olhando com seus olhos azuis.

- sou a namorada dela.

Ou pelo menos acho que sou ainda.
Eu espero que sim.
Por sorte estávamos indo para o hospital onde eu trabalho então liguei para Adam pedido que ficasse na entrada com uma cama para receber Freen.

Olhei para a minha namorada e não aguentei segurar o choro, é culpa minha, se eu não tivesse contado ela poderia está bem, nós poderíamos está bem.
Tenho certeza que Nam e os demais estão preocupados, se o alerta chegou pra mim tenho certeza que também chegou para os demais.

Assim que chegamos no hospital Adam já estava em seu lugar, ele nos viu e veio correndo.

- o que aconteceu?

- ela desmaiou após um infanto.

Assim que Adam ouve essa palavra os seus olhos se arregalam.
Os enfermeiros levaram Freen.

Babe - Freenbecky Onde histórias criam vida. Descubra agora