Capítulo 28

510 104 3
                                    

Rebecca

- tá legal, Rebecca. Chega, chega de esconder as coisas de mim.

Freen bateu a porta com força fazendo o barulho ecoar por todo a sala.
Já estávamos em casa, mas no meio do caminho pra cá Freen mudou a rota indo até a casa de Nam deixando Rael lá e depois voltamos pra casa.

Eu nunca havia visto Freen tão brava como estou vendo agora.

- anda, Rebecca. Me conta o que está acontecendo com você, por que aqueles seguranças e por que você fez aquilo com aquele homem?

- Freen... eu...

- me conta, Rebecca. Prometemos sempre ser honestas uma com a outra, você está quebrando nossa promessa.

Freen me encarava com lágrimas nos olhos, meu coração se apertou com aquela visão, eu não podia mais esconder meu passado da mulher que eu amo.

- tudo bem, Freen. Só promete que não vai briga comigo ou se afastar de mim, tá?

- eu prometo, agora me conta o que está acontecendo.

Respiro fundo antes de pegar sua mão e guiar até o sofá nos sentando lá.

- pra isso eu vou ter que volta do início, prós meus 15 anos...

Fazia mais de 2 meses que Vincenzo estava sumido, o cara evaporou da cidade.
Eu tentei de tudo, mas não o encontrei em lugar nenhum. Nesses meses eu venho justificando sua falta fazendo atestado médicos falsos para entregar na escola.
Mas está cada vez mais difícil de esconder da nossa família onde eu disse que Vincenzo foi para um acampamento da turma dele.

Agora eu estava dando mais uma volta pela cidade em busca de Vincenzo quando ouvi tiros vindo de um beco próximo.
Os barulhos eram altos e bastante assustadores, a idéia de que poderia ser Vincenzo veio a minha mente e logo eu corri para o beco.
Eu não me importei na hora se fosse outras pessoas, eu queria que fosse Vincenzo.

E estava ele, Vincenzo lutava com alguns caras.
Sua cara toda suja de sangue e com duas armas nas mãos.
Me esconde ali próximo para tentar ver o que Vincenzo estava fazendo, mas os tiros se intensificaram fazendo alguns pegarem próximos de mim quase me atingindo.

Foi em um ato de tentar salvar meu primo que eu pulei para atrás de alguns caixotes pegando uma arma em mãos.
Aquele objeto de ferro pesado em minhas mãos me faziam tremer de medo, eu não sabia atirar com uma arma.

- vamos Rebecca...

Tentava de alguma forma me encorajar para atirar, mas simplesmente não ia.
Foi quando vi que Vincenzo estava encurralado, de joelhos de frente a um cara de terno preto e careca.

- Vincenzo, meu amigo. Parece que sua carreira de mafioso acabou, não é?

- vai pro inferno...

- com certeza eu vou, mas você vai primeiro.

O cara de terno apontou a arma para a cabeça do meu primo se preparando para apertar o gatilho.
Em um misto de coragem eu apontei a arma para o homem, posicionei meu dedo no gatilho e... Bam!
Um barulho de tiro foi ouvido, meus olhos estavam fechados e quando abri vi o cara caindo no chão.

Babe - Freenbecky Onde histórias criam vida. Descubra agora