Capítulo 35

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Autora

- PARA, PARA POR FAVOR. PARA...

Os gritos de Freen ecoaram pela sala, seu desespero e agonia ao ver aquela cena.
Em sua frente estava Nita sorrindo passando o canivete pelo corpo de Rael, a cada movimento era um corte e um gemido ou grito de dor vindo dele.

- eu... não aguento, mãe...

Ele sussurrou já perdendo as forças para ficar acordado, a dor era aguda e muito ruim.
Seu corpo estava ardendo, o sangue pingava no chão fazendo uma grande poça de sangue ali.
Rael não aguentava mais, seu corpo pedia misericórdia.

- acho que já está bom por hoje.

Nita foi até uma mesinha ali e colocou o canivete voltando o seu olhar para Freen, a mesma chorava e soluçava olhando seu filho.
Freen estava desesperada para se soltar, aquela dor em seus pulsos já não incomodava mais.
Nita começou a limpar as mãos por causa do sangue, suas roupas também não estavam muito "bonitas" para o seu gosto.

Freen tentava a todo custo se soltar das fortes cordas que a prendiam na cadeira de ferro, mas não tinha sucesso.
Nita ao ver o que Freen estava tentando fazer apenas revirou os olhos e se aproximou dela.

- se eu fosse você não faria isso, ele vai morrer logo...

- CALA A BOCA...

- NÃO ME MANDA CALA A BOCA SUA VADIA.

Nita pegou o queixo de Freen apertando com força.
O rosto de Freen ficou vermelho de raiva e com uma leve dor.
Mas Nita não teve tempo de fazer mais alguma coisa com ela pois Marconi entrou na sala acompanhado de dois homens de terno.

- NITA!

Seu grito ecoou fazendo ela se afastar de Freen e abaixar a cabeça.

- eu falei pra machucar o menino, mas não tanto. Está querendo morrer?

- n-não sen...

Marconi não deu tempo de Nita falar lhe acertando com um soco em seu rosto, na mesma hora ela caiu para trás.

- você é muito imprestável, Nita. Levem ela daqui.

Ele ordenou para um dos homens que prontamente acatou suas ordens levando Nita para fora.
Marconi passou a mão pelos cabelos os jogando para trás, seus olhos foram até onde Freen estava.
Ele sorriu e se sentou de frente pra ela. A empresária o olhou e sentiu nojo, aquele sorriso amarelo estava dando enjôo.
Agora seria uma ótima oportunidade para fazer Rebecca sofrer um pouquinho e ele usaria Freen para isso.

- sabe, Freen. Eu não pretendia sequestrar vocês dois, mas a Rebecca não me deixou outra escolha. Eu garanto que será uma memória inesquecível pra você...

Ele se levantou da cadeira pegando um soco inglês em uma mão e uma faca karambit na outra.

- vamos brincar...

(...)

Longe dali estava Rebecca e Vincenzo seguindo a estrada com cuidado para não ter nenhuma brincadeira de Marconi pelo caminho.
Ela estava nervosa e muito raivosa. Rebecca queria mata Marconi com as mãos e jogar no fogo ardente.

Ele pagaria por isso e dane-se o seu juramento. Ela só queria recuperar sua mulher e seu filho.

- Rebecca?

Vincenzo estava preocupado com a prima, vê-la tão aérea e presa a seus próprios pensamentos.
Rebecca o olhou.

- sim.

- estamos chegando. Não quer mesmo ficar de fora e deixar que eu cuido disso?

- não. As duas pessoas mais importantes pra mim estão nas mãos daquele canalha, eu não posso ficar sem fazer nada.

Babe - Freenbecky Onde histórias criam vida. Descubra agora