Cristhian
Muitas vezes eu conseguia ocultar a raiva que sentia
adotando uma expressão indiferente, controlando a minha fúria até
que ela arrefecesse sem ninguém a perceber. Mas quando aquela
mulher estava envolvida, eu perdia toda a minha capacidade de
raciocinar.
E aquele beijo tinha sido movido pela irracionalidade e pelo
cansaço que as três horas de sono não foram capazes de diminuir.
Eu estava desejando fazer isso há vários dias, mas não daquela
forma. Ansiava por um beijo calmo, lento, persuasivo. Mesmo assim,
o impulso por ver Anastácia vulnerável, se sentindo diminuída pela
atitude daquelas mulheres, que conseguiram apagar a alegria e o
calor dos olhos da minha preciosa que interagia com a minha
menininha, fez com que eu agisse mesmo não precisando provar
nada para ninguém, nem mesmo para a benim değerli, minha
convidada.
Algo que vinha planejando desde a minha decisão de recrutá-
la para me ajudar na investigação da corrupção na Motors, que foi a
desculpa perfeita para tê-la ali, mesmo que meus planos de
vingança tivessem mudado. Desejava saber sua opinião sobre a
decoração do meu apartamento, dos móveis, da vista, de tudo. Etambém, algo que não mais negava a mim mesmo, se ela se sentiria
confortável ali, como se estivesse em sua casa. Tinha um desejo
secreto de que ela passasse mais tempo aqui do que no próprio
apartamento. Comigo. Na minha cama.
Mas era Anastácia quem determinaria como ficaríamos e se
daríamos vazão àquilo que nos consumia. Minha ânsia por aquela
mulher fazia eu pagar o preço por ela estipulado.
Movido por esses sentimentos, não poderia admitir que ela
fosse vítima da zombaria pelos seus gestos. E, em um ato que
provavelmente nunca faria com outra pessoa, já que não era de
demonstração de afeto em público, fui impelido a mostrar que
Anastácia era a minha mulher. Não a esconderia como alguns homens
da minha classe o faziam com suas amantes, não era um moleque e
eu não ocultava as consequências dos meus atos.
Fechando a porta suavemente, um grande contraponto com o
que sentia, e que provavelmente estava visível na grande carranca
em minhas feições, coloquei a bolsa em cima do móvel de entrada,
e inspirei fundo várias vezes, soltando o ar devagar, fechando e
abrindo a mão com força, buscando dominar minha raiva.
Mas tudo que eu precisava para minha fúria me abandonar
era olhar a mulher, que estava estacada no centro do hall enquantoAylla esfregava a cabeça na mão e nas coxas de Ana , balançando o
rabo freneticamente, implorando por carinho enquanto a benim
değerli parecia contemplar a parede de pequenos azulejos coloridos
que formavam uma espécie de mosaico, imitando as decorações
dos antigos palácios otomanos. Um sorriso surgiu em meus lábios
com a cena.
A cadela era muito importante para mim, tanto que a levava
sempre comigo para onde me mudasse, e saber que a mulher que
eu desejava não via o animal com repulsa por ter a derrubado,
produzia algo estranho em meu interior, uma satisfação absurda,
tornando-a ainda mais linda aos meus olhos. Sabia que poderia
parecer algo sem sentido, mas que para mim tinha muita
importância. Em muitos lares turcos animais não eram permitidos
dentro de casa por questão de higiene, mais um costume que nunca
adotaria.
Por mais que gostasse de Ana e estivesse disposto a ceder
em muitas coisas, Aylla era livre para perambular por onde
quisesse, e não iria prendê-la por conta de sua visita. Então gostei
muito da interação das duas, e principalmente pela cachorra não a
temer, sendo mais que cordial. Poderia ser uma amizade que sefortaleceria ao longo do tempo, e meu sorriso ficou ainda maior
pensando nessa possibilidade.
Me sentindo mais leve, embora meu coração batesse
acelerado, caminhei até onde as duas estavam, mas pareciam
alheias a mim. Como se fosse algo natural, parei atrás de Anastácia e
deslizei um braço pela sua cintura, abraçando-a por trás, sentindo
seu corpo ficar tenso, por mais que ela tenha tentado esconder.
Encaixei meu rosto em seus ombros ao passo que sentia Aylla
voltar toda a sua atenção para mim, cheirando a minha calça, mas
surpreendentemente, não tentou nos afastar em um gesto de
ciúmes, que costumava ter. Boa menina!
Respirei fundo, embriagando-me com o perfume suave que
emanava dos seus cabelos, ainda mais contente por Ana não ter
repelido meu abraço, pelo contrário, ela se ajustou ainda mais nele,
como se ali fosse o seu lugar. Sua bunda esfregou suavemente na
minha pelve, despertando o meu corpo, que sempre estava pronto
para o dela, mas pareceu não se importar com a ereção. Sua mão
começou a deslizar pela minha pele desnuda em uma carícia lenta.
E eu apenas fiquei ali, aproveitando aquele momento bom
por tê-la em meus braços, tentando enxergar o meu luxuoso espaço
pelos seus olhos. Tinha a certeza que poderia ficar assim por longos
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O Pai Do Meus Bebês É O Ceo
ФанфикESSA HISTORIA NÃO ME PERTENCE Uma mocinha ferida, um milionário arrogante e uma gravidez acidental... Depois de flagrar o homem que achava que seria o seu príncipe encantado transando com uma colega em plena festa da empresa, Anastácia refugiou-se...