Capítulo 7

1.4K 96 18
                                    

Cristhian

Ignorei o toque do meu celular. Não fazia a mínima questão
de atender, mesmo sabendo que provavelmente era para tratar de
algum negócio urgente.
De olhos fechados, ainda sonolento, inspirei fundo e senti o
cheiro pungente de sexo que impregnava o quarto, e não contive o
sorriso convencido de satisfação. Não me recordava de algum dia
ter transado e ficado tão cansado, ao ponto de cair rapidamente no
sono, como aconteceu com a benim değerli. Mas eu queria mais.
Muito mais.
Mesmo depois de ter feito aquele corpo pequeno e escultural
estremecer debaixo do meu, convulsionar ao me cavalgar, e render-
se uma última vez em um sexo calmo, lento, eu a queria de novo.
Para minha surpresa, tomar meu tempo para provocá-la e prolongar
nossa aflição não era menos gostoso, pelo contrário, foi a melhor
experiência que tive até hoje. A ausência de pressa tinha me
deixado consciente de todas as sensações que envolviam o ato,
tanto que tive que repetir. Dei importância ao beijo, ao toque, e o
prazer que eles suscitavam fizeram com que o sexo fosse ainda
melhor.

Além de que, através do contato moroso, tornava-a minha
refém através do desejo. Quis me impregnar nela lentamente,
explorando cada nuance dela, para a conhecer, conquistando-a para
mim. E o brilho nos olhos dela, para minha satisfação, indicava que
tinha sido bem-sucedido nisso, por mais que Ana  buscasse
esconder.
Então, não, não podia ter me arrependido de ter adotado
outra estratégia com ela, não quando o fato me deixava
completamente satisfeito.
Sorrindo ainda mais, o pensamento dela mole e entregue as
sensações que eu proporcionava fez com que o desejo avassalador
de fazer sexo com ela me invadisse. Dessa vez, iria fazê-la gozar
contra os meus lábios. Esse pensamento me despertou por
completo. Com o pênis rígido e a excitação pela antecipação
correndo pelas minhas veias, tateei a cama em busca do corpo
delicioso, querendo puxá-la para mim e beijar novamente aqueles
lábios saborosos, porém nada encontrei. Abrindo as pálpebras,
irritado com a luz do sol que se infiltrava pela porta panorâmica,
atingindo diretamente meus olhos, pisquei algumas vezes e girei
para o lado, dando de cara com o colchão vazio.

Suspirei contrariado por ela não estar ali para me recepcionar
com o calor do seu corpo e um beijo de bom dia e, embora dissesse
para mim mesmo que aquilo era um capricho ridículo para um
homem bruto e frio como eu. Suprimindo a decepção, ergui-me de
um salto, e sem me importar com a minha nudez, caminhei
rapidamente até o banheiro da suíte presidencial para ver se a
encontrava. Emiti um som de frustração quando vi que o cômodo
estava vazio.
Me recusava a acreditar que depois daquela noite intensa
que tivemos que ela tinha me deixado ali sozinho. Com o meu pênis
latejando pela insatisfação, trinquei os dentes e fui procurá-la. Rugi
quando não vi nem rastro dela em nenhum lugar.
Com meu humor ainda mais azedo do que de costume, tinha
certeza que minha expressão, que normalmente já colocava medo
nos meus funcionários, estava ainda mais severa do que nunca.
Por causa dela, da mulher que eu ainda desejava com fúria,
por mais que eu já a tivesse tido a madrugada inteira. Estava mais
do que certo de que a tinha conquistado para mim, fazendo ela me
querer com a mesma intensidade que eu a queria, e que a teria na
minha cama pelo tempo que eu estivesse em Chicago, mas me
enganei.

A morena baixinha, embriagante e fogosa tinha conseguido
quebrar a minha arrogância, com certeza, e me deixando com o ego
ferido, o que era pior. Não a perdoaria por isso.
Joguei-me na cama com força e ri amargamente ao pensar
que nunca ninguém tinha me deixado assim; um som assustador até
mesmo para os meus ouvidos. E eu gargalhei ainda mais quando
deslizei a mão pelo meu abdômen e senti como ele se retesou ao
meu toque. Tudo em mim estava em alerta e sensível pelo prazer
despertado pela minha değerli.
Não estava me reconhecendo. Eu não era aquele homem
movido pela luxúria.
Respirei fundo, afastando minha mão do meu corpo, cerrando
os dentes quando a risada morreu dentro de mim.
Sik[19]
.
Eu que costumava ter um sono leve e dormir muito pouco,
esgotado por ela, nem percebi o momento que ela tinha me deixado,
perdendo a oportunidade de convencê-la a ficar comigo. A raiva que
sentia dela foi transferido para mim mesmo por não estar atento aos
seus movimentos. Comecei a tremer de fúria.
Quando o meu celular tocou novamente, querendo descontar
a raiva em alguém, não hesitei em esticar o meu braço e pegar o

O Pai Do Meus Bebês É O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora