Anastácia
Desviando a minha atenção do monitor à minha frente,
deslizei a mão pela minha barriga e sorri ao fitar a caixa de
bombons já vazia. Mesmo distante, Cristhian pagava alguém para
deixar mimos todas as manhãs, juntamente com a rosa.
Alisei a quase imperceptível protuberância que já havia se
formado e suspirei baixinho, sentindo a culpa me invadindo. Havia
mais de três semanas que estava escondendo esse segredo de Cristhian , e não podia negar que estava se tornando cada vez mais
difícil conter o impulso de contar a ele sobre a minha gravidez no
meio de uma das várias ligações e videochamadas que fazíamos,
principalmente durante aquelas tarde da noite, em que
conversávamos sobre assuntos pessoais, como sobre a evolução
da mãe dele, que parecia ter recebido uma injeção de ânimo para
continuar com a sua vida, por mais difícil que fosse, ainda tendo que
lidar com o julgamento de vizinhos e alguns familiares, de assuntos
corriqueiros, e perguntávamos como tinha sido o dia um do outro.
Parecia errado não contar logo a ele que seria pai.
Me sentia quase uma criminosa por esconder algo assim,
ainda mais por ele não estar presente na minha primeira consulta e
no ultrassom, que aconteceria amanhã, um momento importante navida de qualquer pai, e que eu estava negando a ele poder ir. Pelo
menos para mim, era algo mágico, embora não tivesse muita
certeza se para Cristhian seria. Nesse tempo, tinha imaginado várias
vezes como seria a reação dele, se ele gostaria ou não da notícia,
se ele e me abraçaria e me rodopiaria no ar de felicidade, se
choraria de emoção, ou se ficaria chocado, bravo ou irritado,
perspectiva que fazia o meu coração doer pelo pequenino ou
pequenina que crescia dentro de mim.
— Papai vai adorar te conhecer — sussurrei ao acariciar o
meu ventre, mesmo sabendo que meu bebê não reagiria à minha
voz e que demoraria para isso acontecer.
Não suportava a ideia de Cristhian não amar essa criança, que
não tinha nenhuma culpa de vir ao mundo. Preferia acreditar que o
homem tão protetor e amoroso com as duas mulheres da sua vida,
e também com Aylla, não posso deixá-la de fora, estenderia esse
carinho e amor ao filho. O medo de uma possível rejeição fez com
que lágrimas surgissem em meus olhos e escorressem pelo meu
rosto, mas logo tratei de enxugá-la com o dorso da mão. Mesmo
estando sozinha no andar, não queria correr o risco de alguém
entrar de repente e me pegar chorando, muito menos que me vissealisando o abdômen. Não queria que descobrissem antes dele,
apesar que duvidava que adivinhariam quem seria o pai.
Poucos acreditavam que eu era amante do meu chefe,
embora isso tivesse sido ventilado quando fui promovida a sua
assistente pessoal. O novo dono da empresa, que fazia todos
pisarem em ovos, principalmente os diretores, com sua expressão
sempre fechada, não dava margens para nenhuma especulação
desse tipo. Mal sabiam que eles que era o homem que a cada dia
que passava estava aprendendo a amar mais e mais, e de quem
sentia uma saudade sem tamanho. Do cheiro dele, dos sorrisos, de
estar em seus braços, da sua voz murmurando palavras que não
entendia no meu ouvido, do seu corpo. Do amor que a gente fazia,
mesmo que para ele fosse apenas sexo. Aqueles dias distantes
estavam me sendo uma grande tortura. Deus, o que eu não daria
para sentir novamente sua boca faminta sobre a minha, com suas
mãos possessivas me apertando, me excitando.
Nunca imaginei que ficaria tão dependente do prazer que ele
tinha me proporcionado, ao ponto de quase sugerir que fizéssemos
sexo por videochamada, tamanho era o fogo que me consumia, uma
ideia completamente erótica. Isso seria algo bem ousado, que tinha
vergonha de pedir, principalmente quando em momento algumdurante nossas conversas ele tivesse insinuado que também
ansiava pelo meu corpo. Isso me deixava frustrada e me fazia
perguntar se a distância fez com que o desejo dele por mim se
arrefecesse e que quando ele voltasse, tudo estaria acabado entre
nós. Evitava pensar que naquele exato momento o turco poderia
estar com outra pessoa, mesmo que tivesse dito que seria fiel
naquela relação frágil que tínhamos. Mas um homem que estava
sofrendo tanto pela dor da mãe por conta da infidelidade e do
divórcio, não me machucaria assim, machucaria? No fim, nunca iria
saber. Tinha que para de pensar nisso, não me levaria a nada nesse
momento.
— Mamãe é tão boba, não é, meu bebê? — minha voz era
repleta de ternura e amor.
Nunca imaginei que me tornar mãe me deixaria
completamente nas nuvens, mesmo tendo sido uma gravidez
acidental. Foi um erro meu e em partes de Cristhian , mas jamais me
arrependeria. Meu filho, mesmo antes de nascer, já era a melhor
coisa que tinha acontecido na minha vida.
Sorrindo, amando aquele serzinho com uma intensidade que
só crescia, não resisti em tocar meu ventre outra vez, mas logo
tratei de voltar a atenção para o trabalho. Tinha um contrato com um
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O Pai Do Meus Bebês É O Ceo
FanficESSA HISTORIA NÃO ME PERTENCE Uma mocinha ferida, um milionário arrogante e uma gravidez acidental... Depois de flagrar o homem que achava que seria o seu príncipe encantado transando com uma colega em plena festa da empresa, Anastácia refugiou-se...